Pátio de Treinos

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Mensagem por Azor Ahai Qua maio 24, 2017 7:54 am



Pátio de Treinos

 Um pátio amplo, logo a frente do palácio, onde os guardas de Dorne eram treinados, tal como seus filhos costumavam praticar e o próprio governante de Dorne o fazia. Ao final do pátio à esquerda, havia o armeiro.



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Mensagem por Katherine Martell Qua Ago 09, 2017 8:48 pm

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treino: atemporal de adaga com Maekar

princesa roinar

AdagaSo what you trying to do to me It's like we can't stop, we're enemies But we get along when I'm inside you You're like a drug that's killing me I cut you out entirely But I get so high when I'm inside you

  O retumbar dos corações era ritmado naquela manhã fatídica.
 Katherine, que desde tenra idade, se caracterizava como uma jovem responsável e de noções largas quanto a honra, perdera todo o respeito no momento em que a aia, Lisandra Dayne - que lhe escovava as madeixas enegrecidas após o banho, proclamou que o Príncipe Rylon Martell a requisitava no desjejum em família. E ali, no momento mais constrangedor da manhã, se encontrava a herdeira de Dorne. Massacrando uma generosa fatia de torta de limão; Cassandra na ponta da longínqua mesa, sorria delicadamente à filha na tentativa de suavizar o clima. Bem, é difícil aplacar o temperamento pré-funeral.
 E não fora diferente. Rylon que detinha um quê contra os valirianos, decidira que a filha, herdeira de Dorne, da Casa Martell e Princesa Roinar, iria ter aulas com um descendente de valíria. Um não, dois.
 Afinal, desgraça pouca é bobagem.
 Não havia chance de demover o pai dos dizeres, mesmo que Kath ainda tentasse recorrer em apelos para a tia e a mãe, não tendo sucesso com ninguém. Mas obviamente guardou na memória os risos contidos de Oberyn, Rylan e Obara.
 O Gárgula acompanhou a jovem até o pátio de treinamento que naquela manhã estava silencioso, sem guardas treinando ou demais pessoas. O lado investigativo de Katherine apitando a medida que chegavam ao seu centro, observando como as coisas estavam diferentes; no local onde ficava uma arena de areia sem adornos, encontravam-se seis bonecos de madeira em réplicas humanas exatas. As proporções de um corpo adulto.
 O Gárgula aproximou-se de Katherine, parando ao seu lado como um sentinela. A menina estava pronta para ir embora - cantando vitória por não achar o valiriano - quando uma voz se fez ouvir. - A paciência é uma virtude de poucos.
 - Eu sou uma princesa, a pontualidade é a primazia dos príncipes. - respondeu com desdém, dando uma voltinha em busca do dono da frase. Uma risada debochada e o homem se mostrou, os cabelos alourados longos e os horríveis olhos violetas. Um clássico valiriano. - Os Fowler são ótimos esgrimistas, os Uller são implacáveis com armas pesadas, os Manwoody uma perfeição com venenos. E o senhor meu pai necessita chamar um maldito dragão?
 - Eu não sou um dragão. Sou uma serpente. Pode me chamar de Maekar Oha'ke. - aproximou-se, um sorriso aparente nos lábios deixava a vista os dentes perfeitamente alinhados. Os caninos pontiagudos além do normal. - E se o senhor seu pai quisesse que aprendesse esgrima, machados e venenos, chamaria outra pessoa. Eu não ensino lutas mundanas.
 Katherine gostaria muito de se mostrar rebelde e inabalável, mas antes de tudo isso, ainda era filha de Cassandra Martell. Como tal, curvou-se ligeiramente e proclamou em bom tom o nome e títulos; o estranho alargou o sorriso. - Se não ensina as principais defesas, o que ensina, então? Dança?
 - Eu não ensino defesa, ensino como sobreviver. Como se salvar e salvar os que deveria. E principal: você não aguentaria uma espada ou machado. Mas vai aguentar.
 E a sinceridade nas palavras do homem comoveu uma sensação acalorada no estômago de Katherine que reprimiu um sorriso de canto. No entanto, a menina só foi saber onde estava se metendo quando dez pares de adagas foram postas a sua frente. Indo de punhais até espadas diminutas, quase como agulhas. Lâminas afiadas, finas ou mais enxutas, gume triangular ou duplo. Todas com cores e pesos diferenciados.
 - Presumo que saiba o que são adagas e já tenha manejado. Como dito anteriormente, você não aguenta o peso de armas grandiosas, mas vai lidar bem com essas se conseguir manter a boca fechada e os pés ligeiros.
 Tencionava retrucar, pela Mãe Roine, como gostaria de fazê-lo. Mas sabia que o pai não se agradaria caso Katherine mostra-se rebeldia além do costumeiro. Com o pensamento seguindo essa linha tênue, resignou-se a ficar quieta e ouvir as instruções. Basicamente ficaria diante dos bonecos, com uma distância de um metro e iria aumentando gradativamente até o último par. Lançaria as adagas e cada golpe distinguiria o nível de aprendizado.
 Katherine, então, sorriu como a predadora que o era. Sempre foi boa em jogar coisas - principalmente quando eram objetos na cabeça do irmão.
