Câmaras do Lord.
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Câmaras do Lord.
Câmaras do Lord
Local que ocupa toda uma torre, com aposentos luxuosos, além de pátios e uma varanda com fontes agradáveis em seu topo, dando para o céu estrelado, de onde é possível ouvir perfeitamente a enorme cascata das Lágrimas de Alyssa. De suas câmaras, há uma varanda por onde o Lord pode observar o que se passa nos jardins de inverno abaixo de si. O pátio desta torre, bem como alguns de seus andares são utilizados pelos guardas Arryn, que protegem seu Lord. Há também um espaço de treinamento para o próprio Lord, com alvos para arco e flecha, bonecos para treinamento com espada e uma forja particular do castelo.
Deus de Muitas Faces
Re: Câmaras do Lord.
"I wanna see the bad man fly....." |
- Texto(+18):
- A brisa da manhã era gélida nos aposentos do Lord. Ainda sonolento sobre o enorme colchão, senti o frio gelar meus dedos com uma incômoda dormência. Puxando o pé de volta para dentro das peles, senti o ronronar macio da respiração que acompanhava a minha. Sorrindo, eu esfreguei o corpo nu contra as peles de raposa, encostando meu pé contra uma perna alheia a mim mesmo. Logo o calor passou para mim, e satisfeito, envolvi com uma das mãos o seio daquela cuja companhia eu desfrutava. Ela moveu-se, e os cabelos loiro esbranquiçados deslizavam sobre meu travesseiro, quando ela virou-se para encarar-me. Sorri, abrindo os olhos lentamente para olhar de volta dentro das lagoas azuis que espreitavam com desejo. Fitando-a firmemente, deslizei o polegar por sua pele de porcelana, gostando da forma como cada local tornava-se vermelho sob o meu toque. Em silêncio, besliquei seu mamilo, observando ávido enquanto ela contorcia-se de prazer. Surpreso, sorri quando outro braço envolveu minha cintura, e a terceira pessoa em minha cama despertou. O corpo masculino era forte, e colou-se ao meu já disposto, com a ereção matinal. Sua mão lisa de pele de marfim envolveu meu próprio pênis, enquanto mordia lentamente a curva entre meu ombro e meu pescoço. Ri diante da leve dor, que enviou pequenos espasmos através de meu braço inteiro. Como ele sabia exatamente onde morder para provocar tal sensação?
Num movimento fluido, virei para encará-los igualmente, encostando-me aos muitos travesseiros enquanto Nyria de Lys e seu irmão gêmeo, Aerion esticavam-se para beijar meu peito, as duas cabeças movendo-se em um ritmo único, ensaiado durante anos nas Casas dos Prazeres pelas quais passaram. Os gêmeos trocaram um beijo apaixonado em seguida, e uni-me a ambos com o prazer proibido daquele ato. Louvando sua Deusa do Amor com os próprios suspiros, Nyria montou sobre mim, nossos corpos unidos rapidamente enquanto ela cavalgava, as bochechas corando de prazer. Aerion achou o caminho para meus lábios, e nos beijamos rapidamente, minha mão deslizando e apertando suas nádegas. Nyria arfou quando movi a cintura para cima, atingindo-a em algum lugar especial, e desabou sobre mim. Aquilo acendeu uma fúria secreta, fazendo com eu me empenhar ainda mais em mantê-la prostrada, seduzida. Estoquei seu ventre uma, duas, três vezes. Paralisada em seu êxtase, teve a boca aberta tomada pela do irmão, gemendo contra ele enquanto alcançava o próprio clímax. Bebendo seus gemidos, ergui o corpo e a abracei, beijando com paixão e mordendo o lábio inferior onde havia sentido um leve inchaço. Aerion rapidamente puxou a irmã para si, beijando-a em sua região mais íntima, enquanto eu o empurrava sob o meu corpo. Nossos corpos ainda estavam envolvidos pelos perfumes e óleos lysenos da noite anterior, e não foi difícil penetrá-lo. Movendo-me contra o corpo atlético, senti Aerion contrair-se, enquanto era amparado por Nyria. Segurando-o firmemente pela cintura, dei-lhe um golpe com a palma da mão, sentindo a ardência que nos unia marcar sua pele com meus cinco dedos. Aumentei o ritmo, próximo demais do meu limite. Nyria forçou o próprio corpo para que Aerion a preenchesse, e unidos naquele obsceno paraíso, suspiramos juntos ao alcançar as portas da transcendência.
Naqueles momentos, eu amava aos deuses. Todos e de qualquer nome. Apenas uma vontade inumana poderia criar uma sensação tão sublime.
Quando terminamos, nos abraçamos e rimos um bocado, os três exaustos depois daquela maratona. Certamente, meu vigor poderia ser maior. Era difícil satisfazer a dois lysenos treinados na arte dos Sete Suspiros. Mas desde a morte de Wanda, os gêmeos haviam sido um presente dos deuses em minha vida. Minha jovem esposa fora um raio de luz. Uma virgem ingênua e bondosa, a última herdeira dos Corbray, que viera a mim com a espada valiriana de seu pai como único dote. Como abandonar tal pássaro raro à própria sorte? Apaixonei-me. Ela me dera um filho, e os quatro anos em que vivemos juntos, haviam sido os melhores. Era uma lástima que tivesse adoecido, de modo tão inesperado. Mas ela vivia em Arthos, nomeado em honra ao meu irmão. E quando ele crescesse para empunhar a espada dos ancestrais de sua mãe, eu saberia que ela viveria através dele.
