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Mensagem por Desmera Tyrell Ter Nov 14, 2017 9:56 pm


Political Harassment
A presente RP se passa em Jardim de Cima, nos tempos atuais. Conta com a presença de @Desmera Tyrell, sendo aberta a outros membros de sua família que desejem interagir com a matriarca. Nela, a Guardiã do Sul em exercício tratará de questões de estado, administrando as funções que lhe foram entregues por seu neto, Lorde Olyvar Tyrell.
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Mensagem por Desmera Tyrell Ter Nov 14, 2017 9:57 pm








Desmera Tyrell
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         O Grande Salão era terrivelmente vazio sem minha Maelle, ou meu Jasper. Meu filho partira deste mundo, muito além de meu alcance. O pobre rapaz passara a vida apaixonado pela mesma mulher. Cyrenna Redwyne, nossa vassala e Lady. Fervorosa em sua ambição, o bastante para seduzir o rei debaixo de nosso próprio teto. Jardim de Cima ficaria escandalizada se soubesse de seus arroubos. Ela e Daemon poriam os Sete Reinos em uma guerra ainda pior que aquela que fora declarada contra Dorne. Eu impedira aquilo. A vida de minha filha por casamento não valia a ruína da Casa Tyrell. Jasper morrera acreditando que um de seus inimigos encomendara a morte de sua Lady. Ele morrera acreditando que sua esposa era digna de toda a devoção. Eu também fora responsável pela loucura de nosso rei. Embora Daemon sempre fosse extremamente ligado ao misticismo, desesperado por encontrar uma maneira de repetir os feitos da Imperatriz de YiTi e ressuscitar dragões, foi a única gota de sangue de basilisco que fizera com que seus devaneios e rompantes de fúria e pavor tivessem início. Depois de visitar Jardim de Cima para o torneio de Jasper e seduzir sua esposa, Daemon nunca mais seria o mesmo. Agora, nosso rei estava morto. Seu filho fora erguido ao trono. Um menino pouco capaz e com um temperamento que nem mesmo a paciência sobrenatural de sua mãe poderia controlar.

          Rhaenys sabia que a situação da Coroa era difícil, mas Rhaegel ressentia disso de uma maneira que poderia tornar perigosa sua relação com qualquer Casa que não tivesse se declarado abertamente à ele. Aparentemente, o acordo prévio com a Casa Tyrell fora mantido, mas a qualquer momento o novo rei poderia julgar que havíamos ido longe demais em nossas demandas, e voltar atrás com sua palavra, intimando minha família a dobrar os joelhos. Felizmente, graças à Avalon, tínhamos uma nova possibilidade para analisar. Meu sobrinho mantivera em segredo o destino da Casa Targaryen, confiado a ele por um Arquimeistre da Cidadela, que acabou por morrer na Capital ao tornar-se Grande Meistre. Dragões e lobos eram uma única família. Winterfell já não pertencia à Casa Stark por gerações, o que era assustador. Forte do Inverno detinha um direito superior à sede ancestral de sua família. Contudo, os até então Starks possuíam um direito de reclamação inominável ao Trono de Ferro. Eram os descendentes da rainha dragão. A quem os Tyrell deviam todo o nosso poder e status. Além disso, os Lannisters estavam no trono na figura de sua rainha criança, Mirianna. A jovenzinha era pouco inspiradora, para dizer o mínimo. Os inimigos ancestrais de minha Casa estavam cada vez mais desesperados por poder.

- Osgrid! - Chamei alto, erguendo os olhos para além da mesa principal, olhando para as muitas mesas dispostas, onde os servos do castelo comiam ao lado dos guardas e crianças, que não estivessem nos quartéis ou envolvidos em outros afazeres matinais. - Vá chamar Olyvar e sua esposa. Os deuses sabem como quero netos, mas eles precisam descer se temos a esperança de terminar esta refeição antes que seja a hora da próxima. Odeio esperar.

- Sim, m’lady. Imediatamente. - O guarda levantou-se, surpreso que eu soubesse seu nome. Ele era filho de uma das cozinheiras mais antigas. Ela era uma matrona quando eu ainda era jovem. Agora, só servia para contar histórias às crianças dos outros servos de Jardim de Cima.

[...]