 Maekar permitiu que escolhesse as duas primeiras. Apanhou uma de aparência mais bruta e de colocação rubra, a segunda da mesma cor tinha uma ondulação na lâmina. Com toda a confiança resplandecendo, Katherine parou a um metro do alvo. Se esticasse o braço e pendesse o corpo para frente, era capaz de toca-lo.
 E foi basicamente o que fez. Separou o cotovelo das costelas, dobrando levemente o antebraço e jogando a adaga que atingiu maravilhosamente bem a cabeça do boneco. Maekar bateu palmas, animado demais.
 Quase como se soubesse que as coisas não são tão fáceis assim. Após lançar ambas, Katherine afastou-se mais um metro.
 Acertando novamente por pouco, escolhendo adagas finas e leves. No terceiro metro, as coisas realmente complicaram. Segurando firmemente a empunhadura da adaga; leve, de lâmina triangular. Separou as pernas minimamente, o tronco pendendo suavemente para frente. Os dedos englobando com toda força que os nós tornavam-se brancos, a mente aguçando em prol de atingir a cabeça do boneco. Segurando a respiração, Katherine verteu o corpo para o lado, dando um mini-giro; lançou a adaga na direção do alvo.
 A arma caiu no chão em um metro e meio de distância. Maekar que batia palmas e assobiava estourou em uma gargalhada estrondosa, como um trovão rugindo. - Bom, agora esta pronta para engolir o orgulho e ouvir o que tenho a dizer ou quer continuar a fazer isso como uma criança de sete anos?
 - Ah, fique quieto. - abaixou-se, tomando o cabo. Sabia que não era muito boa com o tipo, mas sempre deu o seu melhor. E bem, Drake era um professor mais delicado. Oha'qe aproximou-se, O Gárgula seguindo seus movimentos atentamente com o olhar.
 - Acalme-se, grandalhão. Olha, você pode ter acertado um metro pois já usou adagas antes e sabe como funciona, mesmo que parcamente. São utensílios maravilhosos para os momentos mais difíceis. Mas são os mais complicados de manejar em batalha, afinal, é fácil segurar uma espada e espetar o inimigo devido a lonjura. Mas uma adaga? É necessário uma aproximação corpo-a-corpo. Ou uma agilidade que você não tem.
 Maekar parou atrás da princesa, dando dois tapinhas em seu ombro com o intuito de que a menina modificasse a postura. - Coloque a perna destra diante da outra, pouco, mas o suficiente para sua base ficar firme.
 Katherine o fez, firmando os pés no solo, sentindo a areia infiltrar-se por entre os dados em uma sensação tão conhecida. - Bom. Coloque os ombros para trás, você não é uma corcunda desembestada.
 Semicerrando as pálpebras, a menina seguiu as demais intenções. Os braços estavam corretos, separados do tronco em prol de darem movimento e liberdade. Os ombros empertigados com uma posição de soberania. - Agora, ao lançar imprima um inclinar para trás com o ombro que segura a adaga, usando a volta como um impulso.
 Estava longe do boneco, quase três metros. A morena respirou ruidosamente, focando-se na junção entre o nariz e os olhos do alvo. Os dedos firmes ao redor do cabo; pendeu para trás como dito, regressando com uma velocidade superior, arremessando a adaga que zuniu ao rasgar o ar. Era nítido que acertaria, afinal, havia seguido os passos do instrutor.
 Mas não, a coisinha ridícula caiu retinindo quando a lâmina tocou a base de metal da réplica humana. Soltando todas as injúrias resguardadas, Katherine focou-se no valiriano.
 - Bem, acho que adagas não são feitas para você. Talvez devêssemos tentar com agulhas. - o homem debochava, ingênuo quanto ao olhar tenebroso da garota que pareceu rosnar perante as palavras ferinas. Pode ser uma pessoa de coragem, mas não deve mexer com um animal tinhoso.
 - Oh, sim. Será necessário uma agulha sim, para costurar suas feridas.
 Usufruindo das novas lições, Kath portou-se como anteriormente, mirando na barriga de Maekar. A visão nítida auxiliando no lance; os dedos firmes no cabo, a respiração leve e ritmada, a calmaria nas veias e a tensão abandonando os músculos. Arremessou a adaga, usando das manobras anteriores; a virada para a velocidade. O armamento cortou o ar com um silvar, quase chocando-se com o local desejado se o tutor não fosse tão ágil, desviando a adaga com um golpe certeiro da cimitarra que empunhava. Em um movimento veloz - rápido o suficiente para que O Gárgula não pudesse impedir, já que estava do outro lado do pátio  - Maekar colocou-se defronte da princesa, o fio da lâmina parando a poucos centímetros do pescoço moreno. - Não pense que é porque te dou aulas, que não posso ser um adversário notável. Estou aqui pois seu pai é um amigo e me cobrou um favor, não para aguentar uma criança mimada. O tempo de ser gentil acabou.
 Engolindo em seco, a menina arregalou os olhos. Ouvindo o retumbar das passadas d'O Gargula que já sacava a espada longa, um golpe certeiro que arrancaria o braço de Oha'qe.
 - Não, Sand. Abaixe essa espada. - a princesa ditou, não ressentindo-se dos feitos do valiriano. Notando, então, a veracidade dos conhecimentos de Maekar.

