Estrada do Rei

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Mensagem por O Corvo Qui Abr 13, 2017 4:49 pm



Parte de Estrada do Rei

A Estrada do Rei, também chamada Estrada Real, é a principal rota terrestre nos Sete Reinos. Ela se estende por cerca de três mil quilômetros, de seu extremo norte em Castelo Negro, na Muralha, segue para o sul em direção à capital, Porto Real, e continua através das Terras da Tempestade até Ponta Tempestade. Entretanto, não é nada comparada às antigas e majestosas Estradas Valirianas.

Este trecho compreende toda a extensão da estrada nas Terras da Coroa, seja norte ou sul, englobando também o território de Mataderrei ou Mata do Rei.


Última edição por O Corvo em Sex Jun 30, 2017 1:30 am, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Melina Bar Emmon Qui Jun 08, 2017 7:10 pm



Sea, blood and duty
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O som dos cascos do cavalo batendo na terra fofa e úmida com o acompanhamento de ocasionais relinchos eram os únicos sons presentes naquele ambiente. Havia ganho esse cavalo de minha mãe ao ser exilada das terras de meu pai e junto de uma espada, um escudo e uma sacola de suprimentos, parti. O Gancho de Massey havia sido minha casa por mais de três décadas e deixá-lo para trás, assim como Ponta Aguda, fora uma estocada em meu coração. O fato de me entristecer com todos os eventos mais recentes de minha vida não significava que eu amasse tudo aquilo mas as oportunidades que tive e toda minha vida tinham sido moldadas graças à aquele lugar e isto me abalava, muito embora eu escondesse isto com grande maestria.

O sol já começava a se pôr deixando um rastro laranja avermelhado no horizonte, fazendo com que o céu ficasse gradualmente escuro. Não demorará para a noite cair, preciso parar para acampar e alimentar o cavalo. Pensei, diminuindo o ritmo do equino para analisar melhor a floresta ao redor da Estrada do Rei. Com a rápida análise consegui identificar um pequeno rochedo atrás de um punhado de árvores e descendo de meu cavalo, o guiei pelas rédeas até o local para inspecionar em busca de um abrigo rápido e fácil.

Tudo ocorria bem, pelo menos até os segundos seguintes quando dois homens surgiram de trás do rochedo, caminhando em minha direção. Posicionando a mão direita sobre o cabo da espada longa me preparei para desembainhar a mesma e iniciar uma dança de aço contra os mesmos, todavia, não atacaria a menos que este se provassem serem hostis e meu instinto guerreiro apontava para tudo isso. - Sete Bençãos! Como andam nesse fim de tarde? Proferi em voz alta, cumprimentando-os com um sorriso no rosto embora o meu estado de alerta fosse bem claro para os dois homens. Eles portavam uma espada curta cada e um o da direita carregava um punhal. Pareciam maltrapilhos e também pareciam ser os tipos de homens que carregavam uma malícia venenosa.

- Sete Bençãos, senhora! O que uma donzela como você faz toda armada e à cavalo nessa hora da tarde? Perguntou aquele que carregava o punhal, tomando a frente. Era o maior, de meu tamanho, com calças de algodão, sapatos de pano e camisa de ráfia. Enquanto falava pude observar sua mão esquerda cair sobre o punhal e sua direita cair sobre a espada.

Ambidestro? Ou vai lançar a adaga em mim para me distrair e atacar? Não, ele não deve ter esse tipo de pensamento. Ele tomou a frente e me respondeu primeiro, é mais alto que o outro, ele deve ser o mais ousado. Não importa, vou arrancar a cabeça de ambos, vermes insolentes. Pensei em meu íntimo, contraindo o maxilar em uma fúria disfarçada, entretanto, seria melhor ganhar terreno para iniciar o funeral de ambos e um diálogo me ganharia alguns segundos valiosos.

- É responde pra ‘nóis’, responde, moça. Assim ‘nóis’ pode ajudar você. Falou o segundo, que havia se mantido calado quando o Verme Ousado tomou a dianteira. Verme Covarde caminhava para meu flanco esquerdo e Verme Ousado para o direito.

- Estou apenas indo para Bosque Cortado, responder ao chamado de Lorde Fell. Menti, aproximando-me de meu oponente a direita com um sorriso simples mas eficaz. Meus lábios vermelhos, minha pele branca, meus olhos azuis e meus cabelos preto curto faziam bem o trabalho.

- Cadela mentirosa, Bosque Cortado fica depois do Guaquevai, tu ‘tá’ subindo pro norte. Olha, Dick, essa puta tem aço de castelo, aço bom… Deve ter mais ‘coisa’ além do aço e do cavalo. Respondeu Verme Covarde, isso me irritou. Soltei as rédeas do quadrúpede e puxei a espada da cinta, girando em meu eixo e desferindo um corte em direção ao rosto do oponente da direita de forma horizontal. Minha cota de malha por baixo da túnica estufada ressoou, quase inaudível.

Verme Ousado recuou e sacou espada e punhal, como havia julgado, e seu amigo avançou pela esquerda brandindo a espada quatro vezes na vertical, tentando atingir meu dorso. Agi rapidamente, bloqueei os golpes, pisei em seu pé com força e o soquei no rosto, batendo minha espada contra a sua em seguida para recuar em direção ao meu escudo no dorso do cavalo. O brasão da casa Bar Emmon estava pintado no mesmo. Meu sangue corrida de forma acelerada e quente, a vida estava de volta em meu corpo e meu âmago clamava pelo sangue dos dois patifes.

O ousado golpeou de baixo, dos dois lados, entretanto, posicionei meu escudo na esquerda e depois na direita defendendo os golpes facilmente. Ao ver sua investida pobre contra mim, tentou um golpe por cima, na vertical. Ele quer uma abertura para atacar com essa coisinha na mão esquerda dele, bem, eu vou dar a ele isto. Calculei, erguendo o escudo de forma débil, defendendo o ataque. Como um corvo em busca de carne o homem mergulhou seu punhal numa estocada rápida contra minha barriga, entretanto isso já era esperado por mim e tudo que tive de fazer era jogar o corpo para o lado e envolver seu cotovelo com o braço de meu escudo, travando-o. O homem tentou manejar sua espada para atacar-me todavia projetei minha testa contra a sua, atordoando-o para logo em seguida descer minha espada longa sob seu braço estendido, deixando-o pendurado pela carne e pele.