         Mais tarde naquela mesma manhã, meus pensamentos ainda incomodavam-me de uma forma aterradora. Minha mente deslizava em diversas direções. Cada espião sob meu domínio posicionado, cada rede de informações atenta aos planos de inimigos. Era difícil esvaziar a mente, coisa que eu aprendera a fazer nos anos em que entregara a responsabilidade de governar ao meu filho. Mas a verdade era que de fato, nunca havia de fato conseguido me desvencilhar do governo. Uma vez que se prova do fardo, ou você aprende a amá-lo, ou quebra e fende, desejando que este lhe seja tirado. Eu era boa no que fazia, talvez muito melhor em estratégia, intrigas e artifícios, do que jamais fora como dama. Odiava bordar, embora soubesse reconhecer um mau ou bom bordado. Odiava fingir cortesia por indivíduos que eu detestava, vantagem que a velhice me concedeu. Não era mais preciso. Embora uma boa dose de atuação nunca fosse demais.

            Frustrada, sentei-me no Pátio dos Pavões, para onde eu havia exigido que o Meistre transportasse uma mesa com utensílios para a escritura de pergaminhos. Eu precisava enviar cartas. Um texto único, com inícios diferentes a depender do meu referente. E também uma convocação especial ao chefe de meus espiões. Precisava enviar a palavra para que estes assumissem novas posições, contratassem novos auxiliares ou mirasse em novos alvos. Cada ato de estratégia era um ato de guerra, mas também de prevenção. Não seria pega desprevenida. Era hora de começar. Enquanto escrevia minhas cartas, terminava cada pergaminho, selando-o com o anel de minha Casa, que por direito pertenceria ao meu neto, se ele não tivesse concedido-me a honra de servir-lhe como Guardiã do Sul. O único que poderia opor-se a isto era nosso rei, e Rhaegel não parecia importar-se particularmente com nada que dissesse respeito à Campina, a não ser com o fato de que éramos uma ameaça, no caso de nos aliarmos com seus inimigos. Meus espiões precisavam saber quem eram meus pontos de interesse, de modo que utilizei um código antigo que apenas eu e Marbrand conhecíamos. O chefe de meus espiões seria furtivo ao passar a palavra, mas caso meu corvo fosse interceptado, ninguém compreenderia o teor de minhas palavras. Diferente das cartas que eu enviava aos nobres, a de Marbrand não possuía selo, nem assinatura. Ele saberia de quem ela vinha, pela caligrafia.

- Minha senhora, como pode estar certa de que seu espião é confiável? - Indagou Meistre Onfroy.

- Eu não estou certa disso. Nunca estamos, realmente. Mas uma coisa é certa, Marbrand nunca me decepcionou, e isto é extremamente difícil. Além do mais, qualquer um de meus outros recursos desejaria seu cargo, e seu dinheiro. Em caso de traição, não vão hesitar em traí-lo, revelando-me suas falhas. Então eu o descarto, e o próximo tomará seu lugar. - Era tão simples, que Onfroy estremeceu. Vi a pergunta muda em seus lábios, e minha resposta era não. Não tinha a menor culpa em dispor da vida de homens menos significantes. Não desde Jasper. Especialmente depois dele. As últimas amarras de consciência haviam sido removidas quando o legado de minha família recebeu um vácuo de uma geração. Minha falha em produzir mais de um filho havia colocado nos ombros de Olyvar o peso de carregar adiante o nome Tyrell. Especialmente agora que sua irmã Maelle seria reconhecida como a esposa do herdeiro do Ninho. Joanna era minha segunda opção, de modo que eu não podia casá-la com outra Grande Casa, mas planejava mantê-la da forma como gostaria. Solteira e livre para apaixonar-se. Qualquer homem serviria, para assinar uma união matrilinear, que tornaria seus filhos Tyrell. E era infinitamente mais fácil conseguir que homens de Casas pouco influentes ou cavaleiros sem terras aceitassem o arranjo, que um pomposo nobre. - Envie meus corvos, Meistre. Ainda temos muito o que decidir, e o tempo é curto.

- Minha senhora, e os Lords que acabam de chegar para uma audiência à respeito das safras dos últimos dois meses? - Meistre Onfroy era atencioso, bem mais submisso que o último, que havia pedido à Cidadela que o admitisse para o estudo das políticas. Provavelmente seu tempo comigo o havia incentivado a ambicionar por um cargo de Arquimeistre. Poucos toleravam o jogo dos tronos por tempo demais. Uma pena que seu transporte tivesse sofrido tão trágico acidente no retorno à Cidadela. Mas ele sabia demais.