Katherine Martell
Katherine Martell
Princesa Roinar

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Mensagem por Katherine Martell Qua Ago 09, 2017 8:58 pm

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Notes
treino: atemporal de adaga com Maekar

princesa roinar

AdagaSo what you trying to do to me It's like we can't stop, we're enemies But we get along when I'm inside you You're like a drug that's killing me I cut you out entirely But I get so high when I'm inside you

 A raiva sempre foi um estopim engenhoso para Katherine, não havia outro sentimento que inflamasse os próprios instintos quanto este. E como tal, foi atingindo o âmago que Maekar conseguiu uma reação realmente significante.
 Estavam desde o início da manhã em um treinamento de arremesso, onde a princesa errara três de cinco; uma contagem boa para quem mal manejava o armamento. - Vamos lá, minha avó é mais rápida que você.
 Os bonecos que outrora ocupavam a arena deram espaço a postes altos de madeira com "braços" que despontavam para todas as direções. Alguns mais longos que os outros que ao se moverem chocavam-se com o corpo de Katherine. Oha'qe envolveu o mastro com uma corda que puxava e repuxava, fazendo-o girar. A proposta do treino era que Kath conseguisse defender-se das pancadas enquanto acertava cortes na madeira.
 A base valia 5 pontos, onde ficaria o busto 10 pontos, e o topo - que mal conseguia alcançar - 15 pontos. Era uma tabela simples, uma quase brincadeira. Mas a dor era bem real. E bem, Maekar não era exatamente um amor quando se tratava de suavidade.
 A mão se fechava com firmeza em em torno da empunhadura da adaga. O dedão firme no comprimento do cabo, devido as lições de Oha'qe, que na instrução anterior ditara que para um movimento mais fluído da adaga, a falange deve ficar na reta da lâmina, moldando a direção a seguir.
 O valiriano forçou a corda, o poste girou com rapidez.
 Katherine jogou o corpo no chão, escapando de dois cabos. No entanto, a base detinha mais três que bateram em sucessão na cabeça da menina que soltou um xingamento com a dor. - Porra, você é pior que uma lesma. E ainda dizem que Martell são víboras.
 A risada de Maekar apenas comoveu a raiva da garota que levantou-se. O mastro girou mais uma vez, mas agora Kath posicionou-se mais firmemente, pendendo as costas para trás, fugindo da pancada. Com um pulinho, conseguiu manter-se em pé sem receber uma rasteira. A confiança aumentando.
 O corpo novia de forma sinuosa, em uma gingada, infiltrou-se entre os cabos. O braço para trás deu impulso para uma volta mais forte, cortando assim o objeto na altura do próprio tronco. Mas no segundo seguinte, recebeu uma porrada no quadril que desestabilizou a postura confiante.
 Terminaria o dia totalmente roxa.
 Afastou-se minimamente em prol de observar o "inimigo". Havia uma distância de trinta centímetros de um bastão ao outro, espaço o suficiente para Katherine espremer-se, mas sem habilidade o suficiente para ser ágil e conseguir sair antes do giro completar. Com o pensamento voando longe, lembrou-se das aulas de dança intermináveis que recebera na infância.
 Os passos ritmados e seguros, o bailar suave.
 Seguindo isto, a menina bailou. Os pés movendo-se de forma ligeira, na pontinha deles. Quando um bastão veio na sua direção, abaixou-se sutilmente; escapulindo da vinda do outro. A adaga reluziu com a luz do sol quando em um baque, o antebraço flexionado esticou-se totalmente; golpeando a lâmina na base do objeto.
