Estrada da Rosa

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Mensagem por Deus Afogado Sáb Jul 22, 2017 5:17 pm



Parte de Estrada da Rosa

A Estrada da Rosa é a maior estrada de Westeros depois da Estrada Real. Começando nas Terras da Coroa e estendendo-se por toda a Campina até Vilavelha. Ela começa em Porto Real e se estende ao sudoeste através da Campina em direção à Vilavelha. Ela cruza o Vago em Ponteamarga, e mais uma vez em Jardim de Cima, onde se encontra com a Estrada do Oceano.

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Mensagem por Orrin Arrow Seg Ago 28, 2017 11:22 am



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Acerto de Contas





A Primavera demonstrava seu esplendor na Campina mais do que em qualquer outra terra em Westeros. A luz do sol cintilava na relva, por sobre o tapete verdejante que se estendia pela infinita planície. Quilômetros e quilômetros podiam ser percorridos antes que um cavaleiro precisasse cruzar uma ponte ou subir uma montanha. O terreno era favorável para os cavalos e fértil para garantir pastagem sempre a vista, talvez por isso, na Campina a cavalaria era mais valorizada do que qualquer outro lugar.

Uma égua branca de crina negra, coberto com um manto verde como as folhas no solo, dispersava o orvalho em seu trote ligeiro. Ao lado dela, um cavalo castrado, dessa vez negro e de crina acastanhada, quase ruiva, trotava diligente, carregando em suas costas um cavaleiro de cores alva e negra. Sobre a égua branca, um cavaleiro de escudo verdejante e cabelos dourados sorria. As torres de Ponteamarga podiam ser avistadas logo a frente, atrás dela, o sol descrevendo sua rotineira trajetória, surgindo por trás das torres, rumo ao Mar Poente.

- Não acho isso uma boa ideia. - disse Daeron Blackbar, se ajeitando sobre a sela.

- A mim o que importa são boas atitudes.
- respondeu Orrin Arrow, colocando sua mão esquerda sobre o pomo da espada, avistava ao pé da colina um grupo de homens armados, sentados na relva.

- E qual é a parte da boa atitude aqui? Você sequestrou a irmã dele
. - respondeu Daeron, era um rapaz inteligente de cabelos castanhos e o caçula dos Blackbar.

- Ela me pediu por ajuda, você sabe disso. O irmão a maltratava. - respondeu Orrin, parecia justo para ele.

- E desde quando os homens aqui se importam com a opinião das mulheres? Eles consideram sequestro. - Daeron retorquiu.

-E desde quando eu me importo com a opinião dos homens aqui? - respondeu Orrin, comprimindo os lábios e olhando o horizonte à leste. - Eu considero justiça.

- Só espero que os deuses partilhem de sua opinião, Orrin. Eu realmente queria que você tivesse avisado Egan de tudo isso. - Daeron balançou a cabeça. Atrás dele, quatro escudeiros o seguiam e mais um cavaleiro dos Blackbar. Orrin trazia consigo apenas mais um escudeiro e um pajem. Os homens ao pé da colina os superavam pelo dobro.

- Não posso esperar que Egan resolva todas as minha querelas. - respondeu o Arrow. Era verdade, se ele dependesse sempre da intervenção de seu irmão, ele jamais seria um homem. - Além do mais, ele vai ficar sabendo.

- Ou já sabe...- sugeriu Daeron, conhecia os Arrow muito bem.

- Alto! - um dos escudeiros do outro lado erguia a mão.

Orrin guiou o cavalo até ficar a menos de dez metros dos homens ao pé da colina. Daeron veio logo atrás dele, com seus assistentes de olhos como fendas, avaliando os estranhos. Havia uma tensão no ar, que parecia engrossar a respiração. A cor turquesa refletia a luz solar de forma vivaz e o golfinho prateado nadava infinitamente pelo azul do estandarte Lowther e nos mantos sobre as armaduras dos escudeiros. Os homens olhavam os cavaleiros de forma desconfiada, alguns com a mão sobre o pomo de suas espadas. O rapaz de cabelos loiros buscou parecer mais paciente do que realmente estava.