O homem rugiu de dor e agonia, seu amigo avançou em fúria para auxiliar. Ergui meu escudo, no entanto, seus golpes estavam aumentando cada vez mais e começavam a cansar meu braço esquerdo. Recuei até um ponto onde uma árvore pressionou minhas costas e neste momento a espada de meu adversário cortou e estocou o escudo para em seguida pressioná-lo e redirecioná-lo para a esquerda, deixando-me vulnerável. Sedento e irado por vingança me golpeou e ao mesmo tempo manejei minha espada, rebatendo seu golpe para o lado, entretanto, um corte se manifestou em minhas costelas esquerda e um soco atingiu minha face. Desnorteada cambaleei e ergui o escudo, caminhei em direção ao patife e executei um encontrão nele, começando-o a empurrar para longe de mim a fim de ganhar espaço e tempo para me recuperar. Uma coisa era certa ali, eu mataria os dois com minhas mãos.

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Mensagem por Rhaegel Blackfyre Seg Jun 12, 2017 1:07 pm


Príncipe Herdeiro
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Uma pequena escolta com os melhores guardas de Porto Real seguia em minha companhia, estávamos perseguindo um grupo de salteadores pela estrada do rei. Eles haviam atacado e matado um Lord das Terras da Coroa numa taberna da cidade, e como o pequeno conselho não contava atualmente com um mestre de leis, coube a mim como príncipe herdeiro, persegui-los a fim de trazer-lhes a justiça do rei. Usava uma armadura negra cujo peito trazia o emblema da casa Blackfyre, meu cabelo estava preso para facilitar a utilização do elmo negro e sobre minhas costas, uma capa vermelha tremulava violentamente sob o forte vento. Claro que todo esse equipamento estava sendo usado graças às ordens da rainha, que não queria seu herdeiro ferido ou a mercê de ataques durante essa missão, eu não havia exatamente gostado dar ordens, mas havia obedecido como um bom filho. Afinal como príncipe herdeiro precisava me cuidar e manter-me seguro e saudável, caso quisesse sentar no trono de ferro um dia; havíamos acabado de nos aproximar da fronteira com as Terras da Tempestade após horas de cavalgada. E confesso que eu não sabia se deveria seguir adiante ou não sob o território dos senhores da tempestade, uma vez que a relação entre a casa Baratheon com a casa real ultimamente não era das melhores. - Alto! Ordenei para toda a escolta de guardas, puxando firmemente as rédeas do meu corcel negro de batalha e o direcionando para uma clareira, onde eu poderia observar o percurso a frente e pensar sobre seguir ou não pelos domínios das Terras da Tempestade.

Sobre a clareira eu pude observar bem boa parte do caminho a frente, enquanto ajeitava minhas luvas e acariciava a crina do corcel. - Calma rapaz... Sussurrei para ele, após erguer a viseira do elmo e respirar um pouco de ar puro. Tendo minha atenção atraída em seguida para uma cena no mínimo intrigante, uma mulher acabava com alguns homens logo mais abaixo, dando-lhes uma tremenda surra. Essa tinha habilidade e coragem, e com toda certeza havia recebido um treinamento digno de cavaleiros nobres, pude observar isso no momento que ela acabou com o ultimo homem que ainda restava de pé. - Fiquem aqui... Instruí para alguns guardas daquela comitiva, sendo seguido apenas por Sor Jasper Rykker, o atual comandante dos mantos dourados, ou melhor, a patrulha da cidade. - Olá! Bati levemente os tornozelos contra o tronco do corcel, fazendo-o trotar lentamente até o ponto onde a mulher se encontrava. No entanto, mantendo a calma e buscando não me aproximar muito já que ela estava sob o calor da batalha que havia acabado de travar. - Parece ter tido um monte de trabalho por aqui... Sussurrei num tom quase divertido, à medida que meus os olhos varriam toda a área em busca de um detalhe que pudesse demonstrar sua identidade, então, notando um escudo sobre o chão, cujo símbolo eu reconheci como sendo da casa Bar Emmon de Ponta Aguda. - Hmm, parece ser alguém a serviço da casa Bar Emmon, certo? Não está um tanto longe de casa? Indaguei com um sorriso, após retirar o elmo negro e deixar minha face surgir visível em seu campo de visão. Não esperava que ela me reconhecesse como o príncipe herdeiro, tampouco como um Blackfyre. Se bem que o símbolo sobre a armadura entregava isso.

- Então? Encarei a mulher com uma sobrancelha levemente arqueada, observando o clima esfriar e o sol começar a desaparecer no horizonte. A noite estava chegando e minha missão não havia obtido nenhum sucesso. Droga!

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Última edição por Rhaegel Blackfyre em Ter Jun 20, 2017 7:00 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Melina Bar Emmon Seg Jun 12, 2017 9:35 pm



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Após ganhar espaço com um encontrão o combate pôde recomeçar. Erguendo o escudo na altura do meu peito e posicionando a espada sobre ele avancei. Um, dois, três cortes voaram contra ele mas devido a área de defesa consegui realizar a mesma e com um movimento girei em meu eixo impulsionando a lâmina longa contra a cabeça de meu inimigo. O homem bloqueou com sua espada, rebateu a minha para a cima e girou tentando estocar meu flanco parcialmente exposto. Ele tem um pouco poder de análise, isto é evidente. Raciocinei, girando novamente em meu eixo para recuperar a minha postura ofensiva e evitar o golpe de meu inimigo.

O homem rangeu entre os dentes, espumando em fúria. Suas veias latejavam na cabeça, seu tronco suava e seus pulmões arfavam enquanto que eu me mantinha estável, com minha respiração controlada, um pequeno cansaço e um pouco de suor sobre minha testa. O companheiro do criminoso cujo o braço pendia continuava caído gritando e grunhindo enquanto perdia cada vez mais sangue, este não tinha prospectos bons para seu futuro, até um homem aleijado não era de muita serventia para a Patrulha da Noite.

Avancei com quatro passos rápidos sobre aquele terreno levemente lamacento e golpeei por cima, projetando uma parábola com minha espada sobre sua cabeça e imediatamente observei o homem pronto para defender, planejava algo assim como eu? O golpe retiniu contra a espada de meu oponente, todavia, ergui minha perna direita e executei um chute com a planta do pé em direção ao joelho esquerdo do homem. Golpe infeliz. No momento em que realizei o golpe extra o homem desferiu um soco em meu joelho que causou mais do que algumas dores e numa velocidade estonteante segurou minha canela. Meu instinto falou mais alto no momento, ergui o escudo em forma de gota (kite shield) com o símbolo do peixe-espada e usei-o para golpear o antebraço do homem (enquanto nossas espadas se mantinham logo acima), este soltou, todavia eu não tinha acabado e desci a espada (desistindo da disputa de pressão) enquanto erguia o escudo, resultado? Arranquei a mão do homem com um único golpe enquanto defendi seu corte vindo do alto.