 Com uma guinada forte, deu uma mini-cambalhota para trás, a areia encrustando nos cabelos negros. O suor escorria pelo corpanzil delgado, o sol castigando a pele amorenada. Maekar ria abertamente, como se fosse o melhor espetáculo do mundo. Regressando, Kath respirava ruidosamente. A adaga pesava na mão destra, mas sabia que era algo necessário; em breve cada habilidade adquirida seria posta a prova.
 Munindo-se de adrenalina nata, a garota lançou-se perante o poste. A adaga subiu quando cortou o ar em um movimento horizontal, o braço esticado além das costas e voltando rapidamente. Atingira com facilidade a madeira, arrancando uma pequena lasca.
 Mas os cabos voltavam e iriam atingir a têmpora da princesa. Em um rodopiar, saiu da reta, sentindo o ar perpassar próximo o rosto. O cansaço era latente por todas as idas e vindas, mas não desistiria.
 Afastando-se uns bons metros, esperou o momento exato em que todos os bastões estariam na direção oposta. Dando início a uma corrida desesperada, segurou o cabo da adaga com ambas as mãos. Os pés chocaram-se firmemente no chão, quando ao flexionar os joelhos, Katherine saltou.
 O corpo leve alçando uma altura considerável. Soerguendo os braços, a menina fincou a lâmina no topo do poste; prendendo-a com força. Mas obviamente a vida não são flores e belas cenas, após fixar a adaga, os bastões viraram em sua direção. O baque foi preciso, uma porrada forte que jogou-a alguns metros longe.
 Todo o lado direito do corpo doía e latejava, realmente teria belos hematomas.
 - É, bem, agora podemos ir ao próximo treinamento. Creio que das cinquenta chances que teve, acertou três. Fica com trinta pontos e alguns doloridos.
 Katherine ainda no chão limitou-se a formar uma careta, teria uma morte lenta e dolorosa nas mãos de Maekar.

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Katherine Martell
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Princesa Roinar

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Mensagem por Rylon Martell Sáb Ago 12, 2017 9:36 pm



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Flashback

Mors I




- Sabe o que eu mais gosto nessa arma, Rylon?
- começou seu irmão com sua voz melodiosa e tranquila - Tudo leva mais tempo com ela. Os movimentos demoram mais pois a arma é longa.


- Isso deveria ser uma desvantagem, não acha?
-
disse, enquanto envolvia os dedos entorno da lança, medindo a distância para frente.


- Talvez, alguns considerem assim, mas eu vejo como uma exigência para que você fique presente ao longo de todo o embate
- dizia e ele era experiente para afirmar aquilo. Ryce era um dos mais habilidosos lanceiros de Lançassolar e tinha extrema confiança com a arma. Fazendo com que ela se movesse com uma graciosidade própria. É preciso estar sempre presente, em tudo na vida, especialmente para espetar um homem com uma dessas.
-

Ryce colocou o peso para frente e com uma inclinação do corpo e projetando a lança para frente em uma estocada, acertou no meio de um alvo de palha no pátio de treino. Sua precisão era mesmo muito grande. Ele movia-se repetidamente e atingia o alvo sempre no mesmo ponto.


-Agora imite os meus movimentos, irmãozinho - disse com um sorriso.


Rylon projetou seu pé para frente, deixando o peso se redistribuir e golpeou esticando os braços. Acertou o alvo de forma torta e desajeitada e a ponta da lança deslizou pelo alvo invés de perfura-lo.


- Dois erros primordiais que precisam ser corrigidos. - Apontou Ryce, enquanto tomava as mãos do menino e corrigia a postura dele. - Deixe a lança bem equilibrada, o lugar onde você a segura é importante... Agora sinta o peso dela na ponta, você consegue sentir aqui em sua mão esquerda. Mantenha a arma o mais alinhada possível e pra isso projete a força com sua mão direita enquanto a esquerda mantém ela no lugar...