- Avise à Lorde Merryweather, Peake e Shermer que irei encontrá-los em breve. Primeiro, irei me trocar nos meus aposentos. Diga-lhes que abram um barril de cidra ou branco da Árvore, e bebam em meu nome enquanto me preparo para encontrá-los. - A verdade era que eu precisava ter certeza de que aqueles homens bebessem antes que eu pudesse encontrá-los. Os três Lordes eram conhecidos pelo gosto à embriaguez, e também eram considerados homens de palavras fáceis quando bêbados o bastante. A coragem lhes subia facilmente à cabeça. Seria bom ouvir o que tinham a dizer sobre meu neto, e saber que medidas tomar a depender do que dissessem.

          Esperava que as aves de Jardim de Cima fossem tão velozes quanto os cantores de nossa Casa eram talentosos. Tinha de fazer com que novas articulações se pusessem em movimento, com a aproximação de uma investida militar da Coroa, descendo à Dorne. Não podia correr o risco que Rhaegel socilitasse o apoio de minha Casa de maneira coercitiva. Seria obrigada a me opor à ele abertamente, então. Nenhum bem viria de financiar aquela vingança particular dos Blackfyre. Ainda mais agora, que sua própria legitimidade ao trono pendia na balança. Se os Targaryen decidissem reclamar o que lhes pertencia com Fogo e Sangue, o laço de casamento entre meu neto e a princesa Mabel Targaryen obrigariam minha mão a agir. Afinal, nenhum descendente dos dragões estaria seguro, enquanto fossem uma ameaça ao Trono de Ferro. E filhos de quem seriam, meus bisnetos possuiriam direito à sentar-se no Trono, ainda que seus nomes não fossem Targaryen. Se Bryan caísse sem deixar herdeiros, Mabel era a chave para o domínio dos Sete Reinos. A ideia agradava-me muito pouco. Odiaria ver aquele tipo de atenção voltada a meu Olyvar. Seria muito melhor que o menino Stark assumisse sua identidade de uma vez, e conquistasse a herança de Jon Stark, ou Aegon Targaryen. Robert Baratheon legitimara sua conquista ao trono com um direito muito menor, a partir de uma ancestral Targaryen. Os Stark de Winterfell se ergueriam acima de qualquer outro. Bastava uma palavra, e uma boa bordadeira que soubesse trabalhar os tecidos negro e vermelho.

         Mais importante, além daquilo tudo, era que minha Casa permanecesse viva. E faria o que fosse necessário para isto.


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LADY DESMERA TYRELL
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Mensagem por Olyvar Tyrell Sex Nov 17, 2017 12:44 pm



Family is Power


Os primeiros raios de luzes solares adentraram ao enorme ambiente eo quarto conjugal deste quando o sol havia nascido, acordando o atual senhor da Campina através do início de uma manhã monótona. Suas mãos foram um pouco acima de sus cabeça como resultado de um pequeno esforço para esticar seu corpo, erguendo sua coluna para frente na intenção de levantar daquela cama. Seus olhos claros começaram uma observação rigoroso ao local e identificou objetos reconhecíveis, exceto um ou dois presentes atrasados de seu casamento, quais não havia abrido por falta de tempo. Falando sobre casamento, havia casado com uma das proles do Norte, Mabell da casa Stark, agora uma Tyrell por laços matrimoniais. Outrora desconfiaria como sempre dos planos destinados ao seu futuro, no final sempre imaginava com outra pessoa ao seu lado. Olhou novamente ao lado direito e observou a sua esposa deitada na cama, aparentemente dormindo. Carinhosamente abaixou sua cabeça e percorreu pela coluna dela com seus lábios quando optou por desferir beijos salientes, isto até seu pescoço. Indo logo depois até sua bochecha ele sorriu de maneira gentil e parou aos lábios dela, beijando ali. -Temos que descer.- Chamou ela de um jeito carinhoso possível, afinal, apesar do casamento ter sido arranjado não era justificativa para desprezar sua esposa ou fazer de sua vida um mar de arrependimentos, considerava que na época tão pouco ela havia concordado com tudo isso.