- Sou Orrin Arrow de Dustonbury. Seu senhor me chamou aqui para acertar nossas contas. - disse o rapaz. Tentava conter o cavalo que estava agitado, andando de lado e bufando nervosamente. Os animais tinham aquele senso de perigo, algo que os motiva a se desviar da estupidez. Estas qualidades por vezes faltam aos homens.

- Você não a trouxe.
- disse um homem logo atrás. Estava armado com uma couraça no peito e com proteção nos braços e pernas. Parecia pronto para um combate. Orrin reconheceu Sor Roberd, mesmo que ele estivesse com uma barba mais espessa desde a última vez que se viram em Bosquedouro.

- Não podia trazê-la sem as devidas garantias. - respondeu.

- E que garantias eu devo a você? Você a sequestrou, tirou-a do nosso lar ancestral e a escondeu. Não é a minha honra que está em questão aqui. - disse, avançando alguns passos. Os lacaios estavam prontos.

- É a minha, então? - Orrin indagou e sorriu irônico. - Ela está fugindo de você.

- Como ousa? - um outro cavaleiro, que Orrin reconheceu como o irmão mais novo e também o mais estúpido, ligeiramente rechonchudo, mas ainda assim coberto de cota de malha se manifestou. Era chamado de Gunnar.

- Eu não tenho medo de vocês. - disse apertando o couro das rédeas com força, podia fazer o cavalo apear e atropelar os dois imbecis, mas a colina o desequilibraria e ele poderia ser esfaqueado no chão. - Ela, no entanto, tem.

- Quem é você para falar de nossa irmã? Ela não será sua prostituta, seu maldito. - As acusações vieram de Sor Roberd, ele parecia atribuir maior dimensão ao fato, indício de sua consciência pesada, talvez.

- Quais os termos, senhores?
- interrompeu o Blackbar. Ele escondia o nervosismo de estar cercado por um punhado de escudeiros raivosos, como cães aguardando uma ordem para avançar.

- Nós queremos ela e dois mil dragões de ouro pelo inconveniente. - disse Roberd, olhando para o Blackbar como se cobrasse dele um dívida.

- Você me acusa de querer fazer de sua irmã uma prostituta, mas é você quem coloca um preço nela. - disse Orrin e então apeou o cavalo, trotou em um círculo afastado e desceu do alvo corcel. Sua armadura rangia profusamente enquanto ele caminhava em direção ao grupo adversário. - Os meus termos é que vocês poderão tê-la de volta, mas desejo falar com a mãe dela. A moça deseja servir ao septo em Dustonbury e arranjarei para que isso aconteça. O único metal que vocês terão de minha Casa será o aço, se não cooperarem.

- Não permitirei! - disse Roberd, seu pescoço começava a ficar vermelho, acompanhando a expressão de raiva em seu rosto.

- Sor Roberd, peço que seja razoável. Em nada lhe ajudará perder um combate aqui. Sua irmã estará segura no septo e nenhuma desonra alcançará sua Casa com ela sob a proteção da Donzela. - disse Orrin. Ele se mantinha firme, mas abrira as mãos expondo as palmas. Tentava ao menos parecer sincero.

- Aos sete infernos, Arrow! - disse Sor Roberd e empunhou sua espada.

- Resolvamos, então, sob o olhar atento dos Sete. - Orrin geralmente era generoso com todos, mas aquela disputa não pretendia entregar. Ele tirou sua espada de sua bainha e envolveu a empunhadura com suas duas mãos.

Sor Roberd não hesitou, assim que viu a oportunidade avançou em largos passos, ganhando espaço e desferiu um duro golpe horizontal contra Orrin. O rapaz não defletiu, ele deixou para saltar alguns centímetros para trás e observou o aço passar zunindo a sua frente. O cavaleiro turquesa se reposicionou e desferiu um segundo golpe horizontal dessa vez mais alto e Orrin se abaixou por sob a lâmina. Uma estocada foi lançada em direção ao seu ventre, mas ele deixou que a lâmina deslizasse pela sua, enquanto graciosamente se movia para o lado, saindo do centro do adversário.