Rylon fazia o que podia para manter o equilíbrio, mas sabia que apenas a repetição poderia leva-lo a habilidade de fato. Isso era lhe dito uma dezena de vezes por dia. O corpo precisava aprender a fazer isso sem mais necessitar da consciência.

Ele golpeou um boneco de palha pelo menos uma dezena de vezes. O irmão o corrigiu.

- Percebe que a força não vem de seus braços, mas de seu corpo?
- disse o irmão - A arma é apenas uma extensão de seu corpo. Quando você golpeia, você usa todo o corpo. O movimento parte de suas pernas, pelo quadril, pelas costas e então dos braços para a lança. Seu inimigo recebe o potencial de toda sua força, concentrado em um único ponto, a estocada da lança.

Rylon repetiu mais uma vez os movimentos e concentrou sua força. Após uma dezena de séries de dez, ele sentia seus músculos doerem. A dor era surda e se acentuava a cada movimento, mas as repetições a deixavam entorpecida. Aos poucos, o suor cobria suas pálpebras e encharcar seus cabelos.

Ele aprendia aos poucos como lutar como um Martell.


Treino = Lança

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Príncipe Roinar

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Mensagem por Rylon Martell Sáb Ago 12, 2017 9:41 pm




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Flashback

Mors II

Gerrard era um rapaz corpulento, forte, de porte Atlético e com olhos afiados bastante precisos, como de um falcão. Ele era rápido com os pés e mais rápido ainda com as mãos. Rylon não gostava muito de encara-lo diretamente, mas eram sempre momentos de aprendizado.

Rylon moveu sua lança para frente, tentando afasta-lo enquanto Gerrard cauteloso buscava um ponto de vantagem. Ele usava uma de torneio sem gume, curva, mas sólida. Sua desvantagem era óbvia, tinha menos alcance e menos capacidade de defesa, mas era mais rápido e experiente no combate. Tinha três anos a mais que Rylon e uma excelente capacidade de medir o timing de seus ataques.

Os dois estavam posicionados frente a frente, buscando brechas na defesa um do outro. Rylon tentou atacar Gerrard com um golpe em forma de corte descendente, mas tentativa, foi flanqueado por dois passos rápidos de Gerrard que lhe tocou com a arma no flanco direito.

- Morto.
- disse Gerrard com um sorriso e retomou a posição. - Jamais tire sua lança do centro. Você quer que o espaço entre a ponta da arma e o seu inimigo seja o maior possível. Um corte não vale perder essa vantagem. Vamos de novo...

Os dois se enfrentaram mais uma vez. Rylon se posicionou, andando em círculos em torno dele. Atacou com a lança em uma estocada rápida contra o dorso dele, mas ele desviou do ataque. Rylon recolheu a lança e novamente fez um esforço para mante-la apontada para o oponente. Sua mão direita conduzia o ataque na parte de trás da lança e a mão esquerda conduzia sua precisão. Ele sentia o flanco esquerdo o mais exposto e tentava impedir que Gerrard ocupasse uma posição ali.

Eles então combateram. Rylon lançou duas estocadas que falharam, e Gerrard defletiu o golpe tirando a lança do centro. Mas o príncipe rapidamente se recuperou. A luta continuou com o príncipe mantendo sua postura e sua presença. Ele sabia que no combate com lanças, era necessário dominar o centro. O espaço entre ele e o adversário precisava ser bem controlado e usado sua distância como vantagem para tal.

Gerrard o atacou, tentando defletir a ponta da lança para direita e golpear o flanco esquerdo mas foi surpreendido por um chute na coxa, que Rylon desferiu aproveitando uma passada para frente. Ele se afastou e lançou novamente um ataque. Rylon atingiu suas pernas com mais um golpe de lança, mas nessa vez em uma horizontal precisa que acertou a canela do oponente e quase o derrubou.

- Morto - disse Rylon.

- Foi apenas um golpe na perna… e de sorte.
- protestou Rylon.

- Um Martell não precisa de mais que isso. - ele disse e sorriu. De fato, a tradição de uso de armas envenenadas era comum e podia vir a ser um problema pra qualquer inimigo. Mesmo um corte leve no braço poderia vir a ser fatal. A experiência advogava a esse favor.

