Caminho do Espinhaço

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Mensagem por Azor Ahai Seg maio 22, 2017 8:58 am



Caminho do Espinhaço

 O Caminho de Pedra, mais conhecido como Caminho do Espinhaço é um importante passo que conecta Dorne, através das Montanhas Vermelhas, até as Terras da Tempestade, onde á torres de vigias pelo local. A Casa Dondarrion de Portonegro controla a passagem para Dorne.


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Mensagem por Alayna Dondarrion Seg maio 29, 2017 10:02 pm



"Quando um raio cortar o céu "
Dondarrion

Não estava nenhum pouco contente com os últimos acontecimentos na Marca de Dorne, nesses últimos meses muitos ataques andavam acontecendo na região entre as Terras da Tempestade e Dorne. Consequentemente próximo a Portonegro, eu como senhora do castelo e guardiã da passagem entre os dois reinos não poderia aceitar que tais ataques continuassem a ocorrer, não em meus domínios. Por isso havia tomado a decisão de patrulhar a região com alguns membros de minha guarda. Hoje esses malditos salteadores iriam conhecer a fúria da senhora dos raios, há se iriam! Naquele fim de tarde havia parado para tomar uma bebida numa taberna próxima do caminho do espinhaço, quando algo muito estranho chamou minha atenção. Um grupo de homens muito mal encarados estavam sentados tomando uma bebida e discutindo algo sobre um sequestro, eu não consegui escutar muito bem o assunto, mas tive tempo suficiente para me aproximar dos mesmos e escutar essa última parte. Por sorte, eu tinha me disfarçado com uma extensa capa que escondia minha armadura e espada, assim como um capuz sobre minhas madeixas negras. Aproveitando para tomar uma cerveja enquanto planejava seguir aqueles homens afim de descobrir que sequestro era aquele que eles discutiam.


[...]

Momentos após eles deixarem a taberna, eu também sai para segui-los. Pegando o meu cavalo já pronto para ir ao encalço dos homens, minha guarda também estava a postos pronta para me acompanhar nessa missão. - Homens! Prestem atenção! Nós iremos seguir esses homens que acabaram de deixar a taberna, mas iremos com calma sem chamar muita atenção. Puxei o garanhão branco pelas rédeas, montando sobre o mesmo e acariciando sua crina. Lembrando-me de quando meu pai me presenteou ele, é juntos o chamamos de "Argus". - Bom menino! Sussurrei para ele, puxando suas rédeas e batendo ambas as pernas suavemente contra o seu tronco. Forçando-o a seguir a meio galope pelo caminho que os homens haviam seguido, obviamente acompanhada pela minha guarda. Tomando assim, à direção do caminho do espinhaço...

[...]

Horas mais tarde, uma forte chuva caía na região e inúmeros raios cortavam o céu. Guiando Argus lentamente pelos relevos das montanhas vermelhas, eu e meus guardas seguíamos lentamente os homens da taberna, buscando descobrir o que eles estavam planejando, assim como suas identidades. Pois se fossem criminosos, eu os capturaria e traria-lhes a justiça do rei. - Solomon! Quero que leve cinco batedores com você e siga pela encosta da montanha. Ordenei para o capitão da minha guarda, um homem robusto que serviu a meu pai como seu braço direito em Portonegro, é que agora servia lealmente a mim como líder da minha guarda. - Vigie-os de perto sem ser notado e fique pronto para ataca-los sobre o meu sinal. Acenei para ele, olhando em seguida para outro membro de minha guarda. Sor Dryan Flowers, um velho amigo meu conhecido como o bastardo de Ponteamarga, cavaleiro recém-consagrado que servia a minha guarda como espada ajuramentada.- Sor Dryan! Leve cinco com você também e vá à frente pela montanha, pronto para atacar sob o meu sinal. Instruí para o cavaleiro e o observei seguir conforme o que lhe foi passado, ficando prostrada naquele ponto na companhia de outros quinze guardas. Todos prontos para erguer suas espadas numa batalha caso fosse necessário.

Logo puxava o capuz para baixo e observava o céu noturno e os raios que cortavam o mesmo, imaginando que noite perfeita para levantar minhas espadas e estandartes em batalha. Olhei para o céu com os olhos fixos em cada raio que pelo local surgia, sentindo as gotículas de água cair sobre meu rosto e banha-lo. - Que ótima noite para brandirmos nossas espadas, não acham? Perguntei para os meus homens com um sorriso malicioso nos lábios.- Fiquem atentos... E vamos esperar e observar o que esses homens estão planejando, tenho certeza que não é nada justo ou de boa índole. Puxei as rédeas de Argus para trás com uma única mão, forçando-o a abaixar seu tronco sobre o solo e descendo dele. Subindo numa pedra e observando o local onde os homens que seguíamos estavam acampados, percebendo sua movimentação e chegando a conclusão que nada muito bom poderia estar sendo planejado ali. Arqueiros se escondendo, outros homens montados a cavalo tomando posições atrás de enormes pedras; isso só poderia significar uma única coisa. Uma emboscada. Restava saber para quem... No entanto, se dependesse de mim ela não iria ocorrer essa noite.

- Interação Flashback -

 # Thanks Maay From TPO.
Alayna Dondarrion
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Mensagem por Desmera Tyrell Seg Jun 19, 2017 3:44 pm

"Oh yeah... All Lannisters are lions and all Starks are wolfs... And when the Tyrell farts its smells like a rose..."


Turno em Flashback.

O sol ia alto do lado de fora. Completamente aborrecida, estalei a língua com desgosto ao provar o forte vinho dornês. Odiava que me servissem vinho sem água ou algum refresco de frutas na mistura, mas dadas as circunstâncias, teria de contentar-me com o que me era oferecido. Olhei para Mina com irritação em nossa pequena cabine. A liteira havia parado há cerca de meia hora, e mesmo assim ainda não haviam montado a barraca de nosso acampamento. A comitiva de seiscentos e cinquenta homens era mais que o suficiente para manter uma única velha segura, mas meu filho havia insistido que eu levasse seus melhores homens. O que eu jamais poderia fazer. Jardim de Cima devia ser protegida. Os piores dentre seus macacos adestrados acompanhavam-me, e já colocavam à prova minha paciência ao demonstrarem sua inépcia em erguer uma tenda adequada para o meu descanso. Mina vinha como minha dama de companhia. A Lady de Águas Claras teria sua própria tenda, e seus trezentos homens mais hábeis a acompanhavam, o que poderia ser a única força realmente competente em nosso bando de rosas. Aguardando pacientemente, abri a pequena portinhola para o exterior, contemplando o Caminho do Espinhaço. O território ficava próximo do caminho para Dorne, e era governado pelos Dondarrion, vassalos Baratheon. Com dor no coração, lembrei do grande partido que era a Lady de Ponta Tempestade, uma governante sem marido. Se ao menos meu filho pudesse ouvir o bom senso e abandonar o luto por sua esposa morta… Talvez estivesse próximo o momento de revelar meu segredo. Distraída, não notei que um dos guardas chamava-me, auxiliando Mina a descer da liteira. Contrariada, dei-lhe minha mão e fui alçada para fora, erguendo-me com determinação.

- Pelos Sete! Achei que eles fossem nos matar de inanição! A tenda de Lady Mina está posicionada próxima à minha, eu suponho? - Indaguei, inquisitiva. O guarda apenas concordou com um aceno. - Ótimo. Querida, vá descansar. Suas olheiras estão horríveis. Se chegarmos neste estado à Porto Real, é bem capaz que nos confundam com pedintes da Baixada das Pulgas. À despeito da tentativa de nossos servos de nos exterminar, devemos crescer fortes como estimula nosso imponente lema, as melhores palavras de todas as Casas… - Debochei, abrindo caminho entre dois guardas e entregando a um deles minha taça de vinho. Meio tonta pelo líquido de forte teor alcóolico, puxei o leque de minha cintura, abanando-me. Odiava acampamentos.

Entrando em minha tenda, mal observei os detalhes da instalação. Sabia que não estariam de meu agrado e determinei-me a evitar a fadiga. Passei a mão em um cacho de uvas verdes e enfiei uma delas na boca, sentando-me à mesa principal, onde um mapa de Westeros fora desenrolado para guiar nossa viagem. Logo o chefe de minha guarda viria conversar para determinar o melhor a fazer, e eu teria pouco tempo para acalmar a fome em meu ventre. Suspirando, endireitei minha postura ao ver chegar um de meus rapazes. Os informantes da Campina geralmente eram meninos de nascimento comum, e meu chefe espião sempre os mantinha discretamente, exceto em ocasiões especiais. Se ele estava por perto, mesmo à luz do dia e na frente de todos, então devia ser importante.

- Espero que isso seja bom, menino. Ou sua carreira na espionagem terá um fim abrupto. - Senti o menino estremecer levemente, entregando-me um pequeno pergaminho. Rindo, quebrei a cera negra sem brasão, desenrolando seu interior. Segundo a letra rebuscada de um informante, agitações se deram desde que minha comitiva deixou Jardim de Cima. Ao que parecia, movimentações em uma taverna nas Terras da Tempestade denunciavam que alguém desejava que algum tipo de “acidente” me ocorresse na viagem. - Está dispensado. - Avisei, refletindo sobre o conteúdo da carta. A rainha do Trono de Ferro não seria tola em me causar mal, não quando eu caminhava para parlamentar com ela. Não. Aquilo devia ser obra de uma Casa com interesse em minar ainda mais as relações entre os Tyrell e a Coroa. Os Lannister, talvez? Arriscaria os Arryn, mas duvidava que algum deles se importasse com os acontecimentos longe de sua montanha gélida. Dorne era uma suposição coerente, afinal eles também beneficiaram-se grandemente de nossa aliança. Bem como os Baratheon, o que era ainda mais óbvio, já que eu estava em seus domínios. - Ah, finalmente! Pensei que teria de ir buscá-lo na tenda dos guardas, onde estaria bebendo até desmaiar, Sor Yaxley. Meu filho deposita toda a confiança em suas habilidades, mas a julgar pelos últimos dois dias, não estou impressionada. Seu pai era um cavaleiro e protetor mais atencioso.

O rosto do cavaleiro juramentado ao meu filho tornou-se rubro. Eu o conhecia desde que mal podia andar, com suas fraldas de pano sujas. Seu pai fora um amigo leal e um protetor ainda mais eficiente. Ele ajoelhou-se constrangido, de cabeça baixa. Não abalei-me. Cavaleiros amavam ajoelhar dentro de suas armaduras metálicas.

- Imploro seu perdão, m’lady. Estava garantindo que os batedores e guardas estariam em posição para a noite. Cortei o vinho deles, para que não fiquem bêbados, mas percebi que já haviam bebido bastante. - Olhei sobre seu ombro para o pôr-do-sol que anunciava a chegada da noite. - Lamento muito por tê-la deixado sozinha.

- Não lamente. - Dispensei, com um gesto de mão. - É natural que você tenha que cuidar de seus afazeres, mas nossos passos estão sob vigilância. Creio que dentro em breve teremos notícias de nossos inimigos. A face deles ainda me é oculta, mas conto com sua ajuda para desmascará-los. - Yaxley assentiu, seu rosto tornando-se sombrio. - Muito que bem, peça que me tragam algum pão, carne e queijo. Não sou uma septã, e meu talento para o jejum é limitado. A Velha bem sabe que nunca fui devota o bastante para recusar uma das refeições principais. Dê ordem à um desses meninos, vá!

Yaxley retirou-se, deixando-me sozinha com meus pensamentos. O medo da morte nunca fizera parte de meus atos, desde que meu marido falecera. Seria um alívio revê-lo, deixar este mundo de sofrimento e provações. Embora eu tivesse a sorte de ter nascido entre os mais afortunados, ainda lembrava-me de uma época em que o sofrimento dos mais pobres incomodava-me a ponto de perturbar meu sono. Então, a vida seguiu em frente, e vi cada um dos que tentaram ir contra a maré sendo tragados por ela. Mesmo Dorne, um reino belíssimo e rico, tinha chegado às portas da morte com a Fúria do Deserto. Apesar das motivações políticas de minha ajuda, eu ficara contente em ajudar aquele povo. Uma das poucas coisas de que orgulhava-me em vida, além de meu filho e netos, era o fato de ter erradicado a pobreza em minhas terras. Mesmo o mais pobre servo comum da Campina possuía uma função, e era pago por ela. Ninguém tinha fome, nem os pedintes, que eram rapidamente alocados onde seus braços e pernas pudessem ser úteis. Seria um dos poucos pesos que eu não carregaria ao deixar este mundo. E isto, era mais que a maioria dos homens ou mulheres de Westeros podia alegar.