Roberd pareceu ficar irritado com os erros e com apenas uma das mãos tentou emendar um golpe ascendente, mas Orrin atingiu sua espada e o forçou a golpear a grama verde. O Arrow então adequou sua postura, enquanto Roberd recuava e adequava a dele. O adversário lançou mais meia dúzia de ataques, soltando berros furiosos, mas não obteve progresso. Embora cinco anos mais novo, Orrin tinha o triplo de sua habilidade. O cavaleiro loiro deixou que o Lowther golpeasse uma porção de vezes, até sentir seus movimentos mais lentos. Então, desferiu um chute na coxa do homem.

Um grito de dor e outro de raiva, mas dessa vez, Roberd não teve chance de atacar. Orrin desceu sobre ele uma dezena de ataques e mais da metade passaram por sua lâmina, acertando sua couraça. Os impactos sucessivos desequilibraram o cavaleiro turquesa e numa tentativa de revidar, ele buscou uma estocada contra a cabeça do Arrow. Orrin desviou e acertou o pomo da espada três vezes no rosto do Lowther, sendo que na terceira, o nariz dele explodiu como uma toranja, o sangue respingou e ele caiu para trás desacordado antes de atingir o solo.

- Roberd! - gritou o outro irmão rechonchudo enquanto corria em direção a eles.

Parecia desajeitado com aquela armadura tentando proteger seu corpo avantajado. Os escudeiros adversários pareciam não saber o que fazer, suas carrancas, logo passaram a expressões confusas. Daeron Blackbar sorria, pegando as rédeas da égua de Orrin e a conduzindo até ele. Por um momento, Orrin achou que o irmão de Roberd fosse atacá-lo, mas ele apenas se abaixou, limpando o sangue do rosto do irmão com seu manto turquesa.

- Peço desculpas por isso. Eu tentei convencê-lo a não lutar. - disse Orrin, sentia pena dos dois homens.

- Vá embora! - disse o rapaz rechonchudo, enquanto Roberd abria os olhos inchados e confusos.

- Eu cuidarei bem dela. Ela estará no septo em Dustonbury, caso desejem visitá-la... -
Orrin não sabia bem, mas sentia que estourar o nariz de um homem o fazia sentir culpado.

- Nós com certeza iremos fazer uma visita. - disse Gunnar Lowther entre os dentes, quase um sibilo. Roberd gemia com a mão na testa.

Orrin desprezou a ameaça e subiu em seu corcel. Esporeou-a três vezes sem olhar para trás. Poderia ter recebido uma flecha nas costas, mas não recebera e não queria contar com a sorte. Ele teria que enfrentar o Lowther novamente, talvez em um torneio, mas aquilo os ensinaria a não subestimá-lo e isso o fazia perder uma boa vantagem.





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Mensagem por Egan Arrow Seg Ago 28, 2017 9:35 pm

Egan Arrow
Duty is my weapon.
Order is my shield.



Estrada de Sangue I

Flashback – Essa passagem ocorre seis meses atrás.

Um cavalo correndo na estrada faz bastante poeira, porém uma trovoada de cascos formada por vinte conjuntos de patas que cavalgam como se fossem mil faz muito mais e talvez apenas as armaduras prateadas dos cavaleiros Arrow decoradas com tecidos verdes fossem o farol que guiava os cavaleiros através do labirinto de poeira. Porém Egan Arrow jamais saberia disso, ele cavalgava a frente de todos, ao seu lado apenas seu irmão Orrin e mesmo este já começava a ficar para trás.

Egan não saberia dizer até que ponto aquilo era por desejo dele. Garth era um cavalo orgulhoso e não aceitaria ser derrotado por nenhuma outra montaria. O sol estava alto e quente aquele dia, o rei dos céus exalava toda a sua majestade dourada sob os campos e bosque da Campina. Aquela era um doce primavera e Egan teria a apreciado se seus pensamentos não estivessem tão obscuros. Logo se completariam seis meses que em uma carta que ele não foi capaz de acreditar durante as primeiras horas ficou sabendo da vil traição de seu irmão Lorent. Seis meses que ele havia se tornado o Senhor de Dunstonbury através da espada. Seis tristes e intermináveis meses sem a sua Rowen.

