Torre do Sol

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Mensagem por Azor Ahai Dom Abr 09, 2017 1:53 pm

A segunda torre mais alta, mas com a altura e largura totais desconhecidos. Possui uma cúpula com vitrais, por onde a iluminação entrava durante o dia, e ouro, como sinal de riqueza da casa. Abaixo da cúpula, os tronos dos governantes de Dorne se faziam presentes. O lugar tinha janelas pesadas de vidros coloridos, causando um festival de cores dentro do ambiente. O piso é feito de mármore branco, ajudando a propagar a iluminação, e é perfeitamente limpo. Os assentos dos governantes ficam em um tablado alto e a única diferença entre eles é a decoração: um tem a lança Martell em seu encosto e o outro possui o brilhante sol Roinar. Fora esse detalhe, ambos são idênticos e ficam na mesma elevação. As situações onde a presença dos governantes é requerida normalmente são realizadas aqui, onde os visitantes ficam abaixo dos governantes e se deparam com a posição de igualdade do senhor e senhora do lugar.
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Mensagem por Rylon Martell Dom maio 07, 2017 8:02 pm

Treino de Lança

   
Torre do Sol Martellhousegraphic

A arma símbolo de minha casa era tão familiar a mim quanto meu próprio nome me era. Eu estava com Gilan na Torre do Sol, armado com uma espada e escudo. Treino nunca era demais, meu falecido pai dissera isso incontáveis vezes quando eu era mais novo e me fizera treinar ainda mais vezes do que eu ouvira isso saindo de seus lábios. Provavelmente como uma reação natural a isso, eu havia criado o hábito de treinar e treinar dezenas de vezes mesmo com as armas que eu me sentia mais confiante - como a lança. Mas, se eu pensasse bem, meu pai havia me feito um favor ao colocar isso em minha mente e eu tentava reproduzir o mesmo com meus filhos, na esperança que isso pudesse ajuda-los no futuro. Se algum deles, além de Katherine, se desse ao trabalho de me escutar em algum momento da vida, é claro. Os jovens nem sempre se davam ao trabalho de ouvir os mais velhos e isso muitas vezes fazia-os sofrer em demasia.

Havia uma tensão e seriedade no ar que dificilmente existia entre nós, porém os dois sabiam que não era realmente um problema ou algo que se estenderia em longo prazo. Enquanto rondávamos um ao redor do outro, a luta iniciou-se efetivamente antes que eu me desse conta. O homem se aproximou para golpear-me com a espada e, apesar de eu não estar com um escudo, sabia como defender-me usando uma lança. Ambas as armas eram próprias para treinos, uma vez que não planejávamos nos matar ou algo assim. Quando o golpe de espada veio em um golpe da esquerda para direita a partir do meu ombro, eu ergui a lança na horizontar segurando o cabo com espaço entre as mãos de modo a parar a "lamina" dele e saltei para trás, escapando por muito pouco do golpe com escudo que veio depois. Infelizmente, Drake costumava ser um pouco previsível, mas uma parte de mim dizia que provavelmente era por já estar acostumado com o estilo de luta dele e não por literalmente ser previsível - porque, se fosse, ele provavelmente já estaria morto.

Segurando a arma com firmeza - mas não força excessiva -, eu girei-a e golpeei-o com a ponta da lança na coxa esquerda. Ele moveu o escudo rápido o suficiente para aparar o golpe, impedindo que qualquer dano fosse causado. Os golpes foram aos poucos se tornando mais frequentes, com velocidade e força crescentes. As armas as vezes tornavam-se borrões pela velocidade e o som seco das armas se chocando ou a lança batendo no escudo reverberava pelo salão. Os gemidos de quando as armas pegavam na carne também podiam ser ouvidos. Quando as armas pegavam nos dedos ou músculos, da forma "certa", a dor era literalmente gritante e, ao atingir os dedos, a arma normalmente caia no chão dependendo da força aplicada.

Mas então recordei-me o real motivo por trás da escolha da lança. Mesmo que eu pudesse ter problemas em combates mais próximos, eu conseguia ter um alcance maior do que um cavaleiro com uma espada e, em um cavalo, isso me permitia uma maior segurança também - ele teria que se aproximar mais do que eu para atacar. Como as batalhas, em Dorne, normalmente priorizavam a velocidade, a arma também tinha uma utilidade maior. Não usávamos armaduras pesadas e preferíamos eliminar rápido oponentes, e a lança me dava um adicional de distancia razoável além de poder usar para aparar golpes dependendo do que o cabo era feito.

