Estrada de Ouro

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Mensagem por Deus Afogado Seg Jun 26, 2017 8:21 pm




Estrada de Ouro

A Estrada de Ouro é uma estrada principal que começa em Porto Real, e se estende ao oeste, passando pela Campina, até Rochedo Casterly nas Terras Ocidentais. Ela começa no Portão do Leão de Porto Real nas Terras da Coroa, estende-se a oeste próximo ao Água Negra, na porção norte da Campina. Ao chegar nas Terras Ocidentais, ela passa pela sede da Casa Lydden, Covafunda, e segue até Lannisporto e o Rochedo, sede da Casa Lannister.
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Mensagem por Tywin Serrett Sáb Ago 05, 2017 3:03 pm


A Estrada Moribunda
Estrada de Ouro House_Serrett


A Estrada de Ouro prolongava-se, ofuscada pelo pôr-do-sol, entre colinas e vales, rasgando a paisagem Ocidental à medida que seguia o seu caminho em direcção a Lannisporto. De ambos os lados da via, contrastando com o tom lilás do céu do fim da tarde, altas colinas castanhas, desprovidas de vegetação, ladeavam a estrada. As elevações rochosas estavam polvilhadas por entradas mineiras que outrora extraíam daquela terra os minérios que haviam tornado o país rico.

"Arruinadas." - pensei. De facto as minas tinham sido desactivadas havia muito tempo, após os metais preciosos terem parado de subir, o que havia tornado aquela zona numa região fantasma. Largas vigas de madeira apodrecida barravam o acesso às minas, enquanto que próximas às entradas, esquecidas por entre os rochedos, as ferramentas utilizadas pelos antigos mineiros ainda se mantinham, apodrecidas e ferrugentas, relíquias de um passado quase esquecido. Picaretas, baldes e várias lamparinas quebradas, todos abandonados após o encerramento do complexo, davam um ar fantasmagórico à cena, ajudados pelos gritos distantes dos morcegos que, a esta hora, saíam dos seus lares escuros nas minas arruinadas para procurarem sustento.  

A minha coluna avançava pela estrada fora, os estandartes do pavão Serrett oscilando ligeiramente na suave brisa daquele fim de tarde.Tinha passado uma semana desde a minha partida de Colina de Prata, a razão da minha viagem sendo a fiscalização das minhas terras, necessária de tempos a tempos para me certificar que tudo continuava em ordem.

O sol já se tinha posto a oeste por trás das colinas quando a avistámos. Uma pequena torre decrepita projetava-se contra o céu escurecido num planalto elevado à beira da estrada. Outrora servira como uma torre de vigia, uma guarda que protegia as minas de possíveis salteadores, contudo hoje em dia a sua única função era delimitar a fronteira dos territórios dos Serrett. À volta da torre uma dezena de casas, antigas habitações mineiras, aninhavam-se dentro dos limites de uma muralha em ruínas que se erguia no cimo do planalto. A pequena povoação tinha sido abandonada pelos seus habitantes originais há já bastante tempo, sendo algumas casas mantidas por uma família que geria um albergue para os viajantes que passavam na estrada.

O meu grupo avançou pelas ruelas desertas da aldeia até chegar à entrada da torre, e, apesar de os estandartes do pavão não estarem presentes em lado nenhum, era ainda visível o brasão da minha casa gravado por cima da entrada da torre arruinada, apesar de já desgastado pelo tempo e pelo clima. O dono da estalagem saiu quando a coluna se aproximou da casa, e, quando viu o pavão Serrett na minha armadura ajoelhou, falando numa voz quebrada:

-" Lorde Serrett. Não o esperávamos m'Lorde, teremos o melhor quarto da estalagem pronto imediatamente." - começou o homem enquanto eu desmontava, a sua baixa estatura permitia que o olhasse de cima enquanto avançava na sua direção . - " A cama é macia e tenho também.."