Mais pássaros do que o cavaleiro poderia reconhecer cantavam sua melodia vivida naquela tarde quente e Egan não permitiu que suas palavras amarguradas destruíssem o compasso de tal cantiga. Ele apenas ergueu articuladamente sua mão esquerda e vinte cavaleiros de Dunstonbury pararam seus cavalos. Aquilo ainda o confundia um pouco, há alguns meses ele era só mais um Sor servindo ao seu lorde e agora apenas um movimento de sua mão comandava um exército deles. Ele havia gostado disso.

Egan realmente queria ficar calado aquela manhã e apenas apontou para um bosque próximo a estrada e assentiu com a cabeça para Sor Galen e logo o canto dos pássaros havia acabado. Até eles fugiam ao ouvir a voz de trovão de Fossoway berrando para os cavaleiros se locomoverem para as árvores.

...


Egan havia deixado seus vinte companheiros de cavalgada armados até os dentes ocultos em meio as árvores sobre o comando de Sor Bors, o Gordo e havia cavalgado em direção a uma estrada secundária e pouco utilizada que brotava da Estrada da Rosa. Uma estrada esquecida de fato e sem pegadas ou marcas de cascos. Há quanto tempo ela não era usada?

Sua companhia na estrada vazia eram Sor Galen e seu irmão Orrin. Egan finalmente havia aceitado quebrar seu voto de silêncio que não lembrava de ter feito naquele dia.

- Vocês entendem o que viemos fazer?

Os olhares de Galen e Orrin fizeram Egan lembrar que ele não havia lhes dito muita coisa. Arrow constatou mentalmente que sua mais recente mania de dar ordens mentais para seus cavaleiros e não dar voz a ela era um problema bastante sério na verdade.

- Não há muito amor entre mim e Reynard Peake e por quê haveria? Ele quer Dunstonbury de volta e eu não vou entregar. Mas isto assim foi por muitos anos antes de eu nascer, como devem muito bem saberem. – Garth começou a caminhar calmamente ao redor dos dois cavaleiros sabe se lá porquê.

- Aparentemente os Peake finalmente decidiram tomar uma iniciativa. Meus batedores avistaram uma coluna do exército Peake marchando em direção a oeste. Seu comandante, Ranald Peake, filho de Reynard.

- Então estamos sob ataque meu senhor?

- Gostaria eu de poder responde-lo Sor Galen. Vamos cavalgar em direção a Pontestrelada e procurar os soldados Peake. Se não os encontrarmos, eu precisarei de batedores novos e não há nenhum exército Peake vindo nos atacar. Se os encontrarmos, Reynard precisará de um filho novo e não haverá mais nenhum exército Peake vindo nos atacar.

Egan olhou para o horizonte. Não para o que poderia ter sido uma bela pintura em que o sol tinha seu brilho alaranjado iluminando os pastos verdes e bosques pitorescos que cercavam uma pequena estrada pacata. Não para Dunstonbury e todo seu charme ou as ruínas de Bosque Branco e a lembrança constante que os mais fiéis aliados de sua família, os Arrow de Bosque Branco já não existiam e Sor Loras Flowers havia violado seu castelo. Não para isso, Egan olhava para o horizonte distante e se perguntava o que Reynard Peake estava tramando. Os Peake não venceriam os Arrow em um ataque direto e Arrow sabia que não estava visualizando a imagem inteira.

Um frio atingiu sua espinha como se agulhas de aço fossem cravadas em suas costas ao perceber que os Peake haviam feito alguma aliança e Ranald Peake marchava para encontrar com aliados. Outros lordes da Campina buscando aumentar seu poder? Ou o pretendente Loras Flowers havia retornado? Egan havia vivido sua vida inteira como um soldado e seis meses como Lorde não haviam o ensinado tudo que ele precisava saber sobre o jogo dos tronos. Mas ele iria aprender.

- Vamos voltar ao bosque e buscar nossos rapazes. Minha senhoria não será tomada, os Peake não recuperaram Dunstonbury. Lembre-se disso milordes: Eu não serei derrotado!

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