Pátio Militar

Ver o tópico anterior Ver o tópico seguinte Ir para baixo

Pátio Militar Empty Pátio Militar

Mensagem por O Corvo Qui maio 11, 2017 11:59 pm



Pátio Militar

É o pátio que se encontra atrás da grande torre, um lugar amplo e com vários bonecos de treino espalhados. É um lugar de constante movimento, sempre há homens e mulheres treinando. Do lado leste do pátio fica o alojamento dos soldados do castelo. O distrito militar é bem na frente da principal entrada para o interior do castelo.

---------------------------------------------------------------------------------------
O Corvo
O Corvo
Mensageiro

Ir para o topo Ir para baixo

Pátio Militar Empty Re: Pátio Militar

Mensagem por Darlessa Tallhart Dom maio 14, 2017 10:13 pm

Darlessa Tallhart
Tag: Treino; Palavras:1253; Com: Sozinho .

Não haviam palavras suficientes para mensurar a raiva, o ódio, a frustração e todos os sentimentos que se misturavam no peito da Tallhart naquele momento, os olhos vermelhos pelas lágrimas já derramadas, apenas denunciavam que em seu peito, havia um coração que ainda sangrava. E sangraria todos os dias de sua vida. Em seu semblante a ira pairava nitidamente, já não sabia quanto de si mesma havia perdido, já não se reconhecia mais depois de tantos anos, havia se moldado, se transformado. Apenas a amargura movia seu corpo, a raiva lhe dava forças para continuar. Mas raiva de que? De quem? De sua fraqueza, de sua impotência por não ter salvado o homem que amava, por sua fraqueza de nunca ter superado a própria dor. Todos a viam como um exemplo de força e guerreira, uma montanha inabalável, mas essa foi apenas a máscara que ela escolheu para viver. Não viver, mas sim sobreviver, pois era exatamente assim que eram seus dias nos últimos dezoito anos, tentar não sucumbir a própria loucura. Todavia, desde que aquela carta chegou até suas mãos, havia novamente perdido o controle de suas emoções e os velhos demônios voltavam a povoar sua mente.

Seu corpo se ergueu, ainda relutante, no entanto, a raiva corria em suas veias como seu próprio sangue, bastava se lembrar dos trechos escritos pelas mãos trêmulas de seu tio. Com furor novamente ela investiu contra o maltrapilho boneco, a espada que empunhava na mão direita desceu a violentamente em um corte na vertical, fazendo com que pequenas lascas de madeira voassem pelos ares. Seus cabelos negros bailaram ao vento, empurrando a fina camada de neve que havia contra seu ombro, seu tronco levemente se inclinou e a mão esquerda conduziu a espada em corte diagonal limpo e preciso, capaz de rasgar o peito de qualquer homem. Seu olhar era nublado pelo ódio, já não via um boneco sem vida, via apenas os monstros de seu passado. Em um movimento rápido, sua perna direta fora para trás, ambas as espadas recuaram ao mesmo tempo, quase atingindo o corpo da mulher, simulando uma finta para esquivar-se. Respirou fundo procurando preencher seu peito com ar, naquele frio era difícil respirar, o frio, porém, não era capaz de para-la.

Seu tronco projetou-se para frente, ao mesmo tempo que o braço direito se ergueu a altura do que seria a cabeça do boneco, o corte horizontal na linha do pescoço seria capaz de arrancar qualquer cabeça facilmente, em perfeita harmonia com o primeiro movimento, a espada da esquerda estocou o tórax do possível inimigo. O tilintar dos metais ecoou por todo o lugar no exato momento em que as lâminas recuaram, Darlessa as girou nas mãos com uma habilidade invejável e até mesmo inimaginável. Durante anos havia sido mestra de armas, dedicou-se a lutar e aprender as mais diversas técnicas de combate, mas a perícia que possuía com as lâminas surreal. Seu braço direto novamente golpeou na horizontal e seu tronco acompanhou todo o movimento fechando sua guarda, ousou até mesmo a abaixar um pouco mais o tronco, em seguida o impulsionou para trás trazendo a espada contra o corpo do boneco.