Em agonia o homem gritou, liberando seu fluído escarlate sobre o chão, no entanto, em vez de recuar para se acomodar minimamente a dor o mesmo investiu desgovernadamente com diversos golpes verticais transversais, gritando e grunhindo de dor e ódio. Fui obrigada a recuar com os golpes e ao tropeçar numa pedra no meio do caminho caí de costas. Ao ver minha desvantagem o homem chutou-me em minhas partes íntimas, me lançando em um choque agonizante e em seguida desferiu diversos cortes mal executados contra mim e meu escudo. A cada golpe o escudo rangia e uma lasca se projetava para os lados.

Meu inimigo então tentou um golpe na altura de minha face, uma estocada. Ergui  o escudo e virei o rosto pois se o golpe atravessasse a defesa eu minimamente conseguiria evitar mas não atravessou, pelo menos não o suficiente. Senti a ponta da lâmina tocar minha orelha e os pelos de minha nuca se enrijeceram de medo e uma sensação congelante e estridente pareceu ter cortado meu coração com um estocada. Esta é minha chance. Pensei, acalmando-me novamente. Era uma cavaleira com treinamento nobre e de alta eficiência tanto na terra como no mar! Não poderia me desesperar e esquecer meu treinamento, seria uma vergonha e desonra. Golpeando cegamente, tentei atingir meu inimigo, isso o fez retrair a lâmina e neste momento eu projetei o escudo para a esquerda, junto de sua espada presa e atravessada no mesmo e erguendo meu tronco com muita dificuldade estoquei o abdômen livre do homem, chutei-o nos testículos e me desprendi de meu escudo, recuando com a espada longa na mão direita.

- Sua rameira imunda! Eu vou te matar! Arrghhh… Eu vou.... Grrrr… Falou o homem com sangue caindo de sua mão decepada e de seu ferimento na barriga. Tais xingamentos apenas acenderam ainda mais meu desejo pelo sangue dele, e de seu amigo que ainda permanecia semi vivo, tentando resistir a morte por perda de sangue logo atrás dele. Avancei em sua direção com passos pesados e enrijecendo meu maxilar para obter a força necessária atravessei suas tripas com minha arma, meu rosto se colou ao do homem e este cuspiu em mim enquanto uma cascata de líquido escarlate se projetava de seus poucos dentes e de seus lábios rachados e feridos. Miserável… Girei a espada dentro de seu corpo e a puxei com um movimento fazendo seus órgãos da área deslizarem para o chão.

Esfreguei meu rosto com minha mão esquerda e ao ouvir os gemidos de agonia de seu parceiro cujo o braço mantinha-se pendurado por um punhado de carne e pele, caminhei em sua direção, o homem não se conteu e fez as necessidades na hora enquanto erguia a mão e chorava. - Que os setes infernos te carregue. Proferiu, golpeando seu pescoço com a espada, cortando sua jugular. Lentamente o homem gorgolejava e sua essência se esvaía. Afastei-me lentamente, indo em direção ao meu escudo com espada em mão quando de repente alguém aproximou-se. Mais ladrões? De cavalo?

- Olá. Disse a figura envolta de uma armadura negra com um dragão de três cabeças no peito. Permaneci calada com a espada em mãos. Homens do Rei vindo capturar os homens que matei? Talvez eles mesmo tentariam me estuprar, me matar ou me levar para a Fortaleza Vermelha por ter roubado a caça deles. Minha respiração era pesada e meu corpo mantinha-se maculado com manchas de sangue, minha espada pingava um sangue escarlate grosso e denso. - Parece ter tido  um monte de trabalho por aqui. Tentou novamente, em tom divertido.

- Não passaram de garotos com pedaços de pau, afinal. Respondi secamente, apertando com mais firmeza o cabo de minha espada longa enquanto minha respiração se normalizava. Sem dúvidas a figura pertencia aos Blackfyre, talvez um cavaleiro pomposo à serviço do Rei ou da Rainha Rhaenys. Deveria ser rico e bem prestigiado para ter tal armadura e talvez fosse tão mortal quanto aparentava ser rico, eu deveria me manter alerta contra ele.

- Hmm, parece ser alguém a serviço da casa Bar Emmon, certo? Não está um tanto longe de casa? Respondeu então, lançando-me num estado de curiosidade que se misturou à minha prontidão de combate. Ele reconhecia meu brasão de armas, teria de matar ele ou contar minha história, todavia, se fosse um emissário Blackfyre isso poderia causar uma série de eventos desagradáveis para mim e para minha família, e isso incluía minha irmã e minha querida mãe. - Então? Perguntou, retirando o elmo e liberando seus cabelos platinados e seus olhos púrpuras, características valirianas presentes apenas na Corte, na Casa Velaryon e na Ilha de Lys. Não era qualquer um, era da família real, aqueles que eu menos desejava conhecer no momento, entretanto, minha espada não resolveria coisa alguma neste momento. Ajoelhei-me e abaixei a cabeça perante o homem.

- Milorde, sou Melina, primogênita da Casa Bar Emmon, filha do Lorde de Ponta Aguda e cavaleira de Ponta Aguda. Respondendo a sua pergunta, estou em viagem para Porto Real, fui exilada por meu pai, proibida de habitar e transitar em seus domínios. Estes homens me atacaram e queriam levar todos meus pertences, não tive escolha se não me defender contra eles. Não sou uma criminosa, defendo os princípios da cavalaria em nome dos Sete Reinos e dos Sete Deuses. Proferi, com muito custo. Dizer aquelas palavras me fazia sentir toda a ira que senti contra meu pai novamente, quando o ataquei descontroladamente, uma das poucas ocasiões em que perdi o controle de mim mesma, só que esperava que minha sinceridade e espontaneidade me poupassem de um destino, digamos, mórbido, devido ao fato de ter sido exilada. Não tinha escolha, não poderia atacar alguém da família real, minha sorte e vida estavam nas mãos daquele homem Blackfyre.