A luta terminou apenas um bom tempo após de seu inicio, quando finalmente chegamos a conclusão que os machucados que havíamos conseguido estavam de bom tamanho e eu não precisava de mais alguns. Depois de guardar as armas, fomos tomar um banho e cuidar dos afazeres normais de cada um.


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Mensagem por Katherine Martell Qua maio 17, 2017 4:35 pm

Adagas
Ah, as adagas. Armas muitas vezes desvalorizadas em detrito das espadas por serem, segundo muitos, menos eficientes em combate do que as laminas longas. Entretanto, se bem usada, uma adaga poderia ser tão mortal quanto qualquer outra arma, além de ter a vantagem de ser mais ágil que a maioria das espadas, era mais leve e podia ser facilmente escondida em meio a roupas. Se você fosse bom com a arma, não teria a necessidade de muito tempo para derrotar um oponente, apesar de ser complicado - talvez impossível - derrotar alguém com armadura de batalha completa usando uma adaga simples, entretanto haviam adagas criadas para passar pelas brechas de armaduras e causar danos, bastava você saber usar.

Eu havia convencido Drake a me ajudar com o treino daquela arma, o que havia nos feito ir para a Torre do Sol - era mais reservado e menos quente do que boa parte dos lugares, então era uma escolha obvia para o treino. Vestida com um vestido de seda azul esvoaçante e com sandálias de couro que subiam até minhas coxas, a adaga em minha mão ainda me parecia um corpo ligeiramente estranho. Não que eu não tivesse nenhuma noção de como usar, não. Eu apenas não estava acostumada com a arma. O homem sorriu para mim e se aproximou, avaliando.

Não deve segurar a arma com muita força... Isso, Kath, muito bem. Agora sinta a arma. Ela deve ser parte de você, não sua inimiga. Vamos começar devagar...

Ao falar isso, ele sorriu e se posicionou de frente para mim, a uma curta distancia e ficou de lado, oferecendo-me um alvo relativamente menor. Eu imitei a postura dele, segurando a adaga na mão destra, que ficara para frente. Ele assentiu aprovador e dei um sorriso para mim. Eu podia compreender o motivo daquilo: sendo um alvo menor, era mais difícil para um inimigo, independente da arma, me acertar um golpe, seja ele qual fosse.

Tente me acertar, não precisa ter pressa. – Quando ele disse isso, eu fiquei alerta, tentando pensar em qual seria o truque que ele estava guardando. Sabia que ele era rápido e resistente, além de mais forte do que eu. Mordendo os lábios, tentei procurar um ponto fraco em sua postura e não consegui pensar em nada que pudesse usar ao meu favor ali.

Então a ideia surgiu-me: um ataque direto seria esperado já, mas eu podia mascarar o golpe verdadeiro sob aquele falso movimento. Eu movi-me o mais rápido que conseguia sem arriscar cair no chão ou fazer qualquer outra coisa vergonhosa do tipo e fingi que ia tentar cortar de seu ombro até o cotovelo, mas assim que estava em cima e ele já começava o movimento de defesa, desci a adaga e cortei ligeiramente o antebraço dele. Um brilho de aprovação e surpresa cruzou os olhos dele, mas logo sumiram.

Tão traiçoeira quanto seu pai em combate.

Um sorriso malicioso formou-se em meus lábios e saltei para trás, mas não sem antes sentir a ponta da adaga ferindo um pouco meu braço esquerdo. Senti um filete de sangue escorrendo por minha pele, mas aquilo poderia ser facilmente resolvido depois. Animada, falei enquanto olhava-o com atenção e começava a me mover pelo salão, partindo do principio que ficar parada também me tornava um alvo muito fácil. Mas, ainda sim, eu tinha consciência que me mover demais também iria facilitar muito o trabalho dele: se não fosse cuidadosa com isso, eu mesma poderia acabar ferindo-me acidentalmente com minha própria arma ou com a dele.

Se eu fizer coisas muito previsíveis, morreria em um combate de forma muito rápida e tola.