- "Isso não será necessário." - disse, interrompendo o homem que deu um salto para trás com o meu tom. - "Eu e a minha guarda montaremos acampamento na torre, mas antes nós os dois precisamos de conversar em privado."

O homem acenou e conduziu-me para dentro da casa que servia como estalagem. Ao entrar deparei-me com um espaço pequeno e sujo que constituía a sala principal do albergue, o fumo, proveniente das cozinhas, era tão intenso que mais parecia a neblina matinal que por vezes cobria Colina de Prata na Primavera. Subimos umas escadas e ascendemos ao primeiro piso onde o estalajadeiro estacou perante uma porta de madeira de carvalho retirando do seu bolso um chaveiro que continha a chave para abrir aquela fechadura. O quarto por trás da porta era espaçoso mas estava vazio, para além de uma mesa gasta e uma cadeira a divisão não possuía qualquer mobília. Dei uma volta pelo quarto de maneira a encarar o homem de frente.

-" Como têm andado as coisas por aqui?" - perguntei. Devido à sua situação geográfica, nos limites dos territórios Serrett, aquela zona costumava ser problemática devido a disputas territoriais entre casas vizinhas, contudo, após a queda da Rainha Louca as Casas Ocidentais tinham reforçado os seus laços de amizade sendo esta amizade também ajudada pelo facto que o resto de Westeros desprezava o Ocidente desde o reinado de Cersei. Para leste estava a Casa Sarwick de Riverspring, e para norte os territórios dos Brax e dos Lydden de Covafunda não ficavam muito longe daquele local.

- "Calmas." - disse simplesmente o homem, o seu tom estava mais calmo do que quando me tinha recebido à porta da estalagem. - "As patrulhas que m'lorde envia mantêm os bandidos à distância e por vezes patrulhas de outras casas ajudam nessa tarefa também. A estrada de Ouro é muito segura nos dias que correm."

-"Aliás" - continuou o estalajadeiro, -"Os homens dos Brax de vez em quando passam por cá, são bons clientes, consomem muito." - o homem esboçou um sorriso. - "Temos boas relações com eles o que é bom." - De facto era bom, não que o negócio do homem me interessasse de maneira alguma mas manter boas relações com os meus vizinhos era importante.

Enquanto o homem falava havia-me deslocado pelo quarto estando agora em frente à única janela do quarto, lá fora a Estrada de Ouro já tinha quase desaparecido entre a escuridão da noite. Com a atual situação política em Westeros era bem possível que a velha estrada se visse outra vez com o movimento de outrora, contudo, desta vez, não seriam somente mineiros a percorrê-la. Os Blackfyre, a casa real, eram bastante impopulares em Westeros especialmente no sul onde os Martell, os Baratheon e os Tyrell nutriam um desprezo especial pela coroa, contudo a família real era apoiada pela Casa Lannister o que significava que em caso de uma rebelião contra a coroa os inimigos do Rei iriam encontrar os exércitos Serrett a marchar orgulhosamente ao lado dos soldados do Rochedo,pela coroa.

-"M'lorde?" - O homem voltou a falar, o seu tom era mais inseguro outra vez. - "Esquecia-me de mencionar, temos tido uns.. problemas com os Lydden. O lorde achou por bem enviar um cobrador de impostos aqui à torre, eles acham que devemos pagar a Covafunda." - Voltei-me para encarar o homem de sobrolho franzido, aquilo não era bom. Por um lado nunca permitiria que um lorde vizinho taxasse os meus súbditos livremente, isso era um passo no caminho da usurpação dos meus territórios, logo mostrar força era necessário, por outro eu necessitava dos meus vizinhos, não só pela ideia nacionalista que parecia unir as outras Casas, não, eu legitimamente necessitava deles. Os meus territórios não eram fáceis de administrar, ou de defender. Espalhados por entre as colinas do Sudeste das Terras do Oeste, os territórios Serrett eram de difícil acesso, especialmente no que tocava a Colina de Prata, o nosso castelo ancestral era rodeado de altas montanhas por todos os lados exceto ao Sul, o que, se por um lado conferia uma certa segurança à fortaleza também a deixava criticamente isolada. No futuro, se uma guerra pelo trono voltasse a engolir Westeros os Tyrell e os Lannister seriam provavelmente oponentes, o que significava que as regiões do Sul das Terras do Oeste seriam o primeiro alvo dos poderosos Lordes da Campina. Se assim fosse, somente com os exércitos Serrett, a Colina cairia antes que quaisquer reforços conseguissem chegar do Rochedo, contudo com o apoio dos meus vizinhos, teria uma chance. Ceder aos Lydden neste contexto era, contudo, impossível.