A àquela altura sentia seu corpo dormente, o frio castigava sem piedade, sentia as juntas de seus dedos praticamente congeladas. Mas sua alma se encontrava muito mais gelada que o mais rigoroso dos invernos. Por um minuto a sequência de golpes pausou, seus olhos azuis fitavam o chão branco, seu peito subia e descia em um ritmo acelerado afoito, podia ver a pequena e densa névoa que se formava diante de seus lábios, à medida que sua respiração quente se chocava com ar frio ao seu redor. Seu corpo tremia, seus ossos reclamavam pelo esforço feito, mas seu peito, esse continuava tomado pela raiva, uma fúria incomensurável, uma sensação sufocante e quanto mais tentava fugir, mais e mais se via entregue a ela, mais e mais mergulhada em dor. As mãos apertaram as empunhaduras de sua espada, o ardor da pele incomodava, tinha a sensação de estar segurado cacos de vidro nas mãos, porém, parar não era uma opção, não para a Tallharth.

Sequencialmente ela desferia golpes com ambas as espadas, rápidos e de precisão assustadora, se separadas suas espadas eram mortais, unidas eram ainda mais letais, os cortes em diagonal com as lâminas em paralelos arrancava bons pedaços dos bonecos, uma pessoa normal com certeza estaria mutilada e morta. Seus pés alternavam-se perfeitamente, uma valsa mortal tão bem executada que seria capaz de encher os olhos de qualquer expectador. A neve sob seus pés desaparecia a cada nova passada, a velocidade dos movimentos e maestria impediam que a neve permanecesse ali por muito tempo. Não queria admitir para si mesma, mas estava exausta, seus joelhos começavam a vacilar e diante de sua fraqueza a ira tomava ainda mais conta de seu âmago, fazendo-a retalhar o boneco imóvel. Um girou perfeito e as duas lâminas se encontraram no pescoço do inimigo mais uma vez, esse com certeza teria morrido, mas ela era incapaz de derrotar seu inimigo verdadeiro. Seu passado. Poderia derrotar exércitos inteiros, mas para sempre seria incapaz de lidar com perda de Brandon.

A espada direita se ergueu para mais um golpe, seu braço movimentava com toda força e ódio dentro de si, quando se viu obrigada a parar de maneira abrupta. Seus sentidos a traia, sua mente lhe pregava peças, mas podia jurar que um breve momento, era o rosto dele que estava a sua frente. Ambas espadas caíram de suas mãos e seus joelhos se curvaram, logo encontraram o chão, queria gritar, mas respirar se fazia mais necessário no momento. Suas mãos diante de seu corpo ajudando a sustentar seu peso, os cabelos negros ocultavam não somente a face tristonha, mas a sua vergonha. Havia anos que não se sentia mais daquela forma, mas um simples pedação de papel vinha reviver tantas histórias e tanta dor. O que fazer? Se perguntava a todo momento, mas seu coração batia em apenas um ritmo e uma palavra ecoou em sua cabeça. Vingança. Seu olhar se ergueu ao firmamento enegrecido e só então notou, que seu coração estava tão negro quanto o próprio céu.