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Mensagem por Rhaegel Blackfyre Qui Jun 15, 2017 7:24 pm


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Bastou à mulher me reconhecer para cair sob um joelho e se apresentar, o que costumava a ocorrer com frequência sempre que percebiam meus traços valirianos e minha postura. E até onde tenho conhecimento, outras casas de Westeros também compartilhavam desses mesmos traços, mas eles sempre acertavam me colocando como um membro da família real. Como um Blackfyre. Um pequeno sorriso surgiu em meus lábios à medida que a escutava, ela tinha se apresentado como a primogênita da casa Bar Emmon, porém uma exilada por seu pai, o Lord de Ponta Aguda. - Primogênita da casa Bar Emmon, mas exilada por seu pai? Uma sobrancelha foi levemente arqueada, tão notável guerreira deveria ter feito algo muito grave para ser exilada pelo seu próprio pai, todavia, isso de nada importava para mim. Não mudava o que eu tinha visto da clareira, quando ela derrotou dois homens de forma magnífica. Rapidamente meu semblante passou de curioso para feições que demonstravam mais simpatia em relação à mulher. - Deve ter feito algo muito grave ou seu pai e um tolo para exila-la, vi como derrotou esses homens... Tem um talento e tanto para com a espada. Fiz uma pequena mesura para ela e passei a observar os corpos sobre o chão. - Fique tranquila quanto a eles, você se defendeu e consequentemente fez a justiça do rei valer. Voltei a encara-la ainda sorridente e entreguei meu elmo para Sor Jasper Rykker, descendo do corcel negro em seguida. Caminhando na direção da mulher.

- Agora deixe-me falar que e uma honra conhecer tão notável guerreira, Lady Melina Bar Emmon. Tomei sua mão e plantei um beijo sobre o dorso da mesma, portando-me como o cavalheiro que fui educado para ser e que me tornei. - Sou o príncipe Rhaegel Blackfyre, senhor de Pedra Dragão e herdeiro do trono. Apresentei-me de forma resoluta, olhando para suas feições a fim de descobrir se ela havia ficado surpresa ou não. Afinal não queria deixa-la intimidada como provavelmente qualquer pessoa estaria numa situação como essa. - Estou perseguindo um grupo de criminosos que assassinaram dois nobres senhores de terras em Porto Real, eles provavelmente seguiram para Mata da Chuva. Comentei com certo desgosto, ainda decidindo se deveria entrar no território da casa Baratheon. Mas chegando a rápida conclusão que mesmo com a rixa entre eles e a casa real, eles deviam obediência para o Trono de Ferro, pois faziam parte de Westeros. - Sor Jasper! Reúna os homens, a noite está chegando e devemos acampar. Não quero ser alvo de emboscadas numa viagem noturna.  Ordenei para o cavaleiro líder dos mantos dourados. - E livrem-se desses corpos... E a senhorita gostaria de se juntar a nós? Eu ficaria feliz se pudéssemos trocar algumas palavras. Fique! Recomponha-se e venha comer algo comigo, gostaria de conversar sobre suas habilidades como guerreira. Esperei pacientemente sua resposta.

[...]

Pouco tempo mais tarde, estava sentado sobre um tronco e conversava com Sor Jasper. Traçando nosso plano para capturar os criminosos, quando a mulher aproximou-se parecendo um pouco diferente, mas logo percebi que ela tinha se lavado e tirado o sangue que impregnava seu corpo. A exemplo de mim que agora trajava apenas vestes negras de couro e algodão invés da armadura; dispensei Sor Jasper e acenei para que a mulher se sentasse a meu lado. - Então lady Melina, está com fome? Os homens estão assando algumas lebres que caçaram... Olhei para ela com o cenho franzido, e cruzei os braços. - Suas habilidades como guerreira são notáveis, como tornou-se tão habilidosa assim? Indaguei enquanto pensava sobre algo bastante interessante, convidar a mulher para me acompanhar nessa perseguição e também a seguir para Porto Real no objetivo de fazer parte das forças rei. Uma vez que o trono de ferro precisava de ótimos guerreiros sob suas ordens.

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Última edição por Rhaegel Blackfyre em Ter Jun 20, 2017 7:01 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Melina Bar Emmon Seg Jun 19, 2017 5:30 pm



Sea, blood and duty
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Assim que me lancei numa reverência cavalheiresca e apresentei-me, assim como expliquei o que estava fazendo e o motivo de estar ali o então confirmado dragão negro Blackfyre arqueou sua sobrancelha, entretanto, não iria tremer ante aquele homem, mesmo que ele fosse o herdeiro e futuramente meu Rei, se tudo corresse bem. - Sim, meu senhor. Fui exilada ao atacar meu pai num acesso de ira quando ele me despojou de meus direitos sobre Ponta Aguda, uma ação impulsiva e tola, sem dúvidas. Completei, mordendo o maxilar de forma insatisfeita ao lembrar estes fatos,  e também de ter que elucidá-los para aquele homem cujo pouco conhecia.

Por sorte ou por cortesia do valiriano eu recebera a compreensão do mesmo e até apoiado por ter feito a “justiça do rei” ao ter esmagado aquelas moscas e não demorou para o mesmo elogiar minha habilidade com a espada e se revelar como sendo o Príncipe Herdeiro, Rhaegel Blackfyre, primogênito de Rhaenys Blackfyre me deixando num breve estado de surpresa e curiosidade. O que um príncipe estaria fazendo em Mataderrei naquele momento? Era suposto um cuidado maior da Rainha e do Rei para com seu filho mais velho, não? - Estou perseguindo um grupo de criminosos que assassinaram dois nobres senhores de terras em Porto Real, eles provavelmente seguiram para Mata da Chuva. Disse o homem que transmitia confiança, imponência e também medo.  A verdade era que eu nunca fora muito de gostar de homens e de seu jeito de fazer as coisas, ainda mais quando envolvia mulheres no meio, todavia, o que mais me preocupava era o próprio herdeiro e um homem que perto dele andava e que segundos depois revelou-se como Sor Jasper.

- Será uma honra, Príncipe Herdeiro, e se me permite, eu de bom grado levaria a justiça real contra patifes fora-da-lei. Retruquei após ouvir o convite do dragão negro, entretanto, uma preocupação se formava em minha mente. Seria meu instinto de guerreira ou algum medo infundado?

Horas depois a noite havia chegado, Mataderrei permanecia ligeiramente calma a não ser pelas conversas privadas de alguns homens do príncipe cujo paravam levemente suas conversas para observar-me passar. Utilizando um curso de água próximo do acampamento para lavar-me, pude retirar o sangue e suor de meu corpo, bem como lavar meu rosto e molhar meus cabelos negros. Vestia agora uma camisa negra de algodão, calças de couro, botas de couro e minha espada na cintura me acompanhava como uma mensagem para todos ali.