Apontei pela janela, para a minha coluna onde o estandarte do pavão tinha sido fixado junto à porta da velha torre. - "Ofereço-lhe aquele estandarte como presente, hasteie-o bem alto na torre e quando esse cobrador de impostos voltar relembre-lhe que a Casa Serrett protege este sítio."
- fiz uma pausa. - "Se ele voltar após isso, sinta-se livre para lhe remover a cabeça e a enviar para o Lorde Lydden como recordação." - Saí sem mais uma palavra.

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Mensagem por Khalon Rivers Sáb Ago 12, 2017 9:25 pm

O Andarilho Parte II – Amizade de Estrada

   
Khalon dava pequenas tapas no lombo do seu animal, o Sombra. O garanhão de um espírito indomável e às vezes incerto combinava com ele. Um cavaleiro sem terra, sem juramento, um mercenário, alguém que muitos acreditavam ser um indigno, um sem honra e da qual a própria evocação da palavra poderia provocar repulsa. Para ele existia mais. Lugares aos qual o seu olho não pousou, costumes completamente diferentes, mas ele não fazia por escolha, as pessoas se evidenciavam ou clamavam ser honradas ao mesmo tempo em que praticavam suas injustiças. Onde mesmo morava a honra quando cavaleiros juramentados matavam suas próprias famílias? Não. Duncan, o Alto, jamais necessitou de um juramento para ser honrado e ele também não necessitaria. Havia lido tudo sobre o cavaleiro ainda em Qarth. Só juraria sua espada a não só alguém, mas a uma causa justa e no momento não via ninguém no horizonte. Tudo era uma janela de possibilidades, porém e essa poderia ser uma delas. Pensou isso, já subindo em seu cavalo e olhando para a hospedaria que tanto lhe servia Tombo Cego. Talvez demorasse mais tempo para voltar dessa vez. Começou a cavalgar sabendo que deveria sair da capital, rumo as Terras Fluviais.

O bastardo havia sido indicado por um dos mercenários que conhecia de que o protetor das Fluviais estava procurando homens de confiança, cavaleiros, para uma tarefa importante. Não sabiam se a informação era confiável e não havia outra opção a não ser tentar. Afinal, não era nenhum mestre dos sussurros do Reino. Vestiu-se então de sua armadura, o que raramente fazia. Feita de bronze e folheada a ouro, a armadura era imponente e era cobiçada. Isso somado a sua espada, era definitivamente, perigoso. Por isso a guardava no lugar mais improvável, a própria Baixada das Pulgas. O que importa é que desta vez tinha comida suficiente para lá dos seus dois dias, estava a carácter e tomaria a medida do possível o caminho mais seguro. A trombeta de uma nova aventura haveria de se iniciar.


----xx----



Difícil precisar quanto tempo ele cavalgou, até que teve finalmente que caçar por isso se desviou um pouco do caminho no percurso. Sabia que precisava de um escudeiro em breve, alguém que pudesse lhe acompanhar lhe ajudar e com fibra moral o suficiente para ser confiável. Bem provável que encontrasse um garoto da Baixada das Pulgas compatível e até encontra-lo teria que procurar bastante. Encontrou-se tão logo na Estrada do Ouro e era pelo local que passaria por um tempo.