O corpo estava completamente desnudo por baixo do lençol que cobriu o mesmo e Olyvar mantinha um sorriso malicioso só de lembrar os exercícios antes do amanhecer, claro, como típico de um casal recém-casado. Sua avó poderia estar certa quanto ao futuro, aos Deuses ele pertencia. Saindo de sua cama daquela jeito que estava, ele caminhou até onde poderia ter mais roupas, vestindo suas vestes de seda para cobrir seu corpo. No fundo admitia que gostaria de permanecer naquela cama um pouco mais, esta era uma idéia consideravelmente ótima, mas, haviam funções serem feitas naquela manhã e precisava se reunir com sua avó. Vestindo por fim todas aquelas peças de roupas ele ouviu a porta do quarto bater e um dos servos anunciar que Desmera queria vê-lo. Colocou sua espada na bainha conectada a sua cintura e esperou até sua esposa acordar, vendo-a começar a se arrumar. -Eu diria que preferia você do jeito que veio ao mundo, entretanto não podemos ficar para sempre nesse quarto.- Observou o corpo de sua amada entre detalhes, vendo desde os seios belos e rosados até o restante de suas belas curvas esculpida pelos Deuses.

Seus passos tomaram conta do local e fora na direção de sua amada, chegando poucos centímetros dela ao ponto de abraçar seu corpo de uma forma carinhosa e não muito forte, onde morderia com cuidado seu pescoço. -Está linda, acredito que vai deixar sua sogra com inveja.- Falou em tom de brincadeira quando referiu-se de sua avó, ela era como uma mãe para ele. Esperando que no final estivessem prontos para sair, segurou suas mãos de forma delicada e conduziu sua mulher para fora do quarto, andando ao lado dela até onde aguardavam sua espera. Assim que chegasse, após terem descido as escadarias do castelo, Olyvar faria suas devidas apresentações no café da manhã e olharia para mulher mais velha que havia lhe criado em maneira cortes e simpática, demonstrando seu mais profundo respeito com a mais velha. -Desculpe-me, nos atrasamos por culpa minha.- Sentou-se ao lado de sua esposa,  pegando um pedaço de comida para misturar com mel e levar até sua boca, mastigando. -Qual será nosso primeiro passo, minha avó?- Disse curioso.

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Mensagem por Mabel Tyrell Sex Nov 17, 2017 4:57 pm


first of all
Dentre todos os costumes diferenciais que a Campina tinha em relação ao Norte, o clima certamente era o que Mabel mais demoraria para se habituar. Ainda não tinha certeza se gostava ou não daquele calor ambiente estranhamente acolhedor, uma vez que estava acostumada com o frio a gelando o nariz todas as manhãs, mas certamente que descobriria com o tempo. E com o tempo, queria dizer com todo o tempo. Aquele lugar era seu lar agora, e possivelmente o seria até seu último dia -, o que esperava que demorasse bastante. Não a restavam dúvidas de que Olyvar a estava ajudando muito, fazendo o papel de um bom marido, embora tanto ela quanto ele soubesse que estavam ali majoritariamente pelo dever.

As manhãs sempre eram a parte mais difícil, o sentimento de levantar da cama e saber que não estaria mais em Winterfell, com sua família, e sim rodeada de pessoas que, mesmo gentis, ainda eram mais estranhas do que outra coisa. De todo modo, levantava-se após o chamado de Olyvar, e recebia logo os gracejos corteses de seu marido, que faziam suas bochechas tornarem-se delicadamente rubras.

- Eu gostaria de poder ficar mais tempo aqui com você. - soprava enquanto se vestia. Escolhera algo simples, embora a simplicidade não tirasse sua elegância. A falta de costume com aquele tipo de vestimenta a fazia demorar-se um pouco ali, mas sentia-se realizada assim que conseguia ajustá-la ao corpo. E Oly, é claro, não demorava para dizer-lhe que ela estava linda, aproveitando para provocá-la com abraços e mordidas. - Lady Desmera me assusta. Ouvi dizer que a personalidade dela é muito... Difícil. - e realmente, ouvira. Ainda não havia tido a chance de conversar tão aproximadamente da Guardiã do Sul. Tinha medo que não gostasse de si, ou que achasse que não era boa o suficiente para ele. Embora não fosse de toda insegurança, Mabel costumava se importar com o que as pessoas achavam, e sempre fazia tudo para passar uma imagem agradável. Em tempos como aquele, sabia que a afinidade era algo muito importante.