Assim que adentrei mais afundo no pequeno acampamento atingi uma fogueira onde Rhaegel Blackfyre estava e caminhei até o mesmo, de forma rígida e disciplinada. - Boa noite, meu príncipe. Realizei uma vénia respeitosa, sentando-me ao seu lado - mas longe o suficiente para manter certa distância -  continuei. - Se não for incômodo, compartilharia uma lebre. Agradecida. Respondi, respeitosamente e dura.

- Suas habilidades como guerreira são notáveis, como tornou-se tão habilidosa assim? Disse o príncipe que era do sangue do dragão negro. Ser uma cavaleira e ainda reconhecida pelo Príncipe Herdeiro dos Sete Reinos era algo gratificante de fato, entretanto, não poderia demonstrar tais sensações mais do que o necessário. Mantendo meu rosto impassível e neutro, respondi.

- Agradeço o senhor pelas palavras. Comecei a manejar a espada e o escudo com meu pai, ainda quando criança, quando retornei de uma viagem clandestina que fiz para as Cidades Livres, no navio de meu pai. Desde sempre lembro de ter uma espada em uma mão e um leme de navio na outra. Na idade adulta consegui o grau de cavaleiro, concedido a mim por um amigo de meu pai, do Gancho de Massey, e por muitos anos mantive minha vida marítima no Mar Estreito aliado com minha educação peculiar. Fui criada como um herdeiro, mas não foi esse meu destino. Respondi, perdendo o foco da pergunta do príncipe. - Desculpe-me pela falta de foco, meu príncipe. Consegui tal habilidade treinando desde cedo com o senhor meu pai. Respondi mais adequadamente, de maneira rígida e séria.

- Imagino que a vida da Corte deve ser difícil. Comentei, no intuito de extrair informações do homem e conhecer ele melhor, elucidar quem era o príncipe herdeiro do Trono de Ferro.

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Mensagem por Rhaegel Blackfyre Seg Jun 26, 2017 2:39 pm


Príncipe Herdeiro
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Nunca fui de me afeiçoar às pessoas com facilidade, entretanto, por algum motivo eu havia gostado daquela amazona. Mas também não buscando um envolvimento mal interpretado, obviamente. Resolvendo tudo em palavras simples, ela tinha me inspirado confiança e eu apreciado as suas habilidades como guerreira. Chegando a conclusão que ela poderia vir a ser muito útil num propósito nobre em Porto Real, pois a minha família estava necessitando de guerreiros (a) habilidosos a seu serviço. E ela entrava nesse quesito com todas as ressalvas, porém, minha idéia no momento era procurar uma forma de convencê-la a servir a casa Blackfyre. Talvez com um pouco de conversa eu abordasse o assunto e conseguisse uma resposta positiva. - Boa Noite, milady! Não e incômodo algum... Cumprimentei a nobre guerreira à medida que ela sentava a meu lado sobre o tronco, e acenei para um dos guardas, ordenando que ele trouxesse uma das lebres abatidas e assadas para a mulher. Então, escutando-a narrar a sua história com muita atenção, percebendo que ela parecia divagar um pouco em meio a ela, talvez por lembranças felizes de sua infância. Contudo, eu não dei muita importância a sua falta de foco, na verdade eu gostava de escutar histórias fossem elas contos pessoais ou não. - Não se preocupe, Lady Bar Emmon. Eu gosto de escutar... Esbocei um singelo sorriso. - Na verdade sempre me disseram que sou um bom ouvinte. Acrescentei, observando o guarda trazer a lebre assada para a mulher e se retirar após servi-la. Cabendo a mim agora responder a seu comentário, o que eu faria com toda certeza, afinal, uma conversa agradável sempre abria uma porta para uma mente mais tranquila e descansada.

- Um pouco. Porém não e muito diferente da vida de um senhor de terras, eu particularmente prefiro viver em meus domínios em Pedra Dragão. Estou em Porto Real somente de passagem... Iniciei uma breve alusão sobre como era a minha vida na corte real, o que nunca foi realmente difícil, exceto pelas expectativas que recaíam sobre os meus ombros como príncipe herdeiro. Mas sempre fui capaz de supera-las perfeitamente e ignorar quando necessário, preferindo viver em meus próprios domínios a ficar observando meus pais arruinar o poder que o trono de ferro possuía. Eu os amava como filho, isso ninguém poderia negar, contudo como príncipe e súdito, achava que ambos eram uma catástrofe como governantes, buscando, então, tentar ajuda-los da forma como conseguia. - Meu pai precisou de minha presença e eu vim atendê-lo... Mas não e tão difícil viver na corte, exceto atualmente pelos problemas quais ela passa. Deve estar ciente que o trono de ferro está com sérios problemas, certo? Espero que isso não tenha afetado a sua lealdade como aconteceu com os Lords mais ao sul. Indaguei ficando de pé e cruzando os braços, enquanto observava o céu estrelado. - Estamos passando por uma época difícil... Boatos dizem que uma força está em ascendência além do mar estreito, alguns Lords estão insatisfeitos. Temo pela minha casa e especialmente por todo o reino. Olhei novamente para a mulher e meneei a cabeça levemente em negação, imaginando o caos que poderia estar a caminho de Westeros.

- Enfim. Eu imagino que deseje reaver o que e seu por direito em Ponta Aguda, certo? Mas o que pensa fazer antes disso? Indaguei quase por acaso, tentando achar uma brecha para implementar o meu convite a ela. Olhei para as chamas flamejantes da fogueira acessa pelos homens e fiquei assistindo-as dançar, esperando a resposta de Melina.


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Mensagem por Melina Bar Emmon Ter Jun 27, 2017 10:50 pm



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Havia me sentado confortavelmente mas sem perder a postura reta e adequada de minha coluna e com certa distância do sangue do dragão. Ao contar alguns trechos de minha história de vida fui agraciada com uma lebre cuja a qual comi delicadamente. Eu era uma guerreira, treinada na arte da guerra mas minha mãe ensinara-me em Ponta Aguda que alguns momentos mesmo a mais brava e corajosa guerreira necessita da educação para agradar os olhos e virar opiniões, ou “comprar” as mesmas ao seu favor, como as grande Rhaenys I Targaryen e Visenya I Targaryen, consortes e generais de Aegon I Targaryen.