O silêncio fora rompido pela colossal voz que ecoou no pátio, reconhecia aquele timbre em qualquer lugar. Lessa girou a cabeça, finalmente notando a presença do homem, debruçado sobre o parapeito. Leobald era um homem grande e corpulento, de traços rústicos, mas o sorriso que trazia em seu rosto, era capaz de apaziguar o mais atormentado dos homens. Levantou-se lentamente, o esforço havia levado boa parte de suas forças, colocar-se de pé já não era uma tarefa tão fácil. As espadas voltaram para a bainha e morena começou a caminhar com passos débeis e lentos, algo dentro de si não queria estar perto Leobald, mas jamais desacataria o velho homem, mesmo sendo a atual Lady de Praça de Torrhen: — O tirei da cama? — Perguntou com dificuldade, uma vez que a respiração não havia voltado ao normal. Sentia seus músculos reclamarem depois de tanto esforço, os braços com aquela sensação leve e ao mesmo tempo incomoda. Suas mãos deslizaram pelos fios negros os jogando para trás, caindo de forma desleixada. A morena sorriu fraco, debruçou-se preguiçosa sobre o parapeito: — O que faz de pé a essa hora? — Curiosa inquiriu ao conselheiro mais antigo de Praça: — Espero que tenha trago algo para beber, já que está aqui. — Resmungou com seu habitual mau humor, sorrindo fraco e observando a neve que caia durante a madrugada.
Darlessa Tallhart
Darlessa Tallhart
Nobreza (Mulheres)

Ir para o topo Ir para baixo

Pátio Militar Empty Re: Pátio Militar

Mensagem por Ellard Snow Seg Jul 31, 2017 11:58 pm


A vida de um bastardo no Norte não era nada fácil, especialmente para o jovem Ellard que era um bastardo de Winterfell. Um filho do antigo senhor do Norte, Rickon Stark com uma jovem da casa Umber. Ellard não lembrava o nome de sua mãe, pois sabia que ela tinha morrido no seu parto, mas gostava de pensar que ela era uma moça de caráter e fibra como os membros da casa Umber de Última Lareira. Naquela manhã o jovem bastardo caminhava pelo pátio da Praça de Torrhen, local que atualmente o acolheu como a sua morada, isso porque após a morte do seu pai a segurança do jovem ficou comprometida na sede da casa Stark. Não por causa de seus irmãos, é óbvio, mas por conta da esposa de seu pai que o odiava profundamente por ser fruto da traição de seu marido. Porém, como mencionado, o jovem atualmente residia na Praça de Torrhen sob a proteção da Lady Darlessa Tallhart. Caminhando pelo pátio ele podia notar os olhares desdenhosos em sua direção, entretanto, não dava atenção para isso é seguia o seu caminho tranquilamente. Parando somente para assistir o treinamento de uma turma de soldados da Praça, observando quando um dos homens tomou a sua direção e o chamou, jogando uma espada de madeira para o mesmo. - Ei bastardo! Venha cá.. - Chamou o homem, parando a sua frente e empunhando a espada de madeira. - Vamos treinar um pouco... - Disse por fim, antes de partir para cima do jovem à medida que o mesmo tentava se esquivar dos golpes. Ellard nunca foi muito bom com espadas em Winterfell, entretanto, o seu pai havia o ensinado o básico e ele conseguia se defender bem.

Passando a investir contra o homem em seguida, aplicando tudo o que sabia a respeito de combate com espadas; atacando-o assiduamente com golpes desferidos em frentes opostas as laterais do corpo do homem, direita e esquerda sucessivamente. Por vezes, alternando para o movimento nas horizontais e verticais que o pegavam desprevenido. Suspiros baixos escapavam de seus lábios, assim como a expressão de surpresa permanecia em sua face, pois que tinha pensado que ele seria chamado para treinar por um dos cavaleiros da Praça. Logo ele que era visto como um estranho no local, talvez a senhora do lugar tivesse um dedo nisso, pensou enquanto movimentava a espada de madeira em golpes sucessivos e investidos contra o homem. Acabando por desarma-lo em determinado momento.

Treino Espada Curta
Ellard Snow
Ellard Snow
Bastardo

Ir para o topo Ir para baixo

Pátio Militar Empty Re: Pátio Militar

Mensagem por Conteúdo patrocinado

Conteúdo patrocinado

Ir para o topo Ir para baixo

Ver o tópico anterior Ver o tópico seguinte Ir para o topo

- Tópicos semelhantes

Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos