[RP FECHADA] Espadas Curtas

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Mensagem por Eddard Arryn Qui Nov 02, 2017 7:34 am


Did you hear the rain?
ESTÁ RP SE PASSA NO NINHO DA ÁGUIA E CONTA APENAS COM A PARTICIPAÇÃO DE EDDARD. SE PASSA UM ANO ATRÁS, QUANDO O HERDEIRO DO VALE JUNTO DE ALGUNS DOS SEUS SOLDADOS DECIDEM ESCOLHER UM ESCUDEIRO DIGNO PARA O MESMO DIANTE DA MASSA MENOS NOBRE DEPOIS DE SEU RETORNO DE ANOS DO ARDO TREINAMENTO COMO CAVALEIRO. O CLIMA É NUBLADO E SOBRE O CASTELO RECAI UM CLIMA DE PAZ, DANDO TONS MÓRBIDOS E PACATOS AO DIA.
Mayu
Eddard Arryn
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Mensagem por Eddard Arryn Sáb Nov 04, 2017 5:35 pm



The Heir



'He who is far from the ground is the one who will never know how to judge with honor

Um vento gélido soprava pela janela dos seus aposentos em uma das torres do colossal Ninho, como era chamado o castelo ancestral de sua familia. As cortinas finas, transparentes, de um azul delicado, de tecido ainda mais, alongavam-se com o vento acabando por atravessar a cabeceira da cama, roçando o rosto do rapaz, como se o chamasse para um novo dia. Com a insistência que pareciam os deuses a querer levantá-lo, ele demorou um pouco a acordar. Sob um sono profundo, retornava a tempos menos lamuriosos, tempos em que fora feliz com o mesmo entusiasmo e folego de um pequenino a descobrir o mundo. Tempos onde tivera ao seu lado sua doce mãe, de sua beleza estonteante, tempos em que era tão pequeno que não locomovia por suas próprias e o colo da caridade dos nobres era na verdade seu único jeito de se locomover pelos lugares. Eddard pouco sabia se aquilo era uma lembrança ou uma ilusão, pois tão jovem, não deveria lembrar-se de nada. Com cuidado, as raras luzes de um céu enevoado o acordaram serenamente. A luz chegando aos seus olhos, a sensação de sentir novamente seu corpo, o colchão macio, o cobertor fino, sedoso, a cabeça náufraga ao meio ao mar de almofadas. Toda aquela calmaria que o despertou não condizia em nada com um dia tão importante e as coisas ainda o alcançavam lentamente. Lembrara-se aos poucos que erigia sob sois anteriores o anúncio de que escolheria um de seus escudeiros, o primeiro na verdade, entre as casas cavaleiríssimas e a massa plebeia agregada ao castelo. Não fora ideia de excelência sua, mas gostava do tom que o orgulho estampado na expressão dos soldados. Afinal, escolheria um legítimo filho do Vale, como escudeiro e a pessoa escolhida sem dúvidas agarrariam com demasiada vontade a oportunidade. Não era um político tão ágil quanto seu pai, contudo acreditava no poder das palavras de inspiração e fazia daquela sua marca. Sem devaneios mais longos que esse, decidiu se levantar, saindo do aconchego de sua cama e amarrando as próprias calças na cintura, o dia prometia ser bastante agitado por aquela parte da manhã.

[...]

Assim que conseguiu se arrumar, Eddard havia ido direto para o grande salão dos Arryn. Muitos lordes das casas cavaleiristicas leais a sua família aguardavam fazendo o desjejum, como convidados e todos eles levantaram o estendendo reverências quando o herdeiro apareceu.  O rapaz limitou-se a dispensar as reverências de forma elegante e se sentar a mesa. O rapaz, que já não era um menino e não gostava de ser tratado como um. Havia aprendido mais do que ser cavaleiro em seu treinamento, havia aprendido a ser um lorde e ter responsabilidades. O mais importante, aprendera que o jogo político também lhe era importante e que deveria esperar lealdade de todos contanto que não deixasse a brecha para qualquer traição. A inocência havia morrido no processo, apesar da crença de que todos aqueles soldados mereciam um tratamento justo e igualitário. A primeira refeição do dia fora satisfatória para deixar a moral dos soldados melhor e todos foram se reunir no pátio nevado do lugar. Vieram pessoas de todos os lugares do Vale, tentar sua sorte, no que parecia que em breve se tornaria um pequeno torneio. Todos esperavam a fala do jovem lorde. – Eu, Eddard Arryn, herdeiro do Vale, agradeço a presença de todos aqui hoje. Tenho certeza que muitos fizeram uma viagem árdua e que os considerei quando pedi para que pernoitassem no castelo. Hoje revigorados com o belo desjejum, damos prosseguimento ao que nos toca, o torneio. Ruff, o mestre de armas ira explicar as regras agora há todos vocês. Boa sorte! – O rapaz recuou mais um pouco, cercado de sua guarda e deixou que um homem de meia idade, de cabelos negros que só tapavam os lados da cabeça falar. Eram regras bem simples. As primeiras etapas seriam dividias em grupos e os últimos cinco iriam ter o direito a ser testados pelo jovem em combate.  E foi exatamente nesses moldes que o torneio aconteceu. Muitos foram aqueles que perderam e a proibição do uso de arma letal, geralmente sem gume, preveniu que eles não sofressem nada mais do que concussões pontuais. De certa forma, seu adversário não era nenhum novato. Pois quando o falcão correu em sua direção e num cortou com a direita visando seu tórax ele defendeu com o escudo e fez seu contra ataque.

[...]

O jovem falcão esperava ansioso pelos cinco finalistas, não era de seu feitio deixar que os outros participassem de confrontos sem sua presença, mesmo percebendo o impacto positivo que aquilo provocava em todos. Assim, quando o último combate se desenvolvia, ele já vestia sua armadura, colocando todo o aparato necessário, com a ajuda do mestre armeiro. Foi assim que ao entrar em confronto com o primeiro dos finalistas ele já atacara com toda a vontade numa investida em direção ao seu inimigo. Sua armadura era leve, de couro, com o brasão Arryn na frente, nas mãos, uma espada sem gume e na outra um escudo. A espada de Eddard bateu contra o escudo do rapaz e voltou. Esta seria uma ótima oportunidade para ser atacado e foi exatamente o que o moreno que o enfrentava pensou. Com um movimento com escudo ele cortou o ar fazendo Ed recuar e com um ataque diagonal do escudo quase acertou-o. O Arryn, não havia treinado todo aquele tempo para cair num golpe como esse, por mais trabalhado que fosse, pois essa era uma das manobras em que mais sofreu contra o cavaleiro que lhe dera o título, o das Novestrelas. Foi visto isso que num passo rápido, com um mesmo movimento em que ele tanto desviou do ataque da espada como golpeou o seu adversário. Com o corte em diagonal que pretendia o acertar seu ombro ou braço esquerdo, ele virou se jogou para o lado contrário já indo em direção ao rapaz, assumindo o risco de pelo menos por raspão ser acertado. Seu movimento por pouco dera certo, quando tanto com o escudo, tanto com o peso do próprio corpo ele atingiu a barriga do estômago do inimigo deixando ele caído no chão. O rapaz demorou em levantar com muitas dores, o jovem lorde deixou o escudo jogado no chão enfrentando-o só com a espada e ele fez o mesmo, apesar de não estar nas mesmas condições de antes. Ele parecia ter noção disto e veio para cima com fôlego máximo. Primeiro um corte do lado que Ed aparou, depois ele tentou do outro lado, tendo a mesma resposta e iniciando logo uma sequencia do Arryn. Agora era ele que era prensado e as lâminas se chocavam. Um golpe selou o confronto, quando Ed percebeu uma brecha deixada na defesa do rapaz e acertou seu estomago novamente. Ele caiu em cima dos próprios joelhos cuspindo um pouco do sangue que prendia dentro do corpo e o confronto foi encerrado. Mesmo que as espadas não cortassem o peso do metal ainda doía e machucava... Os confrontos deveriam seguir e Ned esperava que não fossem tão sangrentos. Talvez devesse se empolgar um pouco menos das próximas vezes se quisesse ter um escudeiro.

Treino de Espada Curta




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