Príncipe Rhaegel Blackfyre era um bom ouvinte de fato, como havia alegado. Conferia-me uma sensação, uma energia… Algo que fazia me sentir confortável para compartilhar o que quisesse, entretanto, até homens desagradáveis ou de índole duvidosa poderiam emitir esse tipo de energia e não deveria entregar-me para ele nem agora nem anos na frente. Existem segredos que compartilhamos apenas para nossos amigos, outros que compartilhamos apenas com nossa consciência e outros que sequer compartilhamos com nós mesmos. Pensei. Apesar de tudo, não faria mal entregar as informações que este desejava, contanto que não me comprometesse, afinal, ele era o meu futuro soberano e querendo ou não o devia minha lealdade.

- Um pouco. Porém não é muito diferente da vida de um senhor de terras, eu particularmente prefiro viver em meus domínios em Pedra Dragão. Estou em Porto Real somente de passagem... Falou calmamente enquanto fazia uma pausa. De repente peguei me lembrando de minha infância em Ponta Aguda, quando desejava ver Pedra do Dragão com meus olhos e navegar até a ilha fortificada dos dragões negros. Segundo relatos o castelo inteiro havia sido moldado pelos valirianos que usavam magias, isto sempre atiçou minha curiosidade, de repente, peguei-me sorrindo levemente e ao perceber voltei para a austeridade.

- Meu pai precisou de minha presença e eu vim atendê-lo... Mas não é tão difícil viver na corte, exceto atualmente pelos problemas quais ela passa. Deve estar ciente que o Trono de Ferro está com sérios problemas, certo?  Espero que isso não tenha afetado a sua lealdade como aconteceu com os Lords mais ao sul. Continuou brevemente, capturando meu total interesse na conversa e fazendo-me pensar sobre a situação da Coroa. Nunca havia sido muito apegada a política, minha vida resumia-se à luta, navios e leitura - além de claro alguns prazeres mais simplórios como o álcool.

- Entendo, meu Príncipe. Respirei fundo, tomando tempo para montar a melhor frase cabível. - Entretanto, nunca fui afeiçoada a política, minha vida sempre se resumiu ao caminho do Guerreiro, seja em terra ou no mar e não fui agraciada com talento para as relações políticas embora a situação seja visível para leigos, não negarei. Desde que fui exilada de Ponta Aguda nada se falava sobre rebelião ou falta de compromisso para com a Coroa, nem de meu pai ou de minha querida mãe, senhor, e tampouco de minha parte. Respondi de forma dura, polida, mas sincera. Poderia ter respondido que traidores mereciam nada mais que a morte mas o que pensaria de minha pessoa sabendo que eu havia sido exilada após atacar meu próprio pai? Isto não seria traição?

- Estamos passando por uma época difícil... Boatos dizem que uma força está em ascendência além do mar estreito, alguns Lordes estão insatisfeitos. Temo pela minha Casa e especialmente por todo o reino. Declarou, encarando-me ao sinalizar negativamente. Talvez imaginando um possível futuro caos em Westeros?

- Se me permitir, senhor, não creio que uma força significante possa se levantar no leste. As Cidades Livres disputam umas contras as outras para atestar quem é a mais rica, a mais antiga ou a mais merecedora de ser considerada Herdeira de Valíria. A Baía dos Escravos continua isolada praticando seus crimes de gado humano e o extremo leste sempre foi avesso ao Oeste. Devolvi precipitadamente, desejei não ter falado de forma impulsiva e rígida mas havia feito. Respirei fundo para continuar e lancei os restos não aproveitáveis da lebre no fogo. - Mas creio que o senhor, sendo o Príncipe Herdeiro, tenha acesso a ferramentas que não me cabem. Se uma ameaça organizada surgir do leste Westeros terá sérios problemas, creio, afinal, os Lordes tendem mais a se preocuparem com seus hectares de terra e com as decorações de seus castelos do que com as coisas mais importantes. O que havia dito? Permaneci subitamente calada, para evitar falar mais que o necessário ou falar coisas que ofendessem o julgamento de Rhaegel Blackfyre.

- Enfim. Eu imagino que deseje reaver o que é seu por direito em Ponta Aguda, certo? Mas o que pensa fazer antes disso? Retrucou-me, olhando para a fogueira à nossa frente.

- Meu príncipe, pelas leis de hereditariedade eu não teria direito, embora meu pai tenha me criado e prometido seus domínios para minha pessoa quando eu era ainda uma moça, mas não nego minha vontade de reaver Ponta Aguda, todavia, não sei o que fazer em relação a isto ou em relação a minha vida em si. Respondi de imediato, encarando as chamas à minha frente também, retomando a fala. - Havia pensado em partir para Porto Real e trabalhar em algum navio para ganhar a vida e viver no mar. Terminei, dirigindo meus olhos para os homens ao redor que ocasionalmente passavam por perto para fazer suas obrigações.

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Mensagem por Rhaegel Blackfyre Sex Jul 07, 2017 8:35 pm


Príncipe Herdeiro
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Observava a mulher enquanto a mesma comia uma das lebres caçadas e assadas pelos membros da minha guarnição, acabando por me juntar a ela naquela refeição, já que estava faminto. O que era de se esperar, depois de um longo dia de cavalgada e perseguição a foras da lei. Mas acompanha-la na refeição não era a única coisa que eu fazia, também a escutava com demasiada atenção como o bom ouvinte que sempre demonstrei ser. Imaginando que o comentário expressado por ela a respeito dos Lords estarem mais preocupados com suas terras e as decorações de seus castelos, invés de uma possível ameaça surgindo no leste, estava realmente correto. Na verdade poderia até ser comparado facilmente com o reinado dos meus pais, que tinham seus olhares focados somente nos seus próprios objetivos, invés do reino em si. Um suspiro de descontentamento escapou dos meus lábios, pois talvez eu nem chegasse a sentar no trono de ferro, mesmo sendo o herdeiro, e caso sentasse, o reino estaria tão fragmentado que não teria nada para governar, exceto alguns hectares de terra. Porém, tinha esperança que o descaso dos meus pais tivesse um fim, e que eles voltando a razão, tomassem as rédeas do reino, especialmente minha mãe que era a mais sensata e inteligente entre ambos. Afinal, a rainha Rhaenys sempre foi uma mulher notável. Meneei a cabeça levemente, espantando tais pensamentos e tomei um pedaço de carne da lebre; que por sinal, era bastante escassa.

