Salão do Trono

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Mensagem por O Corvo Seg maio 15, 2017 9:30 pm



Salão do Trono

O Salão do Trono é o cômodo mais usado do castelo. É nele que a Lady ou Lord atente seus súditos e ouve suas queixas e agradecimentos. Conta com um trono confeccionado em madeira e ouro, flanqueado por cadeiras menores, destinadas aos conselheiros. Sob o trono, preso à parede, encontra-se o martelo de Robert Baratheon, assentado ao lado dos estandartes de sua casa. Há enormes janelas, e guardas em todos os cantos do aposento. Um lustre rústico desce no teto com formato de chifres, iluminando uma cadeira menor onde se acomoda aquele que procura seu suserano.
O Corvo
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Mensagem por Ella Baratheon Stark Sex maio 26, 2017 8:18 pm




STORMBORN




Our is the fury. And mine is the crown
Minha mãe costuma dizer que a repetição leva à perfeição. Quando criança, tal frase era pra mim apenas uma justificativa para continuar presa à sala de bordado. Na adolescência, servia para me manter atenta aos livros.Mas na vida adulta, elas não tinham qualquer sentido. Eu já repetira o mesmo ritual diversas vezes, recebendo os súditos e ouvido seus problemas. Mas de forma alguma considerava-me perfeita naquilo.

Eram problemas pequenos, às vezes enfadonhos, trazidos à mim por camponeses simplórios e Lordes vassalos. Eu podia ver a desconfiança e temor em seus olhos, quando se ajoelhavam diante de uma mulher. Mesmo ocupando o lugar de meu irmão por três invernos,não conseguia diluir o receio deles. Havia provas inequívocas de meu sucesso, mas era mais fácil para meus críticos apontarem meus defeitos.

Era, sem dúvida, uma grande sorte que eu não fosse uma líder radical. Mesmo que sonhasse em ter as cabeças de alguns Lordes em minha mesa de jantar, eu sabia que eles seriam mais valiosos vivos, e se eu tinha alguma esperança de transformar minhas terras em um único corpo, eu não poderia viver derramando o sangue daqueles de quem desejava lealdade.

Nunca pensei que seria uma tarefa fácil. Nunca sonhei em carregar o título de meu pai, e sei que ele tampouco sonhava com isso. Afinal, ele possuía um precioso primogênito, que guiaria nossa casa pelos tempos mais difíceis. Porém, quis R'hllor que esse herdeiro fosse morto, e do mesmo evento nasceu meu governo.

Ali, sozinha na sala do trono, eu esperava que os portões fossem abertos mais uma vez. Me acomodei no assento de honra e suspirei longamente. Onde quer que Garrett Baratheon estivesse, eu esperava que ele estivesse olhando para mim naquele momento. Eu seria o esteio de sua casa, e se sua alma não se alegrasse por isso, deveria pelo menos se conformar.




Ella Baratheon Stark
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Lady

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Mensagem por Steffan Baratheon Ter maio 30, 2017 2:57 am


NÃO QUERO HONRÁ-LO. QUERO QUE COMANDE MEU REINO, ENQUANTO EU COMO, BEBO E VADIO ATÉ MORRER.
O que está morto não pode morrer
Era fato que eu não voltara a Ponta Tempestade depois da morte de meu primo.
Éramos muito ligados, e de certa forma sentia a falta do meu companheiro de vadiagem e de bebedeiras. O meio mais rápido de ir de Oak Heights a Ponta tempestade era de barco, era mais prático arriscar a baía naufrágio que dar a volta a cavalo. Desembarquei no castelo ancestral da casa, como se estivesse chegando em casa, afinal a reforma de Oak Heights o projetara para ser uma cópia não tão resistente de Ponta Tempestade, no lado oposto da baía. Percorri o castelo até um aposento que tinha a minha disposição, tirei as roupas molhadas e vesti-me adequadamente para acompanhar minha prima Ella pela primeira vez em uma sessão de receber os vassalos. Eu ja havia feito isso algumas vezes com vassalos menores em meu castelo, teria de ser o primeiro a falar com ela,
demonstrando minha lealdade à casa e colocando-me a sua disposição. Seria um pouco dificil aturar aqueles momentos ali, porém, respirei fundo e, devidamente trajado com roupas tão finas, dignas de um Lord, segui para o Salão do Trono. Encontrei-o praticamente vazio e, identifiquei-me aos guardas, adentrando a presença da Lady.