O sol estava bem no meio do céu, então ainda tinha tempo para achar um lugar até o cair da noite e os perigos que traziam. Olhou espantado para frente quando ouviu vozes, logo diminuindo o passo do trote. Quem poderia ser ele desconhecia e sabia que não estava sozinho. Ao longe notou que poderia ser de alguma casa das terras ocidentais, devido ao formato dos capacetes. Diferente da cor Lannister, eles possuíam tons mais claros e não reconheceu o brasão. Tudo poderia vir de desertores não sabia, então, continuou seu trote devagar, guardando uma distância de pelo menos quinze passos a trás da comitiva e esperando que a descoberta deles não afetasse seu caminho. Em silêncio já sentia os músculos tensos, ansiosos pela batalha, enquanto o juízo mandava correr na direção contrária.


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Mensagem por Tywin Serrett Dom Ago 13, 2017 3:22 pm


Amizade na Estrada
Estrada de Ouro House_Serrett


O sol do meio-dia pairava forte sobre a Estrada de Ouro, causando um forte desconforto à pequena comitiva Serrett que, debaixo das suas pesadas armaduras, sentiam o calor enquanto prosseguiam com a sua patrulha pela estrada fora. A blindagem dos cavaleiros, de cor creme e verde seco, era muito semelhante àquela utilizada pelos Lannister, os senhores do Ocidente, utilizando o mesmo desenho e oferecendo a mesma protecção.

O jovem lorde Serrett distinguia-se dos demais cavaleiros da comitiva pela sua capa creme, que utilizava a tiracolo, e pelo pavão, que apesar de parcialmente oculto pela capa, estava gravado na parte frontal da armadura e nos ombros da mesma. O seu cavalo cinza após mais de uma semana fora de casa estava enfraquecido mas continuava a ser uma besta sólida e confiável, capaz de percorrer grandes distâncias num só dia a uma velocidade veloz se necessário.

A companhia avançava lentamente, quando, numa elevação por detrás deles, algo chamou a sua atenção. Reflectindo fortemente o sol da tarde o metal dourado cintilava à distância, fazendo-o saltar à vista por entre a paisagem seca onde a estrada passava. Àquela distância era visível que se tratava de um homem a cavalo, montado num grande animal negro que prosseguia na mesma direcção que a guarda Serrett, apesar de avançar a um passo ligeiramente mais veloz. Muitos viajantes trilhavam a Estrada de Ouro diariamente, mas aquele parecia peculiar, não só pela sua armadura espalhafatosa mas também pelo grande cavalo em que seguia, uma montada impressionante mesmo à distância.

O lorde deu ordem de inversão de marcha, não era habitual pararem cada vez que se cruzavam com um viajante, mas aquele chamava demasiada atenção, o Serrett não fazia ideia do que iria encontrar, mas sentia que deveria investigar. A guarda avançou, num galope veloz, em direcção ao estranho cavaleiro. À medida que se aproximavam notaram que o homem não usava capacete, expondo uma cabeça cor de ébano com apenas uma fina camada de cabelo, sendo também visível uma estranha espada com cabo prateado que trazia à cintura. O homem não fez qualquer esforço para fugir à comitiva, estacando apenas quando estes lhe barraram a passagem pela estrada.

Um dos soldados chegou-se à frente:
-"Estás na presença do lorde Tywin, da Casa Serrett, senhor da Colina de Prata e protector destas terras. Qual é o teu propósito aqui estrangeiro?" - O homem permaneceu em silêncio, fitando a comitiva com os seus estranhos olhos cinzentos.

-"Será um Dornês?" - um dos homens ao lado do lorde perguntou enquanto o outro falava. Não era, os dorneses não eram tão escuros, e certamente não utilizavam aquelas armaduras ridículas, aquele homem provavelmente teria descendência das Ilhas do Verão e aquela armadura, banhada a ouro, seria mais decorativa do que para combate propriamente dito.

-"Pelo menos espero que seja." - pensou o lorde -"Que tipo de idiota utiliza uma armadura folheada a ouro em combate?"