- É uma amazona intrigante senhorita. Parece entender bem a política além do mar estreito, porém, comerciantes estrangeiros sempre trazem notícias sobre uma grande força no leste... Suspirei com a lembrança de um comerciante que havia me contado sobre o surgimento de um império, uma força que muitos acharam estar morta há séculos, entretanto, que havia começado a se erguer poderosa e absoluta. - Um império poderoso. Não sei nada, além disso, mas nós Westerosis sempre devemos ficar de olhos bem abertos com tais coisas. Levei o pedaço de carne à boca, mastigando-o e imaginando o porquê meus pais estariam tão isentos a tal força, estariam eles cegos em sua própria soberbia? Não! Me custava a acreditar que eles estavam tão conformados com a situação atual de Westeros, ou do mundo conhecido, na verdade, eles pareciam estar confortáveis com isso.

Foco Rhaegel! Não é conveniente ter dúvidas sobre seus reis, principalmente sobre seus pais. Empurrei tudo isso de lado, focando minha atenção inteiramente no que eu queria realmente no momento. A presença daquela amazona em minha guarda, ela servindo a casa Blackfyre e de preferência em Pedra Dragão. - Vamos focar no que é realmente importante! Você é uma amazona notável, milady. E eu gostaria de tê-la em Pedra Dragão a meu serviço, a serviço da casa Blackfyre. Está disposta a servir o seu príncipe? Preciso de guerreiros (a) como você... Lancei a proposta de fato, arqueando uma sobrancelha para ela e esboçando um pequeno sorriso. - Eu pretendo retornar a Pedra Dragão em breve, então, seria adequado caso aceite, que me acompanhasse... Murmurei, por fim, pousando uma mão sobre a sua a espera de uma resposta positiva. Pensando em como poderia resolver a sua situação em Ponta Aguda, obviamente, caso ela aceitasse a minha proposta. Já que como príncipe herdeiro, eu tinha certa autoridade para com os senhores das Terras da Coroa, sem contar que os Bar Emmon de Ponta Aguda eram vassalos de Pedra Dragão.

À medida que deixava a mulher pensar sobre a minha proposta, eu pensava sobre suas palavras de momentos atrás, Westeros realmente teria sérios problemas caso essa força no leste voltasse seus olhos para cá, nesse caso era hora de eu ir a Ilha da Garra fazer uma visita a minha tia, talvez descobrir se ela sabia de algo. Visenya Blackfyre não era uma pessoa amorosa com seus parentes, tampouco agradável, mas era uma excelente guerreira e uma pessoa muito bem informada. Tinha certeza que pelo menos ela me receberia bem em seus domínios, já que compartilhamos do mesmo sangue, embora tivéssemos visões diferentes do mundo.

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Mensagem por Melina Bar Emmon Qua Jul 12, 2017 4:02 pm



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Meu discurso por sorte não havia despertado algum desconforto ou talvez pelo temperamento calmo e ponderado do Príncipe Herdeiro o que aliviou-me. Enquanto terminava de comer a lebre que apresentava pouca carne digna de menção, todavia, as partes mais apetitosas eram dignas de apreciação e por isto era grata aos caçadores.

Rhaegel Blackfyre então disse sobre um antigo império do leste que poderia estar se erguendo além do Mar de Verão e não pude deixar de me abstrair no momento. Quem poderia ser este poderoso império?

A antiga Ghis já foi um império poderoso no passado, antes dos valirianos, cujo o homem ao meu lado descendia. Tal império praticava a escravidão de forma massiva e em seu auge foram incrivelmente prósperos em suas terras, que na época não eram inférteis e desérticas mas sim exóticas, férteis e populosas. O emblema desse império era uma criatura com torso de mulher, asas de morcego, pernas de águia e cauda de escorpião. Nas garras, a imagem segurava um raio. Construíram grandes pirâmides e cidades gloriosas. Tinham uma cultura própria e até mesmo seu idioma mas tudo acabou quando outra força se levantou e era improvável que este fosse o império do qual o Príncipe Herdeiro poderia estar falando.

Sequer o Império Valiriano poderia ser a tal força que se levantava no leste, afinal, com a Perdição de Valíria eles foram praticamente extintos, exceptuando-se os Targaryen e Velaryon, sendo que os Targaryen se extinguiram com Daenerys I Targaryen e assim os Blackfyre surgiram.

Restavam poucas alternativas além de Volantis, que sempre foi a mais presunçosa das Cidades Livres e que muitas vezes se declarou como sendo a Herdeira de Valíria. Talvez a nação oriental além de Qarth ou até mesmo Sothoryos ou Asshai, mas a Cidade da Sombra não era conhecida pelas práticas imperialistas mas sim, mágicas e obscuras. - É muito difícil saber meu príncipe, mas se acreditas que tal informação tem validade deveria investigar. Creio eu que a Coroa disponha de recursos para tal. Fiz uma pausa após responder o valiriano. - A última vez que Westeros tornou-se alheia ao mundo Daenerys I Targaryen atacou, e a Reivindicações Blackfyre estouraram, mais de cinco vezes, ameaçando o status da época. O mesmo erro não deveria ser cometido novamente, penso eu. Respondi de forma séria e precisa, utilizando-me de meus antigos estudos históricos.

- Vamos focar no que é realmente importante! Você é uma amazona notável, milady. E eu gostaria de tê-la em Pedra Dragão a meu serviço, a serviço da casa Blackfyre. Está disposta a servir o seu príncipe? Preciso de guerreiros como você... Disse o primogênito Blackfyre encarando-me com uma expressão de dúvida e expectativas habilmente calculadas e administradas. Continuou... - Eu pretendo retornar a Pedra Dragão em breve, então, seria adequado caso aceite, que me acompanhasse... Completou, pousando sua mão sobre a minha.

Eu nunca havia sido muito feminina e sempre carreguei minhas opiniões e problemas pessoais, isto é fato, mas apesar de sua mão ser incrivelmente quente, lisa e agradável era algo que não me permitia ter, mesmo que mínimo e sem profundidade alguma e, como que por reflexo retraí minha mão quando um gatilho mental resgatou inúmeras lembranças bem trancadas e escondidas em meu âmago. Engolindo um seco, respirei fundo para controlar meu nervosismo e logo senti o ambiente tornar-se mais quente e abafado e percebi que deveria estar suando.