Gerrard saiu, suando, assim como o príncipe, mas deu lugar a um novo oponente. Mais alto e portando uma lança também. Essa luta prometia ser mais complicada. Rylon sentia-se ofegante, e as mãos calejadas forçando sua pegada em torno da madeira da arma.

O novo oponente era menos experiente, mas tinha a vantagem da arma e da melhor forma. Ele enviou um ataque rápido, um corte vertical com ângulo fechado. Rylon deu um passo para trás e deixou o golpe deslizar pela lança e passar próximo a seu ombro. O oponente atacou novamente com uma estocada, mas Rylon já havia obtido uma boa distância e usou disso para deixar o ataque passar a sua frente e em seguida quando o adversário recolheu a lança para retornar ao centro ele se abaixou e em uma passada e com o peso de seu corpo lançou uma rápida estocada no tórax do oponente.

"O centro é tudo. Nosso ponto de foco. Onde todas as ações possíveis são administráveis. "

Rylon Martell.
 



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Mensagem por Rylon Martell Sáb Ago 12, 2017 11:11 pm





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Flashback


Mors III


Gerrard gostava de dissertar sobre o estilo dornês de combate. Um estilo de se lutar com a lança, repleto de movimento e agressividade. Era uma técnica baseada na agilidade e na aplicação correta da força. Grande parte do espírito Martell, era muito mais pela grande agilidade e movimentação, do que de fato, pela aplicação da força. Um golpe certeiro era mais letal que qualquer golpe forte em um local inefetivo.

Rylon, principalmente, em sua juventude, era muitas vezes instigado a trabalhar mais seu corpo e seu condicionamento físico. Ele sabia que era necessário a um homem ter uma capacidade de se defender e defender sua família e por conta disso, mantinha a descoberta e controle de habilidades físicas em alta conta.

A acrobacia era mais uma de suas intensas atividades marciais. Que exigiam dele,por vezes mais do que ele estava disposto a dar. Mas se entregava a sua tarefa com afinco.

- Quero ver o quanto de tempo você aguenta. - provocou Gerrard. O amigo era muito habilidoso com as armas e era um pareo difícil para Rylon. No entanto, era também sua principal fonte de motivação.

- Aguentarei mais do que você será capaz de assistir.

A disputa era sobre a capacidade de fazer a parada de mão. Uma técnica básica de acrobacia, mas que exigia controle, equilíbrio e força do praticante. Fora Ryce que havia ensinado Rylon a se manter estável na parada de mão. Um trabalho que exigiu muita paciência, mas que o fazia recordar do irmão falecido. A memória dele era uma das poucas coisas que restavam após tanto tempo, as vezes, suas mãos tremiam quando lembrava dele. A ausência é um mal que fere o coração em sua raiz.

Rylon colocou as palmas abertas sobre o chão. Sentindo o solo quente tocar-lhe a pele dos dedos. Bamboleou alguns momentos, distribuindo o peso para frente e para trás, testando a própria força. Então passou a concentrar a força nos braços, e usando-os como pilares, forçou as costas para cima puxando as pernas comprimidas contra o corpo. Acabou numa posição semelhante a de um sapo, suspenso pelos dois braços, no meio de seu centro de equilíbrio. Ele sentia o peso viajar de forma irregular de um braço para outro.

Aquela era a posição mais básica de todos os treinos. Mantendo aquilo por alguns minutos podia ser extremamente doloroso. Os ossos seguravam todo o peso do corpo distribuído sobre ele, as palmas das mãos começavam a arder comprimidas contra o chão áspero e os músculos doíam, rígidos, tentando sustentar o que restava da força. Deveria haver um certo controle mental e na respiração. Manter o equilíbrio dependia de uma estabilidade e controle da mente sobre o corpo e de uma respiração lenta, mas profunda para segurar o cansaço.

Rylon permaneceu naquela posição por alguns minutos. E a situação ficava dolorosa para ele. Tentou então um passo mais avançado e doloroso. Projetando a cabeça para frente, esticou as pernas deslocando o peso do corpo com paciência até que ficasse completamente na vertical, apoiado apenas pelos ombros e braços fortes.

Gerrard parecia estar distraído, não contando os minutos em que Rylon aguentaria. Mas Rylon treinava para si mesmo. Porque na dor que sentia nos músculos, esquecia sua vingança, sua responsabilidade. As memórias se tornavam indolores, versões nostálgicas de um livro antigo.


Treino = Acrobacia

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