Sem mais enrolações, ela e Olyvar desciam até onde seria feito o desjejum. Ela cumprimentava a mais velha com uma reverência respeitosa, antes de se sentar acanhada ao lado dele, ajeitando as vestes e observando a variedade de coisas postas à mesa. Não tinham frutas assim no Norte, e quando tinham, não eram metade bonitas e viçosas quanto aquelas. Sem muito o que dizer, apenas ficaria calada enquanto os assuntos não a dissessem respeito, ou enquanto seu nome não fosse mencionado.
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Mensagem por Desmera Tyrell Qua Nov 22, 2017 2:02 am








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Desvio Temporal - Flashback durante o desjejum.

         Olyvar estava obviamente radiante, com o casamento recente. Era fácil de se notar o vigor que exalava de cada poro da pele jovem, toda a energia acumulada em treinos e justas, finalmente posta em uso em prol da sobrevivência de nossa Casa. Sorrindo, dei as boas vindas ao meu neto e sua jovem esposa, quando sentaram-se à mesa. A jovem Mabel parecia linda em seu novo vestido, trazido do Norte. Olyvar mal podia deixar de olhar para sua silhueta. Ele também parecia tão belo quanto o habitual, com sua blusa de seda verde relva e o broche de ouro, com nossa rosa e um ramo cheio de espinhos. Era imponente e extremamente elegante. Como eu. Sorri ao vê-los, minha expressão entregando muito pouco de minhas verdadeiras emoções. Era bem consciente de minha mortalidade, sabia que meu tempo com minha família era a cada dia, menor. A velhice era um prêmio a ser conquistado. Ter a minha idade significava que eu havia vivido bem. Jogado o jogo dos tronos da maneira correta. Mas até quando? Preocupava-me que meu neto tivesse poucos irmãos, e que eu mesma tivesse falhado em dar-lhe primos que o pudessem apoiar. Mesmo nosso ramo de Águas Claras fora extinto, com uma bastarda de uma Tully e um cavaleiro sem terras carregando um nome ancestral, do qual ela teria de abrir mão se não produzisse um herdeiro. Certamente que se um Tyrell fosse produzido, uma filha de Olyvar teria de casar-se com ele, para fazer fluir o sangue da rosa dourada mais uma vez pelas paredes de Águas Claras, assento secular de nosso ramo secundário. Do contrário, ao menos teria minha família de nascimento com ainda mais poder, o que era bom, considerando minha influência sobre meu sobrinho e seus filhos.

- Não há o que desculpar, meu caro. Você e sua adorável esposa são mais que bem-vindos a sentarem-se à mesa. Afinal, meu caro, esta é sua Casa. És nosso Marechal Supremo da Campina, o Cavaleiro das Flores. Não há um só homem na Campina que não o conheça ou admire. O que é na mesma medida, maravilhoso e aterrador. Todos sabem que não tem herdeiros. Algumas famílias poderosas podem desejar que permaneça desse modo, assim eu terei um governo frágil com Joanna e Maelle. Todas mulheres, e na mente de nossos inimigos mais imbecis, alvos mais fáceis. Bem, talvez isso se aplique à sua irmã. Todos conhecem sua doçura. Mas ela está segura no Ninho da Águia, e governará o Vale um dia. E Joanna, bem, digamos que já vi cavaleiros recém-ungidos cavalgando de maneira muito inferior à dela. - Beberiquei um refresco de ameixas, mas odiei o sabor azedo. - Pelos Sete Infernos, isto é um refresco de ameixas ou sumo de limões sem mel ou melado? Remova isto da mesa, e já! Quase perdi meu apetite, e sabemos que não se deve esperar coisas boas do humor de uma velha faminta. Vamos, menino! Qual seu nome? - Meu interesse e irritação estavam voltados para o copeiro que se aproximou de cabeça baixa, assustado com minha rispidez.

- Sou Ma-Maximilian Wythers, se lhe agrada, m'lady. - Estalei a língua, pouco interessada.