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Mensagem por Khalon Rivers Dom Ago 13, 2017 6:01 pm

O Andarilho Parte II – Amizade de Estrada

   
Não era apenas o bastardo que ficava tenso naquela situação, seu cavalo parecia pressentir o que estava por vir. A respiração que Shadow soltava era a espessa e pesada. Poderia ter alguma relação com o calor ou sua intuição estava certa. Aproveitava o bater das patas duras e firmes dos outros cavalos para disfarçar o seu, havia feito muito bem aquilo. O sol castigava, mesmo assim aquilo não o incomodava tanto no momento, não mais do que aquele clima no ar. Foi então que a própria magnificência da sua armadura o traiu. Viu quando o brilho do seu traje foi parar direto quase entre os olhos de um deles, que chamava mais atenção do que os outros. O símbolo da casa parecia que estamparia até seu rosto. Os homens em marcha voltaram e nesse momento sabia que tinha problemas.

Puxou as rédeas de Shadow, à medida que via aquela enorme armada se voltando contra ele. Alguns outros sentiriam medo, se vissem aqueles cavalos, seus cavaleiros, mas Khalon não temia a morte. Como muito dito em Bravos, lugar por onde teve estadia curta, “Valar Morghulis” e essa era a única certeza, de que tombaria um dia. Esperou com paciência e sem abaixar a cabeça, aceitando seu destino e pronto para levar alguns com ele. Eles pararam e seu rosto ficou obviamente a mostra. Um lorde. O homem diferente que havia visto antes. Cabelo curto, castanho, queixo firme, parecia justo, mas parecia muito novo. Esperava apenas que o seu julgamento estivesse certo. Deveria notar, no entanto que uma coisa que odiava ainda mais nos homens do ocidente, fora das Terras da Coroa. A incapacidade quase absoluta de não sentir-se ao mínimo humilde perante aos outros. Quando alguns homens pequenos conseguiam o mínimo de poder eles definitivamente faziam o possível para manter-se neles. Quem poderia culpa-los, por não querer voltar aos seus dias de glória. Não seria hoje, portanto que aguentaria um desaforo daqueles.  Khalon os ouvia falarem enquanto seu sangue subia do seu coração e lhe tomava o rosto. O que ele seria se não conseguisse defender a própria honra. Passou a mão de leve sobre o pelo do animal, disfarçando e identificando os dois da frente. Quando percebeu a oportunidade, deu duas tapinhas no lombo do animal com a palma de suas mãos, que deu um solavanco de uma pata o suficiente para se aproximar do homem que falava sobre ele. Pegou a espada num rápido solavanco enquanto ele fazia o mesmo. Pronto. Espada no pescoço daquele que mal conseguia se mexer. Talvez pensando em como fizer. Os outros cavaleiros levantavam suas espadas. Sabia que poderia morrer. Então recorreu ao que achou justo na hora. – Meu nome é Sor Khalon Rivers, nasci na terra dos rios, fui criado na Rainha das Cidades e me tornei um cavaleiro em busca de um proposito. Já matei homens maiores que você e milorde... Aconselho que encontrem homens melhores do que esses para lhe proteger. - Inicialmente enquanto falava olhava apenas para o cara que o fitava, depois rapidamente se voltou para o lorde, só para retornar com o soldado encarando ele com seus olhos misteriosos e inquietos. De leve raspava a ponta da Fúria da Noite na pele do pescoço dele, sem, contudo provocar qualquer perfuração ou gotejamento de sangue. Pelo contrário, tudo para fazer sentido o aço frio em contato com sua pele caucasiana. – Quando for levantar sua espada para alguém esteja preparado para selar a vida do seu inimigo, ou jamais a levante. Valar Morghulis. – Somado ao sol que batia muito forte em sua armadura produzindo um brilho poderoso e seu tamanho incrivelmente avantajado, percebia que pelo menos o impacto deixaria naquele grupo.