- Meu senhor está distraído. - Observou Nyria, deslizando suas unhas longas sobre meu peito. - Onde está o pensamento do senhor das águias?
- Com minha última esposa. - Contei, sorrindo com melancolia. Nyria assentiu. - Sinto que a morte dela foi um duro golpe, provavelmente mais doloroso que as minhas outras esposas. Talvez porque fosse tão jovem. E porque representasse uma família querida, aliada e parente de meu pai, e do pai dele. É sempre uma dor imensa, quando uma dinastia tem fim.
- Em Essos, imperadores e reis erguem-se e caem tão depressa, que as únicas dinastias que realmente duram, são aquelas que existem antes do início do tempo. - Aerion aconchegou-se ao meu lado, deitando a cabeça em meu ombro. Seus cabelos prateados eram longos, e eu gostava de acariciá-los. Mas agora estavam presos com um palito de madeira. - Como o Império Dourado, agora uma ameaça até mesmo para as Cidades Livres mais poderosas. Não tardará até que entrem numa nova guerra.
- É verdade o que dizem sobre a Imperatriz Dourada? Que ela tem dragões da Terra das Sombras? - Indaguei, um tanto cético. Nyria sorriu, mas Aerion continuou sério.
- Bem, ouvi rumores de um Magíster que gostava de me visitar na Casa dos Prazeres, antes que meu senhor nos libertasse. Ele dizia ter visto mais de uma besta voando no Mar de Jade, enquanto seguia uma caravana mercante até Jogos Nhai. Eu não me atrevo a desacreditar, senhor. Mas sou só um escravo. - Segurei o queixo de Aerion com delicadeza, trocando um breve olhar com sua irmã. Ele sorriu quando o encarei gentilmente, afastando um pouco de cabelo de seus olhos azuis profundos, quase roxos.
- Nunca mais diga que é um escravo. Não em minha casa. O Ninho é o lar de vocês, agora. Sua irmã, e você, são meus cortesãos e cantores. Possuem uma função aqui, além de me dar prazer. E receberão o ouro devido por isto, não por virem à minha cama. E eu jamais os impedirei, se desejarem partir. Para a Campina, talvez? Bardos já fizeram fortuna em Jardim de Cima, e garanto que não possuíam metade do talento de ambos. - Aerion mordeu o lábio inferior, um sorriso admirado estampado em seu rosto. - Eu falo sério, Aerion. Não os comprei da Casa dos Prazeres para escravizá-los novamente. Mas sim para libertá-los.
- Eu não gostaria de deixar o Ninho, m’lord. Não até que me mande embora. - Garantiu Nyria, sorridente. - Além do mais, se os dragões de que meu irmão fala forem reais, então estaremos mais seguros aqui, não é mesmo?
- Eu não sei. Meu antepassado lendário montou uma águia gigante e conquistou o Vale, na Era dos Heróis. Aegon e suas irmãs montaram dragões e nos fizeram ajoelhar. Sendo franco, eu me ajoelharia novamente mais rápido que uma meretriz consegue desamarrar cordões em uma calça, se fosse para salvar meus filhos. - Olhei para Nyria com humor, e logo estávamos os três rindo.
- Nós deveríamos nos vestir, antes que nos tornemos suspeitos. - Aerion sorria. Todos os meus guardas os haviam visto entrar, mas não sair. Ainda assim, a torre do Lord estava inacessível para qualquer um, mesmo meu Meistre ou filhos.
Os homens jurados a proteger os meus aposentos eram os mais leais dentre meus subordinados. E era fácil entender o porquê. Desde a era de minha avó, Sansa, caso um segredo deixasse a Câmara do Lord, o chefe da guarda voaria pela porta da lua. Todos os seus subordinados seriam enviados até o castelo mais baixo nos três níveis, trabalhando na segurança dos Portões Sangrentos. Aquela era uma tradição que eu ficava feliz em manter. Os índices de infidelidade ou indiscrição eram ínfimos. Nenhuma fofoca ou sussurro valia mais que o próprio bem estar. Além disso, cada Chefe da Guarda garantia que seus homens andassem na linha. Afinal, era ele quem pagaria pela língua deles, se chegasse a tanto.
Ainda assim, não era como se eu me importasse. Não tinha esposa, e certamente não poderia fazer com uma dama da corte o que fazia com meus lysenos. O escândalo seria ultrajante. Mas meus gêmeos eram estrangeiros, de uma beleza exótica. Longe de causar-me problemas, a presença deles em minha corte trazia prestígio. Especialmente quando começavam a cantar, ou dançar, no caso de Nyria. Eram duas joias, belas e caras. Professores constantes na arte maestral da sedução.
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Artys Arryn
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