- Milady, espero que tenhas passado bem, há muito não nos víamos e, venho em nome dos Baratheon de Mata de Chuva colocar-me a vossa disposição. Não sei se recordas, de seu primo e agora também vassalo, Steffan Baratheon, mas acabei de assumir o lugar que foi de meu pai. Sinto o mau tempo ter impedido-a de prestar as últimas homenagens a ele. Bom, faz meses que não venho ate aqui, mas devido ao corvo que recebi, não teria como negar um pedido de milady de vir aqui demonstrar minha lealdade a aqueles que são sangue do meu sangue... - dizia ajoelhado de forma respeitosa diante da lady que ali estava. - Pediram-me no corvo que a acompanhasse nessas enfadonhas sessões com os vassalos, eu mesmo trago pedidos de alguns senhores de Mata de Chuva... Pois bem, em que posso lhe ser útil, aonde devo me colocar, milady?
Steffan Baratheon
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Mensagem por Steffan Baratheon Qua Jun 14, 2017 1:49 am


Et glorificaveris eum dum non vis. Volo enim vos regnum iubes mihi donec manducem, et bibam bum ad mortem!.
O que está morto não pode morrer
Coloquei-me onde Ella havia me indicado e acompanhei calmamente as audiências, dando conselhos vez ou outra em assuntos militares, os quais eu entendia. Foram longas e longas horas de aconselhamentos, Ella podia estar familiarizada com a política dos Sete Reinos, mas era uma garota e não entendia de guerra. Eu, pelo contrário, dediquei minha vida a aprender sobre isso.

- Milady, espero que não se importe, mas terei de me ausentar, acabo de receber um corvo de minha casa, creio que é sobre a minha futura esposa... - dizia ao ouvido da lady, sem esconder a frustração por ter de participar de um acordo de casamento que o tio arranjara e sobrara para ele cumprir - Tenho de responder este corvo e logo mais retorno para minhas atribuições de conselheiro... - Disse ausentando-me para ler o que dizia o papel: Minha futura esposa saíra de barco das Ilhas de Ferro e em breve estaria desembarcando em terras Baratheon, o corvo dizia, porém, que ela estava a se encaminhar para Ponta Tempestade, e não para Oak Heights, o que me faria ficar preso ali por mais um tempo... Enviei um corvo para Oak Heights, avisando que ficaria por ali até a chegada da Lady Greyjoy e um a Pyke, avisando que recebera a mensagem e que uma guarda estaria a espera de minha prometida.
Steffan Baratheon
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Mensagem por Steffan Baratheon Dom Jun 18, 2017 3:29 am


Et glorificaveris eum dum non vis. Volo enim vos regnum iubes mihi donec manducem, et bibam bum ad mortem!.
O que está morto não pode morrer
Após enviado os corvos, voltei para o final do compromisso. Fiz o que deveria ser feito e me dirigi para Ella.

- Prima, precisarei passar um tempo em Ponta Tempestade, não se preocupe com isso pois cumprirei com meus deveres, deixe que fiscalizarei a guarda do castelo e treinarei novos soldados se preciso, minha futura esposa, daquele acordo que seu pai fez sobre sua irmã e que acabou caindo sobre mim, está para chegar. A esperarei por aqui mesmo, creio que será melhor. Não se preocupe com minha estadia, me ajeito no meu antigo quarto e deixe os empregados comigo, vá descansar que tu precisas... - Fazendo uma pequena reverencia, saí a procura do chefe dos servos, dando as ordens para arrumar meu antigo quarto, indo para o pátio avisar a guarda que nossa estada se estenderia. Ajudei-os a montar suas tendas e logo em seguida a notícia de que meus aposentos estavam prontos, segui para os mesmos, onde me despi da armadura, das roupas de couro e linho por baixo, e fui banhar-me, pensando naquela noite no torneio em Porto Real...
Steffan Baratheon
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Mensagem por Ella Baratheon Stark Sáb Jul 29, 2017 4:36 pm