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Mensagem por Tywin Serrett Dom Ago 13, 2017 8:43 pm


Amizade na Estrada
Estrada de Ouro House_Serrett


Era inconfundível. Desembainhada sob o forte sol daquela tarde, a cintilar contra a luz do meio dia, aquela espada não deixava dúvidas, ou pelo menos o material de que era feito não deixava. Tywin só tinha visto aço valiriano em poucas ocasiões mas aquilo, aquela espada, era definitivamente feita do estranho material utilizado pelos antigos senhores dos dragões. A questão era como é que um simples bastardo das Terras Fluviais tinha adquirido uma espada de aço valiriano e uma armadura daquelas, mas isso era uma questão para mais tarde, por agora, tinha aquela situação para resolver.

Os restantes membros da guarda estavam em alerta, espadas desembainhadas e prontas a investir. Os homens intercalavam o olhar entre o misterioso bastardo e o seu lorde em busca de uma ordem sobre que atitude tomar. Poderia, é claro, ter dado a ordem para os seus cavaleiros investirem, tomariam algumas perdas sim, mas no final o desfecho era previsível, o bastardo morreria, contudo não valia a pena derramar sangue por uma pequena disputa na estrada. Fixando os seus olhos nos do bastardo Tywin levantou a mão, ordenando para que os seus cavaleiros baixassem as espadas, após o que avançou em passo lento em direcção ao grande cavalo negro de Rivers, com a mão direita no punho da sua espada e a esquerda na rédea, nunca desviando o seu olhar do do negro.

Parou ao lado do homem que tinha a espada encostada ao pescoço, mesmo ao lado de Rivers. Àquela distância o bastardo poderia facilmente, com um só golpe, decapitá-lo no lugar, ambos sabiam disso, mesmo com a mão na espada seria difícil desembainhá-la a tempo de projectar qualquer tipo de defesa, especialmente contra aço valiriano.

Tywin desviou o olhar do bastardo para o seu cavaleiro ainda com a espada contra o seu pescoço. Com um pequeno, mas perceptível, aceno de cabeça mandou o homem retirar dali. O homem hesitou, confuso, o seu olhar a saltar entre o bastardo e o lorde até que obedeceu, e muito devagar retirou, juntando-se aos restantes membros da comitiva. O bastardo não se pareceu importar, aliás, porque deveria? Tinha o pescoço do lorde à sua mercê, isso era melhor do que o de um simples cavaleiro.

O lorde voltou a encarar o bastardo, ele continuava com a mesma face inescrutável, fitando o lorde com os seu enigmáticos olhos... azuis? Como podia ser? Ainda há pouco eram de um cinza mais claro que o cavalo de Tywin, como podiam agora ser azuis? - "Não interessa." - pensou o lorde, uma anomalia, uma ilusão de óptica, não era importante naquele momento. Os olhos do bastardo continuavam fixos em Tywin, a sua espada ainda em riste.

-"Melhores soldados? Qualquer um destes homens daria a vida por mim. Não peço mais nada, nem necessito de mais nada, de nenhum deles." - o tom do lorde era alto e claro parecendo quase autoritário -"Contudo, talento verdadeiro é difícil de encontrar e quando aparece, bem..." - Tywin afastou a mão do cabo da espada em direcção à sua algibeira, de lá de dentro retirou um pequeno saco castanho, em pele, cheio de moedas, uma colecta de uma pequena vila com impostos em atraso. - "... temos de o agarrar." - atirou o saco ao bastardo que o apanhou com a mão livre. -"Suponho que a sua oferta de serviços para arranjar melhores soldados se mantenha?" .

Dito isto, atirou ao bastardo o sorriso mais arrogante que conseguiu, virou o cavalo, voltando costas a Rivers, e seguiu o seu caminho original.

Encerrado para Tywin Serrett

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Mensagem por Khalon Rivers Seg Ago 14, 2017 12:52 am

O Andarilho Parte II – Amizade de Estrada

   
Músculos tensos? Não mais. Khalon sabia que havia tomado à atenção de todos no lugar e conseguia observar nos olhos daqueles que estavam à volta. Poderia até imaginar o que estavam pensando. O que aquele estranho fazia com toda aquela coragem? O pior homem a se enfrentar é um que não tem nada a perder. Tudo isso se agarrava ao bastardo de forma tão grande dentro de suas entranhas, que sua pele de ébano parecia feita do mesmo material de sua arma, impassível, inquebrável. Sua lâmina fria, negra, que se desenhava sobre o pescoço do seu inimigo parecia sedenta de sangue, quando na verdade seu portado só blefava para manter todos aqueles soldados sobre seu controle, para sobreviver e era isso que o manteve vivo até o momento. Sabia que todos eles aguardavam uma sentença do lorde e era o que ele também aguardava. Contaria como um teste, se ele realmente se considerasse um absoluto naquele momento o que não era a plena realidade.

Viu quando tomado pela coragem, o lorde saiu de seu cavalo, a respiração do seu refém ficou ainda mais tensa e rápida. Os olhos de quem sabia que tudo dependeria de duas pessoas e não dele. A sensação embriagante do poder havia ido embora? Já tinha sua resposta, quando o outro engoliu em seco ao ver todos os seus amigos abaixarem suas armas as ordens de seu milorde. Não evitava o olhar fixo nos outros quando poderia. Sabia que aquilo era uma tentativa de enxergar o medo nos olhos dele e não ia funcionar. Pelo contrário, ele sabia que seus tons quase metamórficos provocavam medo e era medo que precisava antes de estar seguro. Para alívio daquele homem o Serrett que já estava próximo aos dois o liberou e conseguiu se desfazer de sua situação complicada. Com cuidado manteve a Fúria da Noite no ar. Os dois sabiam o que poderia vir se o lorde tentasse algo perigoso. Não queria atacar o homem. Atacar um plebeu era uma coisa, um nobre? Completamente diferente e ambos sabiam disso.

Seus olhos ainda fixos para o homem e era a primeira vez que o via de perto. Olhos azuis? Jurava que ele poderia ser confundido com um dos leões daquela região. A voz num tom firme surpreendeu até mesmo ele. Um lorde que se importava com os seus soldados ao ponto de se por na frente? Pensou duas vezes antes de entender que não se tratava da região errada. A situação se inverteu agora, pois ainda estava o ouvindo falar. Uma proposta de um trabalho era a última coisa que esperava e demorou a acreditar até ver o saco de moedas, voar para sua mão esquerda. Pegar o dinheiro no ar exigiu boa agilidade do homem, o fazendo usar a mão que segurava a rédea, colocando-o em risco de cair do animal. Ousado, arrogante e justo. Poderia dizer que o pavão como símbolo da casa, não era nem um pouco incongruente. Não era a pior pessoa para quem trabalhou, pelo contrário, parecia o certo. Por um momento, pensou em sua promessa de trabalho nas Fluviais, talvez ganhasse mais, mas decidiu ficar com o que tinha na mão.

Logo girou a espada na mão livre a embainhando quando percebeu que todos já estavam na sua frente. Colocou logo a moeda amarrada na sua cintura e começou a cavalgada. Todos pareciam cansados e o sol ainda os castigava. O homem que se manteve a margem para perceber o que todos queriam, enfim tomou um ritmo mais rápido e se pôs bem do lado dos soldados da dianteira. Algo que não foi muito difícil, a maioria estava com medo e os que mais se mostraram resistentes estavam do lado de Tywin. – Um homem que arrisca sua vida pelos seus soldados sem nem mesmo pensar depois? Gostaria de saber mais do que seu nome, milorde. Mais para sobre quem irei servir. – Os cavalos compassados mantinham-se alinhados agora, ocupando quase metade da grande estrada. O bastardo não olhava para os lados, nem ouvia muito do que os homens dele resmungavam incapazes de falar alto novamente com ele. Queria ter a certeza de que em breve conquistaria sua confiança. Por hora, o medo bastava, já que sobreviver bastava.

ENCERRADO PARA KHALON


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