Logo a noite caiu, e com ela o frio que dominava Dorne e seu solo árido. Mesmo ali nas Terras da Tempestade, a temperatura frígida subia, trazida pelo vento como um espírito persistente. As velas ardiam em minha tenda, e eu já havia feito a higiene diária e retirado meu véu. Os cabelos grisalhos caíam longos pelos ombros, enquanto um vestido grosso de algodão e lá myrenesa envolvia o meu corpo, aconchegante. Olhando para o espelho de corpo inteiro, estava prendendo meus fios num coque alto e austero. A comedida imagem que fitou-me de volta se parecia tanto com minha própria mãe, que por um breve momento lembrei de seu rosto com perfeição. Tensa por pensar demais em meus mortos, e pela carta que eu recebera horas antes, mal notei a movimentação às minhas costa. Vi meus próprios olhos abrirem-se com espanto, enquanto duas figuras masculinas de negro avançavam. Encapuzados, eles pareciam homens comuns e muito bem pagos. As adagas em suas mãos, brilharam na luz avermelhada. Investida de toda a força em meu interior, soube naquele exato momento que eu não teria a mínima chance contra dois homens, ainda por cima bem mais jovens. Então os mirei como os vermes que eram, enquanto encaravam-me, parados.

- Pode implorar por sua vida, velha. Ouvimos dizer que a vadia Tyrell nunca implora por nada. Nosso empregador gostaria de saber que tiramos este ar de superioridade da sua cara enrugada. - Um dos homens esbravejou, e percebi que ele tinha um dente de ouro. - Ande, implore! Talvez um de nós a faça lembrar de como é ter um homem antes de cortar sua garganta.

- Ofereço-me para esta árdua tarefa. - O outro assassino, mais esguio, riu como uma hiena bravosi. - Ela parece ter algumas partes que ainda valem à pena. - Minha expressão manteve-se impassível, enquanto ambos riam e analisavam minha figura. Arriscando um movimento, puxei a cadeira de madeira esculpida com rosas de marfim e sentei-me, cruzando as pernas a fitá-los.

- Não creio que sejam assassinos há muito tempo, ou saberiam que o melhor a fazer num acampamento cheio de guardas é matar seu alvo e sair o mais rápido possível. Infelizmente para ambos, não poderão mais sair daqui sem que um de meus homens os veja. - Senti quando os dois se entreolharam, surpresos por minha postura. - Surpresos? Ora, eu já vivi muito, meus caros. Vocês, por outro lado, são jovens enviados para a morte por um empregador que nunca pretendeu pagar por seus serviços. Por que morrer, quando a mulher mais rica dos Sete Reinos está disposta a torná-los ricos também?

- Mentirosa. Fomos avisados a evitar suas palavras, serpente. - O maior rebateu, cuspindo. - Corte a vadia.

- Não sei, não. Ela tem um ponto. - Controlei meus lábios para não suspirar. Será que não podiam matar um ao outro rápido e poupar-me de testemunhar aquela conversa elevada de dois imbecis? Mesmo que me cortassem logo, eu poderia cair no esquecimento e ignorar o fato que fora morta por dois asnos. - Quanto vai nos pagar?

- Depende. Revelem a identidade de seu mandante, e talvez eu seja tão generosa, que os dois poderão viver como mercadores nas Cidades Livres pelo resto da vida. - Os dois entreolharam-se novamente, realmente em dúvida. Talvez eu tivesse alguma chance, afinal.

Foi quando o inferno despertou, e lá fora sons de lutas se fizeram presentes. Antes que eu desse por mim, o maior dos assassinos engasgou com uma espada em sua garganta, o sangue jorrando longe o bastante para sujar a barra de meu vestido. Surpresa, abafei um grito quando minha salvadora exterminou o segundo com um golpe preciso que arrancou-lhe a cabeça. Meu choque maior era pela identidade da criatura furiosa e gloriosa que se apresentava. Uma mulher. Uma bela mulher. Sorrindo, ergui o queixo diante da carnificina, satisfeita por ver aqueles ratos imundos recebendo o que lhes era de direito.

- A quem devo a honra? - Indaguei, observando com prazer a figura ensanguentada e vitoriosa que se apresentava. - Confesso que se for outra assassina, meus últimos momentos terão sido particularmente interessantes...

◦◦◦

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Mensagem por Alayna Dondarrion Ter Jul 18, 2017 2:24 pm