- Um esquilo Wythers, muito bem. Me agradaria mais se não fosse tão sorridente o tempo inteiro. Pessoas que sorriem muito tendem a ocultar os verdadeiros pensamentos. Mas é um menino muito bonito, meu caro. - Ele sorriu, lisonjeado. - Da próxima vez que servir uma bebida sem mel ou melado para seu Lorde e sua Guardiã do Sul, saberei que deixou de provar nossa comida outra vez. E então, veremos como conseguirá sentir o gosto dos alimentos sem língua. Saiba que meus guardas o farão morrer lenta e dolorosamente, se veneno algum for consumido por mim ou meus filhos. - Era natural que por vezes me referisse aos meus netos como minhas próprias crianças. Porque em prática, o eram. - Ainda que morta, terei imenso pazer com seu sofrimento, no círculo do inferno que os Sete reservarem para mim. A menos, é claro, que você cumpra sua função de maneira a honrar seu primo em segundo grau, Lorde Wythers. O que me diz, jovem Max? Acha que pode fazer isto?

- Com toda certeza, senhora. Com licença, trarei um suco de pêssegos bem doce, e provarei diante de vossos sábios olhos. - Ele garantiu, pedindo desculpas à Olyvar com uma reverência profunda.

- Elogios vazios não o salvarão do machado. Ande logo, menino! - Dispensando-o, voltei-me para Mabel e Olyvar. - Um pequeno erro pode ser tudo de que nossos inimigos precisam. E não se enganem, meus queridos. Os poderosos sempre têm inimigos. Agora mesmo, tenho certeza de que o jovem leão, a Mão de nosso novo rei, está sedento por aumentar o prestígio e o poder da Casa Lannister. Não vai demorar até que convença Rhaegel a revogar o contrato com a Campina, aumentando novamente os impostos sobre nossos produtos. Os Lannisters nos invejam desde que foram derrotados por Daenerys Targaryen. Não me surpreenderia se seu Lorde atual fosse tão amargo quanto os seus antepassados. - Sorri para Olyvar, contente com seu interesse. - Pergunta qual será nosso primeiro passo? Ora, é simples. Temos de estreitar os laços entre Starks e Tyrells, assim como garantir que nossos aliados unam-se diante da inevitável guerra. - Olhei para Mabel, quieta à mesa em tom de timidez. Ela aprenderia a falar livremente, ou sofreria com minha expansividade. O tempo diria o que seu silêncio escondia de sua personalidade. - Você e seus irmãos são os últimos Targaryens. Sim, a chamo de tal forma, pois sabemos que os rumores sobre Jon Stark são reais. Os Meistres contam que ele montou um dragão, embora tivessem se esforçado para omitir boa parte da Guerra da Aurora dos registros, bem como os anos de governos após a tragédia. Mas logo os Blackfyre tomarão conhecimento do que Avalon nos revelou. Ele certamente devia ter guardado tal informação em Torralta, e lá revelado os segredos a seu irmão. Mas sua raiva por Jaeharys ter roubado a esposa de seu filho mais novo o cegou. Agora, corremos o risco de que você, senhorita, e nós também, sejamos marcados como alvos. Afinal, com Bryan morto e seu irmão Jeremy na Muralha, você seria a maior reclamante ao trono desde A Conquistadora. E por consequência meu filho, casado contigo. Então, como uma avó que não consegue dormir pensando no futuro, farei com que o dragão em pele de lobo sobreviva, e sente no Trono de Ferro. Não por amor a ele ou desprezo aos Blackfyre. Mas pela sobrevivência da própria Casa Tyrell. Pela segurança de minha filha por casamento, e de meus bisnetos. - Garanti, erguendo uma taça de vinho branco (o suco de pêssego ainda não havia chegado) em honra de Mabel. - E do que se precisa para iniciar os preparativos de uma rebelião? Corvos, é claro. Só espero que Ella Baratheon tenha conseguido colocar algum juízo em seu irmão. Afinal, enquanto ele insistir em se chamar Stark e usar cores que nunca serão verdadeiramente as dele, coloca em risco todos nós, seus parentes.

Continuei a comer uma fatia de torta de creme de nata. Enquanto o sabor doce e suave parecia maravilhoso, subitamente soube que a atmosfera ao redor havia mudado. O que era de certo modo interessante. Gostaria de saber os pensamentos de Olyvar sobre meu plano, afinal, eu esperava que ele pudesse tomar tais decisões sozinho, no futuro. Eu não poderia ser sua Guardiã em Regência para sempre, especialmente se desejava que ele fosse capaz de se manter, quando eu morresse. Mas até que viesse a tanto, estava contente por poder, finalmente, ensiná-lo a jogar o jogo.

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