POST FLASHBACK - CERCA DE CINCO ANOS ATRÁS



STORMBORN




Our is the fury. And mine is the crown
Eu não sabia até onde alguém vai por quem ama. Mas sabia que são poucos os princípios capazes de dominar o instinto, e que o coração disposto não mede esforços. Eu havia crescido muito desde a inesperada morte de meu pai. Havia me revestido com mármore claro e sentimentos obscuros, desistido de sonhos tolos de mocinhas prometidas e esquecido a ideia de partir para junto de um marido recomendado. Nesse intervalo, havia cultivado desejos novos, matado os antigos e contrariado a mim mesma ao colocar os interesses de minha casa acima dos meus, tentado ser de alguma utilidade para meu irmão Endric.

Um sacrifício não deve ser feito pela metade, deve ser feito por inteiro. E antes que a ferida pela perda de um pai fosse cicatrizada, o mar levou meu irmão mais velho. Ali, chorando ajoelhada na sala do trono de Ponta Tempestade, diante do assento que meu pai ocupara por anos, praguejei contra todos os deuses e fiz uma promessa que por pouco não se perdeu no tempo. Eu seria como metal recém moldado, seria forte por minha mãe e irmãs.

Dor, perda e intriga eram coisas as quais todos ficam expostos quando amam. Nos primeiros dias, me imaginei como Aegon ao perder Rhaenys. Durante uma das últimas fases da Guerra da Conquista, quando Aegon era coroado em todos os cantos de Westeros, o seu poderoso exército se erguia contra Dorne. Os senhores de Lançasolar não se rendiam, não se curvavam, e logo um banho de sangue foi promovido em Graçadivina, Tombastela e Toca do Inferno. A primeira Guerra Dornesa, como seria conhecida. Rhaenys, esposa-irmã de Aegon, voava com seu lindo dragão branco, Meraxes, e condenava tudo abaixo dela a morte pelo fogo. Foi então que um tiro de sucesso duvidoso atingiu a besta alada no olho, fazendo com que caísse morta e levasse com ela a sua amazona.

Aegon certamente sofrera como poucas almas eram capazes de sofrer. Das duas esposas, era dito que Rhaenys era a sua preferida. Era inteligente e graciosa, e o conquistador não poderia suportar a ideia de perdê-la. Enfurecido, queimou todas as fortalezas de Dorne com a ajuda de sua outra irmã-esposa, Visenya, movido pela mais cristalina sede de vingança. Foi só quando Nymor Martell subiu ao poder que a paz foi feita. O príncipe mandou uma carta a Aegon através de sua filha, Deria Martell, que levava consigo o crânio do dragão de Rhaenys. Aegon nunca revelou a ninguém o conteúdo da carta, e a queimou assim que terminou de lê-la. Certo é que a vingança foi deixada de lado, e o fogo parou de arder. Tentava tomar o desfecho como influência, um exemplo de sensatez quando tudo ao seu lado cai em pesados blocos, levantando fuligem sobre todas as suas certezas.

Antes dos golpes que havia sofrido, eu era como Aegon: confiante. Certa da importância de meu nome, da paixão que nutria pelo melhor amigo de meu irmão e dedicada a aprender tudo sobre poesia e dança. E minha "esposa-irmã" foi levada de mim. Os cacos daquela Ella Baratheon se espalharam pelo Salão do Trono de forma silenciosa, quietos como as lágrimas que inundavam meu rosto. Meu irmão estava morto e o trono de minha casa e minha própria alma estavam vazios mais uma vez.   





TREINO DE HISTÓRIA
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