Eu não precisava me dar ao trabalho de fazer eufemismos com aquilo, o homem sabia bem que aquilo era verdade e já me ouvira discutindo coisas talvez até piores com meu pai, então que mal tinha falar abertamente da verdade para comigo? Com um sorriso sarcástico nos lábios, ele avançou em minha direção e mal tive tempo de erguer a adaga com a lamina horizontalmente posicionada enquanto me jogava para o lado para evitar ter um corte em minha face.

Aproveitando a deixa dele, movi-me para frente tentando me aproximar do mesmo e aproveitar o movimento de esquiva anterior para realizar uma estocada nele, onde eu planejava apenas toca-lo com a lamina, não verdadeiramente enfiar no corpo dele aquela arma. A forma repentina que havia me movido pareceu surtir um pouco de efeito, porém eu era um tanto desengonçada ainda e não fora tão bom quanto eu pensei que seria... Na minha mente, eu parecia mais graciosa e o movimento melhor... Mas tudo bem.

Naturalmente, o homem havia conseguido se esquivar daquele movimento sem problemas, movendo-se para o lado de forma rápida e usando a própria adaga para tirar a minha da reta do corpo dele. Olhei-o ligeiramente ofendida, quando senti ele agarrando meu pulso que segurava a arma e torcendo-o ligeiramente, me fazendo soltar a arma. A arma caiu no chão fazendo barulho, mas em compensação eu dei um chute na canela dele, pegando-o no osso e fazendo-o me soltar. Afagando meu pulso, peguei a arma no chão e olhei-o ofendida.

Não precisava tentar quebrar meu braço, Drake! Francamente, eu não sou meu pai... – Ele me olhou e ergueu uma sobrancelha diante de minha afirmação e eu bufei, sabendo o que ele pensava mesmo que nenhuma palavra fosse proferida.

Não medi minha força, princesa, sinto muito. Por hoje é só, imagino.

Concordando com a cabeça, sai da torre e fui procurar água fresca para jogar no braço, rezando aos Sete para que não ficasse inchado.
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Mensagem por Rylon Martell Qua maio 17, 2017 8:21 pm

Interação

   
Torre do Sol Martellhousegraphic

Com a mudança repentina do líder da casa Yronwood deixava-me um tanto quanto... Preocupado sobre as coisas poderiam seguir. Apesar da superioridade dos Martell em relação a eles, nesses tempos conturbados era melhor manter as casas vassalas próximas e sempre dispostas a ajudar. Eu chamaria as casas que haviam jurado-nos lealdade uma a uma, para que o que fosse dito em uma das reuniões não afetasse o que era dito para as outras. A primeira casa a ser convocada foi justamente os Yronwoods, que eram a casa cujo poder mais se aproximava da nossa. A reunião havia sido marcada para a manhã, que era mais fresca. Eu vestira roupas leves de seda no laranja de nossa casa e me acomodei no trono com a Lança, minha esposa, Cassandra, estava no trono ao meu lado e Katherine estava próxima a nós, olhando-nos curiosa. Ela dificilmente participava das reuniões quando eu estava ali e hoje não seria diferente, apenas queria deixa-la ciente de meus planos...

Dependendo de como isso terminar, Katherine, precisarei lhe pedir uma coisa. Tente não sumir hoje ou se ocupar o dia todo, poderá ser útil. Agora, está liberada.

Ela fez uma pequena reverencia e concordou, saindo para fazer sabe-se lá o que, enquanto eu aguardava. Cassie segurou minha mão e olhei para ela, dando um sorriso e afaguei-a. Em voz baixa, relembrei a mulher o motivo daquilo e como tudo aquilo podeira influenciar-nos, mas já sabia que ela tinha ciência daquilo... Agora bastava ver como as peças se moveriam.

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Mensagem por Elia Yronwood Qui maio 18, 2017 4:16 pm

O caminho até Lançassolar fora longo, sua comitiva percorreu desde as fronteiras Dornesas até mais ao leste da região na espera de se reunir com os Príncipes. Junto dela havia uma pequena escolta com cinquenta lanceiros e alguns cavaleiros juramentados à Paloferro, lar ancestral da casa Yronwood. Sua ida até o destino foi sem demais preocupações desnecessárias e cansativa, provavelmente passariam mais alguns dias na fortaleza dos Martel até reabastecer para longa viagem de volta. Antes de efetuar sua viagem, ela deixou seu tio como representante oficial em sua ausência e tomou liberdade de colocar sua prima como seus ouvidos dentre seu povo, ocasionando que acabou por virar sua espiã particular.

Quando olhou para frente, para o portão que conectava entrada e saída daquele lugar, olhou na direção de cima esperando que um dos guardas tivesse o bom senso de reconhecer sua face. -Abram os portões, Lady Yronwood chegou.- Disse um deles, provavelmente reconhecendo a loira rapidamente. Claro, retribuiu um sorriso em agradecimento pelo simples fato dele cumprir sua obrigação, esbanjando a mais funda falsidade em seu rosto. Por fim, adentrando dentro do local, Elia prosseguiu ao pátio principal com toda sua comitiva vinda do Caminho do Espinhaço, respondendo uma convocação curiosa de Rylon Nymeros Martell, atual chefe governante de Dorne. Tendo uma possível idéia do assunto que seria tratado, assumindo sua posição de líder de uma das casas mais importante daquela península, fora a frente de seus soldados, chegando ao destinario aguardado.

Lá encontrou um homem responsável com guia, seguindo adiante para dentro do castelo, deixando a parte arenosa para trás na busca de reunir sua presença com do Príncipe Rylon. Logo, sumindo diante dos olhos de sua guarnição, Elia desapareceu da parte exterior da fortaleza e entrou dentro do lar ancestral de uma casa que outra fora inimiga ferrenha dos Yronwood. E, minutos depois, reaparecendo no salão depois de cruzar inúmeros corredores e e escadarias que pareciam não ter um fim, aproximou-se com sabedoria de manter sua cabeça baixa perante seu suserano, ajoelhando-se quando chegasse o momento de demonstrar seu respeito e humildade. -Cá está tua serva, ó Príncipe, que desejas de mim?- Indagou curiosa sobre sua convocação, tendo uma leve idéia de que fosse para renovar seus juramentos após a morte do Lorde anterior.
Elia Yronwood
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Mensagem por Rylon Martell Qui maio 18, 2017 4:47 pm

Interação

   
Torre do Sol Martellhousegraphic

Quando a jovem lady chegou ao salão, ergui-me do trono e a olhei avaliador. Tão jovem e com tantas responsabilidades, além de ter perdido os pais... Sabia como aquela vida poderia ser dura para alguém daquela idade e a jovem tinha até minha solidariedade por sua situação. Um meio sorriso surgiu em meus lábios ao me pronunciar. Eu sabia que seria preciso ganhar a confiança da jovem e ainda ser solidário com a causa dela, antes de fazer qualquer avanço em meus planos.

Se tudo desse certo, em pouco tempo ambas as casas estariam com laços mais estreitos e Dorne ficaria mais estável militarmente falando. Se as duas casas mais poderosas da região se unissem de forma firme, nossas chances de sucesso seriam verdadeiramente maiores e mesmo problemas internos logo seriam resolvidos.

Levante-se, Lady Yronwood, e seja bem vinda a Lançasolar. Espero que a viagem tenha transcorrido sem problemas. Primeiramente, gostaria de expressar novamente meus sentimentos por sua situação e no que for possível, a senhorita e vossa casa podem contar com os Martell caso precisem de algo, se precisarem. Sei que sua casa é forte e não se rende fácil as dificuldades.

Enquanto falava, voltei a me sentar no trono. Havia alguma simpatia na voz, mas o rosto era uma mascara de pedra que não revelava nada a cerca do que eu pensava ou achava. Emoções, na politica, eram um mal que eu havia aprendido a combater no passar dos anos, provavelmente para poder sobreviver no Jogo.

Infelizmente, porém, temo que não seja possível adiar mais esta conversa. Confio que saiba dos rumores sobre guerra e não acho que nenhuma das casas de Dorne tenha se esquecido da Seca. Temo que seja necessário relembrar relações de lealdade e estabelecer novas, o que me faz convocar os vassalos para reafirmar suas lealdades.

Aquela era uma ferida profunda e inesquecível em nossos corações, que ardia com ódio diante da inercia da coroa. Apenas pela colaboração de outras casas havíamos conseguido sobreviver e os sussurros nos bastidores, segundo os meus próprios espiões, não eram nada bons. Acho que apesar da idade jovem dela, eu não precisava dizer que todos podiam ser afetados negativamente por aquilo...


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