Senhora dos Relâmpagos

A forte chuva havia cessado tão rápido que eu nem tinha percebido, porém, resquícios da mesma permanecia sobre o local. Principalmente sobre mim que estava completamente ensopada, isso por ter ficado em campo direto sob a mesma. Mas ela havia cessado como mencionado antes, e eu mantinha minha posição na encosta da montanha, observando o acampamento montado logo mais abaixo, além dos homens que eu seguia tomarem posições estratégicas em pontos diferentes. Contudo, não por muito tempo, já que para infelicidade deles os membros da minha escolta, também estavam espalhados estrategicamente a fim de capturá-los. - Arqueiros! Exclamei para os poucos guardas remanescentes sob minhas ordens, observando enquanto eles tomavam os seus arcos e preparavam as flechas, nós iríamos pegar aquele bando de mercenários desprevenidos, por um fim nessa escória e evitar que eles fizessem o que havíamos escutado na taverna. Mas o que ocorreu em seguida foi rápido demais, eles atacaram o acampamento de surpresa e uma batalha logo se estabeleceu, logo mais deles surgiram por todos os lados e se juntaram a luta. Quem quer que estivesse naquele acampamento precisaria de apoio, então sob essa situação, eu lancei um assobio e fiz sinal para que os meus homens descessem a encosta e dessem suporte para quem estava no acampamento, assim como eu mesma fiz na companhia dos homens que haviam ficado sob o meu comando. - Não poupem ninguém dessa escória!Vamos! Instruí para eles, desembainhando minha espada e partindo na direção do acampamento.

No local uma luta estava sendo travada entre o grupo de mercenários e inúmeros soldados, eu pude observar a quem aqueles soldados serviam por causa dos estandartes da rosa. Entretanto, para mim era estranho que uma guarda Tyrell estivesse tão longe de casa, ainda mais nos sopés das montanhas vermelhas, tão longe de Jardim de Cima, contudo, também não perderia tempo imaginando as razões daquela guarda está presente na fronteira entre Dorne e as Marcas. Afinal, meu único foco no momento, era atacar os mercenários e me livrar do maior número que pudesse, sendo isso o que eu fiz exatamente, após erguer minha espada e entrar na batalha junto à escolta de Porto Negro.

[...]

O tinir dos aços prevalecia soberano no local à medida que golpes foram desferidos nos inimigos, minha espada cantava a melodia da morte toda vez que era fincada com fúria num inimigo, cortando tudo que entrava em seu caminho. Mesmo os mais habilidosos do grupo mercenário não era páreo para a senhora dos relâmpagos, pelos menos eu pensava dessa forma arrogante, até que fui atingida por um soco seguido de um chute que me levou a cair sobre o solo árido. - Maldição! Praguejei sentindo o liquido quente escorrer por minha face, embora não tenha tido tempo de limpá-lo, pois nos momentos seguintes um golpe rápido de uma lâmina desceu contra o meu corpo. Droga! Por sorte, eu tinha minha espada próxima e consegui intercepta-lo e contra atacar num movimento ainda mais rápido. Cuspindo um pouco de sangue e observando o homem se afastar para que eu pudesse me levantar, demonstrando assim que pelo menos alguns deles ainda nutriam alguma honra, todavia também poderia ser eufemismo de minha parte pensar dessa forma, ele apenas achava que estava em vantagem por eu ser mulher. Pobre coitado! Um sorriso quase imperceptível surgiu em meus lábios, observando-o partir em minha direção com tamanha fúria, que eu apenas girei para o lado oposto e golpeei suas costas com a lâmina da espada, assistindo-o cair sobre os joelhos. O idiota havia me atacado visando apenas me golpear, não percebeu que eu podia me movimentar fugindo do ataque num campo tão aberto, típico de mercenários despreparados e sem treinamento em combate real. - Idiota! Num único golpe, eu cravei minha espada em suas costas, fazendo-a atravessar o seu corpo. Olhando-o tombar sem vida sobre o chão.

- Senhora dos Relâmpagos! Senhora dos Relâmpagos! Limpamos o acampamento. Informou um dos meus homens, coberto com poeira e sangue. - Ótimo! Chequem as barracas e deem suporte para os soldados que guardavam esse acampamento. Ordenei resoluta, entrando eu mesma numa barraca e dando de cara com uma cena um tanto curiosa. Uma senhora sentada sobre uma cadeira, enquanto dois homens discutiam como matá-la, se bem que eles não tiveram tempo suficiente para fazê-lo. Já que eu num único momento cortei a cabeça de um e cravei a espada nas costas do outro, fazendo sangue jorrar sobre a senhora. Notando a surpresa da idosa por um breve momento.

- Sou Alayna da casa Dondarrion, senhora de Porto Negro. Finquei minha espada sobre o solo e limpei o sangue sobre minha face, encarando a senhora com um sorriso. - E fique tranquila, não tenho a intenção de matar idosas hoje. Eu apenas estava seguindo esse grupo idiota que atacou seu acampamento desde os meus domínios... Olhei ao redor do local, buscando algo que identificasse aquela idosa. Eu sabia que ela era da Campina, alguém de poder e influência na casa Tyrell, mas quem? Arqueei uma sobrancelha, ainda a encarando. - E a senhora é? Indaguei.


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