Quando Rhaegel Blackfyre tomara um gesto simples e sem grande profundidade uma série de sensações dispararam em meu interior, entretanto, nada romântico ou afetuoso, pelo contrário e isto apenas fez com que eu trabalhasse de forma mais dura mentalmente para reestabelecer meu controle interno. Não podia condenar o homem, ele não me conhecia, nem eu a ele, mas poderia dizer que aparentava ser alguém digno de minha espada e a possibilidade de talvez reencontrar minha querida irmã e saudosa mãe mexia comigo.

" Nada tenho planejado para minha vida desde que fui exilada por meu pai, e tampouco tenho um prospecto à vista para garantir minha sobrevivência... Servir ao Príncipe Herdeiro me garantiria algumas coisas, e seria uma honra... " Pensei rapidamente, entretanto, um escárnio interior originou-se em meu peito e expandiu como os peixes peculiares do Mar de Verão que inchavam e inchavam até quase estourarem. Nunca havia desenvolvido apreço pela honra e desde o acontecimento dos piratas dorneses isto apenas fechou o assunto para mim, portanto, por que hei de agora me importar com isso?

Levantei-me abruptamente e ajoelhando-me perante o Príncipe Herdeiro, abaixei minha cabeça e apoiei meu braço direito em minha perna direita flexionada. - Eu, Melina Bar Emmon, ofereço-lhe minha espada, meu escudo, minha lealdade e meus conselhos. Serei o escudo que lhe protege, a espada que executa e a serva que lhe serve. Juro pelos Deuses Antigos e pelos Novos. Proferi rapidamente, evitando contato ocular com o homem. Meu coração ameaçava arrebentar em meu peito e apenas conseguia lembrar de minha mãe, minha irmã, meu lar e a vida que me foi roubada. Não lutaria por honra alguma como muitos cavaleiros faziam, lutaria pelos meus objetivos e por aquele homem que talvez poderia representar algo que seus pais talvez nunca alcançassem.

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Mensagem por Rhaegel Blackfyre Sex Ago 04, 2017 4:03 pm


Príncipe Herdeiro
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Um pequeno sorriso de satisfação surgiu em meus lábios, pois mesmo perdendo o encalço do grupo de criminosos que entraram nas mediações das Terras da Tempestade, havia acabado de encontrar uma joia rara disposta a me servir com a sua espada. E eu tinha certeza que aquela amazona faria mais do que isso, ela parecia ser uma pessoa a quem eu confiaria minha vida e teria como uma confidente. Confesso que já estava ansioso para levá-la a Pedra Dragão e torná-la a capitã da guarda do local, já que Melina Bar Emmon seria de muita utilidade a meu serviço no secular castelo de Aegon, o conquistador. Observei ela desembainhar a sua espada e se apoiar com a mesma, ficando sob um joelho a minha frente e fazendo o seu juramento para comigo. Obviamente eu fiquei de pé a sua frente no objetivo de aceitar o juramento, afinal, poderíamos não estar nos grandes salões de Westeros, mas o juramento de um cavaleiro era sempre uma situação de muita honra e exigia certa etiqueta. Eu como um príncipe da casa real, não fugiria das convenções sociais de honra e nobreza nessa situação. - Eu, Rhaegel Blackfyre, príncipe herdeiro do trono e senhor de Pedra Dragão. Aceito o seu juramento. Encarei a guerreira com um olhar cálido, porém, com uma expressão séria e determinada em face. - Entrego a minha segurança em suas mãos e prometo honrar a sua espada nunca exigindo nada que possa denegri-la, prometo que sempre terá um lugar a minha mesa e na minha casa. Sendo assim, também está sob a minha proteção e direção. Desembainhei a minha espada a seu exemplo, pousando a lâmina levemente sobre um dos ombros da guerreira. - Faço-a agora minha amazona, Sor Melina Bar Emmon. Disse por fim, encarando-a com um sorriso e oferecendo minha mão para auxiliá-la a ficar de pé. - Estou sob a sua proteção agora Sor Melina. Honre-me sempre com a sua espada e conselhos. Meneei a cabeça positivamente para ela, um pouco animado com a perspectiva de não ter ganhado somente uma protetora, mas também uma futura amiga.

Olhei para Sor Jasper Rykker em seguida, que havia assistido tudo como uma testemunha. - Já perdemos o encalço dos criminosos Sor Jasper. E por mais que eu queira segui-los, não quero por nossa segurança a um risco desnecessário. Olhei para o céu estrelado, frustrado por não poder cumprir minha missão a partir dali, entretanto, com o pensamento de que não poderia arriscar a segurança dos meus homens numa causa sem retorno. Afinal, se os criminosos haviam entrado nas Terras da Tempestade, agora eram problema da casa Baratheon de Ponta da Tempestade. - Envie um corvo para Ponta da Tempestade e informe sobre esses criminosos. Espero que os Baratheon tragam a justiça do rei para eles. Acrescentei com desgosto, antes de seguir para próximo da fogueira a fim de me aquecer um pouco naquela noite gélida. - Vamos passar essa noite aqui e retornar para a Fortaleza Vermelha ao amanhecer. Observando ambos Melina e Sor Jasper se juntarem a mim próximo à fogueira. - E fazer os preparativos para voltar a Pedra Dragão. Não posso ficar em Porto Real servindo apenas de decoração para o povo, preciso retornar para onde tenho o governo. Orientar os aldeões de Pedra Dragão e melhorar a guarnição e defesa da ilha. Suspirei imaginando como eu iria começar a melhorar as coisas na antiga ilha milenar dos Targaryen, agora pertencente aos Blackfyre. Já que precisava começar a reforçar as defesas do local e torná-la uma base segura para eventuais problemas em Westeros, assim como minha tia Visenya vinha fazendo em seus domínios na Ilha da Garra.

- Quando chegarmos a Pedra Dragão, eu quero convocar os Lordes que prestam vassalagem à ilha. Vamos começar a trabalhar para melhorar nosso poderio militar e também tornar o porto de lá rentável e apto a receber embarcações comerciais. O povo de Pedra Dragão já foi deixado à própria sorte por muito tempo... Vamos mudar isso. Soltei as minhas madeixas platinadas antes presas, numa onda lisa sobre minhas costas. - O que acha disso, Sor Melina? Conto com você para me ajudar com as melhorias da ilha, também quero formar uma tropa com habitantes locais e construir uma pequena frota. Já que numa ilha, uma frota sempre é útil, independentemente do tamanho. Esbocei um sorriso para ela, levando minhas mãos na direção do fogo para aquecê-las sob o calor do mesmo.

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